quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

TARIFAÇO NO TRANSPORTE PÚBLICO

Para Vocês não ficarem muito deprimidos ao ler o post abaixo deste e lembrando que hoje é dia 13 vai ai mais uma péssima notícia. Aumento nas passagens de BH. Como o post abaixo esta gigantesco.Vou reproduzir a matéria do Estado de Minas. SOMENTE COMO REGISTRO: QUERO VER A ONDE VAMOS PARAR, QUANDO ESTUDAVA JUVENTUDE PODEMOS PERCEBER QUE HOJE O MAIOR PROBLEMA SOCIAL, REPITO O MAIOR PROBLEMA SOCIAL DOS MAIS POBRES É, O VALOR DO TRANSPORTE. ESSA É UMA QUESTÃO QUE VEM SENDO ESCAMOTEADA, ATÉ MESMO ACADEMICAMENTE MAS É O PRINCIPAL GARGALO DE NOSSA CIDADE. PORTANTO, NÃO ESTRANHE SE O CALDO ENTORNAR EM ALGUM MOMENTO.

A respeito da matéria do Estado de Minas, ela é até crítica ao alto preço das passagens, no entanto traz um erro conceitual em seu último parágrafo, o que só piora a posição da PBH diante do lobby das grandes empresas. Segundo a matéria a PBH não arcaria com custos das empresas. Isso não é verdade, existe uma câmara de compensação tarifária, assim fora os 2,00 reais que pagamos ao fim do Mês a PBH através da Bhtrans repassa um valor para as empresas. Já que esse Blog só tem 4 leitores e amigos, podemos rasgar o verbo aqui. Os transportes coletivos são uma máfia do lucro certo, fatura nas duas pontas, passageiros e poder público e fatura muito, muito alto. Mas muiiitoo alto mesmo e assim financia quase todos (senão todos) os vereadores, que são na verdade seus moleques de recado. Aos que não tem renda suficiente só resta as caminhadas para economizar; eu mesmo faço isso, sempre que possível. Afinal pode até não parecer mas 8,00 reais por dia é uma bela grana para os que ganham pouco ou não ganham nada como os estudantes.

Concessionárias de transporte coletivo pedem à BHTrans aumento de 12,25% no preço das tarifas, o triplo da inflação

Fábio Fabrini - Estado de Minas

As empresas de ônibus de Belo Horizonte encaminharam à BHTrans pedido para aumentar o preço das passagens de ônibus em 12,25%. O percentual é três vezes mais que a inflação projetada para o fim do ano: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve fechar o ano em 4,12%. Segundo as concessionárias, o índice calculado com base na planilha de custos do sistema. A solicitação ainda será avaliada pela empresa que gerencia o transporte na capital e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT), que anunciam o novo valor até janeiro. Caso a proposta seja aceita, a tarifa básica, de R$ 2, pode passar para R$ 2,25.

A mudança afeta 1,4 milhão de passageiros, que usam as 265 linhas da capital diariamente, e segue a tendência dos anos anteriores. Há pelo menos sete anos, o transporte não acompanha a inflação. Como resultado, BH tem hoje uma das cinco passagens mais caras do país, na comparação entre as capitais. Em 2000, pagava-se R$ 0,90 por uma viagem, menos da metade do que se paga hoje.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH) informa que os custos do setor têm subido mais que os índices inflacionários, o que justifica o percentual. O maior impacto é o do óleo diesel, que só nos últimos 30 dias aumentou 1,5%. A entidade cita outros itens, como o preço dos veículos (26,36%), dos seguros (5,56%), da água (6,72%) e da energia elétrica (16,19%), bem como a despesa com manutenção de garagens e escritório (5,91%). O aumento concedido a motoristas e cobradores também impactou a planilha (2,92%).

A temporada de aumentos no transporte está apenas começando. Até o fim do mês, devem ser anunciadas novas passagens para os ônibus metropolitanos (vemelhos e beges), gerenciados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG). O sindicato dos taxistas (Sincavir) também prepara estudo tarifário. No entanto, o diretor da entidade, Ricardo Faeda, explica que a proposta só ficará pronta na segunda quinzena.

Os sucessivos reajustes contribuíram para uma debandada do sistema de ônibus. Por falta de dinheiro para pagar passagens, pelo menos 600 mil pessoas deixaram de viajar diariamente, desde 1996. A parcela mais pobre da população tem sido a mais afetada. Pesquisa do Instituto de Desenvolvimento e Informação em Transporte (Itrans) mostra que o transporte é hoje o quarto item que mais impacta o orçamento das famílias com renda inferior a três salários mínimos na Grande BH, abocanhando 16% dos ganhos mensais. A rede de coletivos custa cerca de R$ 800 milhões e, como não há subsídios públicos, tudo é pago pelas passagens

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