Abaixo algumas frases epistolar do gênio:
* A arquitetura evolui em função da técnica e dos problemas sociais. No dia em que a sociedade for mais horizontal, não haverá palácios para os mais ricos. Mas os empreendimentos humanos, os estádios, os teatros, serão mais ricos ainda e mais pretensiosos, porque mais gente irá freqüentá-los.
* Quem vai a Brasília pode gostar ou não dos palácios. Mas não pode dizer que viu coisa parecida. Nossa procura na arquitetura é a surpresa, o espanto. Qualquer obra de arte deve pretender isso.
* A arquitetura hoje em dia é muito egoísta. A gente trabalha para quem? Para quem tem dinheiro no bolso. O sentido humano da arquitetura foi sempre esquecido.
* Brasília começou com Pampulha [em Belo Horizonte]. Juscelino me chamou e fui lá falar com ele, não o conhecia. Nesse dia ele se revelou para mim. Disse: 'Preciso do projeto do Cassino para amanhã'. Eu era moço e entreguei. E ele repetiu isso o tempo todo em Brasília, queria tudo para amanhã.
* De um traço nasce a arquitetura. E quando ele é bonito e cria surpresa, ela pode atingir, sendo bem conduzida, o nível superior de uma obra de arte.
* Na arquitetura debrucei-me por toda a vida. Foi o meu hobby, uma das minhas alegrias, procurar a forma nova e criadora que o concreto armado sugere. Descobri-la, multiplicá-la, inseri-la na técnica mais avançada, criar o espetáculo arquitetural.
* Nunca me calei. Nunca escondi minha posição de comunista. Os mais compreensíveis que me convocam como arquiteto sabem da minha posição ideológica. Pensam que sou um equivocado e eu penso a mesma coisa deles. Não permito que ideologia nenhuma interfira em minhas amizades.
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