quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Poesia para toda parte

Abaixo o poema Verde que te quero Rosa de Cartola. A poesia é linda a musicalidade idem. Mas quero chamar a atenção para o jogo de palavra que ocorre entre a última frase da primeira estrofe e a primeira frase da segunda estrofe. Singelo, genial e poético. É uma das denúncias (pelo menos na minha leitura dessa poesia) mais duras porém sem endurecer ao racismo brasileiro. Já quero adiantar que essa minha visão é polêmica e os que não concordarem podem se expressar, tipo me acusando de ver algo que não tem nada haver, ou seja, uma denúncia do racismo nessa poesia.

Verde que te quero Rosa

Verde como céu azul a esperança
Branco como a cor da Paz ao se encontrar
Rubro como o rosto fica junto a rosa mais querida
É negra toda tristeza se há despedida na Avenida
É negra toda tristeza desta vida

É branco o sorriso das crianças
São verdes, os campos, as matas
E o corpo das mulatas quando vestem Verde e rosa, é
Mangueira
É verde o mar que me banha a vida inteira

Verde como céu azul a esperança
Branco como a cor da Paz ao se encontrar
Rubro como o rosto fica junto a rosa mais querida
É negra toda tristeza se há despedida na Avenida
É negra toda tristeza desta vida

É branco o sorriso das crianças
São verdes, os campos, as matas
E o corpo das mulatas quando vestem Verde e rosa, é a
Mangueira
É verde o mar que me banha a vida inteira

Verde como céu azul a esperança
Branco como a cor da Paz ao se encontrar
Rubro como o rosto fica junto a rosa mais querida
É negra toda tristeza se há despedida na Avenida
É negra toda tristeza desta vida

Verde que te quero Rosa (é a Mangueira)
Rosa que te quero Verde (é a Mangueira)
Verde que te quero Rosa (é a Mangueira)
Rosa que te quero Verde (é a Mangueira)
Cartola

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