terça-feira, 28 de outubro de 2008

O Day after

Abaixo uma resposta a um texto escrito pelo amigo Elias Gomes sobre as eleições em BH.

Elias gostei de suas reflexões, pelo menos você teve animo para comentar tudo isso. No meu caso não tenho animo e infelizmente tempo (estou viajando essa semana inteira).

Da minha parte continuo preocupado com o coro dos contentes. Sabe aquela coisa não são os ruins que me preocupam e sim o silêncio dos bons. Essa é a discussão que tem que ser feita em minha opinião. Por que tanta gente (principalmente as que fizeram por opção e não por cargos) aceitou embarcar nessa onda vergonhosa que trai não a história do PT (essa já vem sendo maculado a muito tempo) mas a própria noção de ética? Isso sim me preocupa. O silêncio dos intelectuais, dos quase intelectuais dos anti-intelectuais esse silêncio me incomoda. Esse adesismo me incomoda (até me lembro de uma entrevista do Pedro Cava diretor de Teatro e profesor da PUC antes do início da eleição proclamando a classe artista de BH a não apoiar nenhum candidato já que sempre eram apoios baseados apenas na idéia da celebridade e não acordos políticos ou mesmo de compromissos culturais...bom apesar do apelo dele não deu outra...) e do mesmo modo com outros grupos como o movimento negro...Isso sim é preocupante.
Eu não quero essa concordia que escraviza sempre a diferença, que é reacionária; seja porque admiro Marx e a luta de classes como motor da história seja pelo meu envolvimento com as religiões afro que me ensinaram que essa idéia idílica de concordância é totalmente ocidental (e acaba por ser instrumentalizadas para a subjulgação da maioria pela minoria), para as religiões afro a demanda também faz parte da vida e é vista como algo positivo e necessário para evolução;

Veja o que escreve em seu blog o jornalista Pedro Dória (sobre as eleições no Rio), concordo plenamente com ele e ai tenho que concordar com Você em relação ao papel murista do Patrus e essa mania idiota mineira da concordia. Por isso mandei um e-mail ao Arnaldo Godoy demonstrando minha decepção com a posição dele e que por isso mesmo não sou mais eleitor dele.

Trechos do Pedro Dória,

A cidade partida, enfim, se realizou politicamente.

Meu argumento é que isto é bom (...)O fisiologismo corrói a estrutura política de um lugar. Para o político fisiológico, o que interessa é a ineficiência do Estado.

Quando o Estado não cumpre seu papel, o político fisiológico transforma a obrigação legal num favor pessoal. E lá se vai uma rua asfaltada, um atendimento médico gratuito, uma cesta básica. O fisiologismo é brutal no Rio. Entre numa favela carioca, e lá está o ‘Centro Social Vereador Fulano de Tal’. Os médicos, assistentes sociais ou prestadores de favores quaisquer que trabalham nestes locais são pagos com dinheiro público, da verba de mais de 20 assessores que cada parlamentar tem o direito de ter. Como cinco tocam bem qualquer gabinete, o resto é lucro.

A troca de favores, entre parlamentares, entre Executivo e Legislativo, é essencial para a prática da política. ‘Voto em seu projeto em troca de apoio ao meu.’ Mas a mecânica que vai corroendo o Estado por dentro faz com que, na prática política, não sobre nada além da troca de favores. O papel fundamental de fazer com que o Estado sirva à sociedade se perde. A política vira um jogo brutal e começa a atrair os piores elementos. Repentinamente, é quem pratica o crime, os chefes de milícias, traficantes, quem viram políticos. A milícia não sobrevive numa favela integrada à cidade.

Quando Gabeira disse que Lucinha era uma analfabeta política, era isto que queria dizer. Ela, como muitos outros vereadores, como quase todos os deputados estaduais, não entendem política de outra forma. Este é o mundo no qual foram criados.


La no Rio como aqui em BH foi nisso que a política se transformou e acrescento a seu texto Elias que não é só em Venda Nova, na zona sul também. Aqui no S. Bento como não se tem muito para melhorar resolveram nas vésperas da eleições pintar os meios fios, criar rotatórias, sempre com uma grande placa da PBH, recapear a Av. Prudente de Morais criar escadarias no Sto Antônio, esacadarias que ninguém usara já que seus moradores são dependentes de carros e etc.

Olá Pessoal,

“Gente, ó pocevê... acabaram-se as eleição de Beuzonti, agora é momento de chorá”.

Prometi voltar escrever sobre as eleições só agora depois do resultado. Vou tentar ser muito breve na minha avaliação sobre a eleição do Márcio Pitta para a prefeitura de BH, pois de fato escrevi bastante sobre essas eleições. Em certa medida, vou retomar algumas idéias por meio de perguntas. Desculpem-me a linguagem, pois é um diálogo com você que vai ler, mas acima de tudo é um diálogo comigo mesmo, com os meus sofrimentos, decepções, descrenças, esperanças, sonhos. No mais resta-nos a ironia para amenizar o sofrimento:

Quem ganha com eleição de Márcio Pitta?

1 – Aécio e Pimentel e suas respectivas turmas. Falar em gangues aqui, pareceria dor de cotovelo um dia depois da eleição, então matemos as os termo amenos.

Quem são as turmas dos dois?

1 – As grandes empreiteiras que fazem as obras da linha verde e as obras do OP. Nada muito diferente do que era a turma do Maluf e do Pitta. Inclusive algumas empresas se sobrepõem em ambas as listas. As empresas prestadoras de serviços da prefeitura. Observem quem são os doadores da campanha desses três políticos (PAM). Com destaque é importante observar as próximas ações na área do lixo (limpeza urbana, a turminha do PAM fosse transparente) e do transporte. É importante lembrar que, há um ano atrás, se não tivesse ocorrido a intervenção do ministério público, a prefeitura tinha feito uma licitação que beneficiaria uma única empresa, inclusive muito próxima aos seus administradores. Confiram os dados dos doadores da campanha do Pimentel. Isso foi noticiado pela imprensa de BH, sem cruzamento dos dados. Nem precisamos citar o caso do transporte, que Pimentel ganhou a eleição no início de outubro de 2004 e no mês seguinte aumentou a tarifa.

2 – Não pode esquecer-se do Banco Rural, que era o mesmo banco do Marcos Valério e que presta muito serviços para a PBH. É preciso ficar de olho nisso.

3 – Os políticos velhos de política: Virgílio Guimarães que se aliou à direita para eleição na Câmara e acabou por contribuir na eleição do Severino Cavalcanti. Roberto Carvalho, um dos maiores organizadores de cabos eleitorais em favelas de BH, invés de lutar por cidadania do povo prefere contratar (dar uns trocados) pessoas para ter apoio. Façam uma pesquisa na vilinha que tem em frente à UFMG e pergunte que foi que pagou mais cabos eleitorais lá nas últimas eleições. Neusinha Santos, uma velha política de BH que já esteve pendurada em todos os últimos governos da capital, líder do governo Pimentel na Câmara Municipal e, na base do fisiologismo, conseguiu apoio para o prefeito na Câmara. Miguel Correia Jr. esse foi eleito pelo PPS e PT, patrocinado pelo Pimentel, como seu quarto escudeiro (Vírgílio, Roberto, Neusinha e Miguel), conseguiu truculentamente passar essa aliança com os tucanos pelo diretório municipal do PT. Ele foi um dos que ajudou a fazer filiação em massa até de aluno de cursinho de computador, que nem nunca foi a uma reunião do PT. O desrespeito não é com a história do PT, essa balela que alguém poderia lembrar, não é até porque corre já, há muito tempo, esse negócio de filiação para disputas. O transporte de vans e kimbis tem seu auge nas prévias do PT, isso é uma verdade. Só não vê simpatizante que acha que só tem coisa feia no PT de SP e em Brasília ou gente, como o Miguel, que acha que vale tudo.

4 – Os amigos de Aécio, na verdade Aécio não tem muitos amigos em Minas, pois nem passa muito tempo por aqui. Se estivéssemos falando do Rio de Janeiro talvez tivéssemos como listar: Luciano Huck, Angélica. É bom lembrar que Aécio não tem militância em BH e é por isso que aceitou fazer esse acórdão com o PT, pois não tinha candidato, precisava juntar-se com quem tinha voto para ganhar eleição. Ele entrou apenas com a metade da laranja e o cofrinho de dinheiro.

Quem vai governar BH?

O PAM (Pimentel, Aécio e Márcio) e suas respectivas turmas. Vale acrescentar que os incompetentes da BH continuarão nos cargos. Vou dar um exemplo, na Regional de Venda Nova, até um tempo atrás, havia na gerência de cultura, uma senhora que militava na área de habitação, não tinha trajetória nenhuma na discussão de cultura e ocupava o cargo de gerente de cultura, um outro funcionário que tentava fazer alguma coisa legal, também não sacava muito, mas era bem intencionado, dizia que ela ia de vez enquanto na regional e quando ia ficava fazendo tricô, crochê. Bom, se a senhora precisa de trabalho e é uma importante liderança na área da habitação, o correto não seria fortalecê-la no movimento? Arrumar emprego para as pessoas que não tem casa?

Quem vai governar a cidade serão os funcionários que não foram eleitos para a Câmara. Para seguir a tradição que vem desde Patrus os cargos serão repartidos com aqueles que perderam as eleições para vereador, o restante e a parte mais gorda para parentes, amigos, chegados, apoiadores dos vereadores eleitos. Em geral, pessoas que não têm as habilidades pedidas para aquele cargo. Não me venham lembrar do Lula para justificar a entrada de pessoas incompetentes no serviço público. Lula sempre foi muito competente e preparado para ser presidente, o que as pessoas tinham era preconceito de classe. Com isso, não quero dizer que concorde com Lula, pelo contrário, ele faz o mesmo no nível federal (a diferença é que ele pega os melhorzinhos dos municípios) quero dizer que não podemos aceitar confundir os argumentos levianamente para justificar os cabides de emprego para pessoas que não trabalham, enrolam e ganham dinheiro público. É óbvio que tem gente competente na administração municipal, mas é tanta incompetência, que ofusca os bons trabalhadores e impedem que eles trabalhem bem.

Quem é contra?

Bom, colegas que ficaram militando na campanha da Jô e do Leonardo de Mello. Cuidado! Porque o novo prefeito quer pisar no pescoço de vocês.

Será que vamos perder as conquistas populares?

Que conquistas populares, meus/minhas queridos/as? O Pimentel já fez o serviço de “desgraçá-las” (aqui vale um termo mais contundente). O OP, como disse anteriormente, não passa de um cartão de visitas da prefeitura para dizer que é democrática e esconder sua falta de diálogo com a população, servidores e movimentos sociais. As obras são definidas pela prefeitura e pelos parceiros (lideranças locais [nem todas obviamente], agenciadas por vereadores de todos os partidos, que na época de eleição tiram uma casquinha da prefeitura como cabos eleitorais contratados). O OP é um engana classe média, pois a classe média de BH que vota sempre nessas administrações não participa e não sabe como funciona o OP, apenas acha bonitinho, legalzinho e democraticozinho, mas um produtinho que agrega valor a decisão em votar.

Bom, é importante lembrar os consumidores ideológicos de temporada de eleição ou para os apaixonados com a história (que não conseguem sonhar, acham que sonham, mas apenas seguem o caminho que já está aí) que, desde o Governo Patrus, as lideranças comunitárias vêm sendo cooptadas pelo governo. Será porque BH é uma das capitais em que os prefeitos sofrem menos contestação? É porque já, há mais de uma década, fizeram o serviço de governamentalizar os movimentos sociais. Nem a Marta em SP fez isso com tanta eficiência. Você que está preso à história bonitinha do PT, que não consegue ver a parte feia, não me venha dizer que é porque a população tem visto as conquistas da Prefeitura, assim as manifestações são menores que em outras cidades, pois isso seria também mais um argumento para confundir. Primeiro, BH têm menos conquistas do que as demais cidades brasileiras, pegue o exemplo de São Paulo, Fortaleza, Florianópolis... têm mais conquistas sociais do que BH, na área da Educação, da saúde, do transporte, da juventude, nem por isso as pessoas estão caladas, os movimentos amansados. Não me venha dizer que tem a ver com a cultura do mineiro, pois seria ironizar as lutas de tantos mineiros por liberdade e contra da ditadura. O que ocorre é um amansamento, portanto a participação e as manifestações contestatórias e democráticas, que seriam também conquistas populares, Pimentel fez o serviço de destruir.

É bom lembrarmos-nos dos processos administrativos colocados contra professores de oposição ao governo dele. Não venha dizer, mas esse pessoal do PSTU é muito radical. Oras, vem cá... Você que usaria esse argumento defende que tipo de democracia? Apenas a democracia dos que concordam? Se for, essa você compartilha da mesma democracia defendida pelo PAM, ou seja, sua democracia é de direita e engana bobo, assim como a de Pimentel, Aécio e Márcio. Quem concorda ganha cargo, que é contra recebe um pisão no pescoço. Por falar nisso, eu detesto esse argumento de que o pessoal do PSTU é radical, por isso a prefeitura faz o que quer. Cá para nós, eu não sou simpatizante do PSTU não, mas esse argumento é um tanto constrangedor para que o faz. O problema que muita gente usa esse argumento para desqualificar a luta dos professores e de quem critica a gestão municipal. O problema não é do PSTU, é da prefeitura. Essa lógica é mais um argumentos para distorcer os fatos e defender o indefensável.

E o Patrus?

Patrus é feio... ficar em cima do muro. Patrus é feio... não fazer uma discussão esclarecedora sobre as eleições de BH. Bom, certamente que não concordaria com as conclusões dele, porém espera-se de alguém que foi prefeito da capital, que tem a história que tem, que é ministro, que não fique fazendo rendinha entorno de problemas sérios. Patrus, com seu silêncio, ajudou Márcio Pitta a confundir a população de BH, tentando se mostrar de esquerda quando ele é de direita sem lero-lero, sem vernis popular, sem essas coisinhas bonitinhas que o PT e a esquerda brasileira construíram entorno de propostas gerais. O que tem de esquerda no Pitta é marketing eleitoral. É gente, vamos ter que relançar o “Patrus é feio...” entregar a prefeitura de BH de bandeja para a direita autoritária.

Obs: teve uma campanha durante o governo de Patrus que era intitulada “Patrus é feio” e sempre tinha um complemento do tipo: “Patrus é feio... deixar os professores sem aumento”. Eu me lembro eu estava no início do ensino fundamental e tinha esse cartaz na escola que estudava no centro de saúde...

A eleição expressa a vontade popular?

Claro. Reproduzindo aquele monólogo besta da atriz da campanha do Leonardo de Mello: “E foi o eleitor, com o seu poder na mão, segurando o balão, e pimba!” Elegeu o Jader Barbalho(PA), ACM (BA), José Agripino (RN), José Dirceu (SP), Roberto Jeferson (RJ), Fleury (SP)... O Pitta ganhou em SP e a versão oxigenada dele ganhou agora em BH. Um tanto de maus políticos, inclusive o Maluf, já foi eleito pela vontade popular. Essa coisa de respeitar a vontade popular e ter que silenciar-se diante do vencedor é coisa que a mídia fica pregando com suas frases de efeito: “quem ganhou foi o eleitor... bla,bla,blá.”.

Olha, temos que dizer que, independente, de quem o povo votou a cidade vai "continuar e melhorar" o caos. Só não vê quem é ludibriado por mentiras e calúnias ou aqueles que vão querer tirar uma casquinha na prefeitura para benefício próprio ou de seu "seguimentozinho". Pimentel, deixou a economia da cidade estagnada. O que tem de dinheiro na cidade vem do Governo Federal. Agora que a torneira vai fechar, por conta da crise, vão dar nó em pingo d´água para “continuar” a construção de pontes, viadutos, pois, enfim as empreiteiras militantes devem “continuar” ser beneficiarias do espetáculo do que sobrar de dinheiro na cidade. O povo será beneficiário do espetáculo da crise econômica que vem por aí. Olha, gente, (à la Leonardo de Mello) agora vai ser a hora do Marcio Pitta cuidar de sua gente. Agora, gente, quem estava pensando que iria sobrar alguma coisinha para o povo, tipo contratar mais médicos, professores, melhorar a merenda..., foi enganado, pois só vai sobrar para as obras, já que faz parte do programa de Pitta “continuar e melhorar” o agrado às empreiteiras militantes das campanhas do PAM.

A intolerância religiosa perdeu?

Peraí, minha gente. Se você acha que a intolerância religiosa perdeu, porque o Leonardo de Mello não foi eleito, você está se pautando pelo argumento da campanha do Marcio Pitta. A intolerância religiosa ganhou as eleições, pois nunca na história de BH tinha se visto tanta intolerância numa eleição só. Antes de entrar no caso da religião, é bom lembrar que a turma do Pimentel já tinha feito algo do tipo contra João Leite e com a ajuda dos católicos apoiadores do PT, dizendo que não votavam em que apóia bandido, fazendo menção a sua defesa dos direitos humanos. Quem não se lembra dos adesivos em carro e tudo mais (nem devem lembrar, eu que sou fico lembrando dos detalhes). Voltando, a intolerância religiosa ganhou com o discurso do medo e estrategicamente localizando. Quando o Leonardo Quintão disse que a gangue (aqui, vale ser contundente) ai nas igrejas católicas e diziam que ele iria perseguir os católicos e que, nas igrejas evangélicas, diziam que o Eros Biondini iria perseguir os evangélicos podemos acreditar, pois é verdade. Isso foi feito, sim. E isso é uma vergonha para a história da cidade. Não diria, como o Patrus, que isso seria uma vergonha para o Virgílio, pois esse aí já há muito tempo não tem vergonha de estar do lado político que está. É uma vergonha vermos as pessoas sendo ameaçadas através de mentiras, calúnias, por medo de perderem suas liberdades religiosas. Ou seja, primeiro colocaram na cabeça da população que o João Leite defende bandido, agora de que se um evangélico e um católico ganhasse cada um iria perseguir a comunidade do outro. A intolerância religiosa ganhou quando tentou jogar evangélicos e católicos uns contra os outros, quando havia um importante passo para a superação de diferenças políticas. Quem pregava a aliança, buscou disseminar o ódio religioso. Isso é uma vergonha. Oras, é uma pena que o TER não caça candidatura por boato.

Para finalizar, quero dizer aqui que as menções feitas ao Patrus não tem a ver com a desqualificação do seu governo, pois teve méritos e deméritos, dentro de uma conjuntura histórica. Contudo, não se pode canonizar nenhum político, pois como tal não é perfeito. E o maior erro político no Brasil tem sido a ausência de crítica dos detalhes, pois neles se revelam os grande problemas do Estado. Afirmo, que as menções a João Leite, Leonardo Quintão e Eros Biondini, não se relacionam nem de longe a alguma empatia por eles, inclusive nunca votei nesses políticos e partidos, em todas as ocasiões mantive-me na oposição (não quer dizer que em 2004 contra João Leite tenha votado em Pimentel, naquela eleição anulei meu voto para prefeito). Muito menos as menções aos casos de Fortaleza, São Paulo e Florianópolis tenho simpatia, mas há algumas conquistas que se comparadas com BH, podemos dizer que a prefeitura de BH parou em 31 de dezembro de 1996 com a saída de Patrus. Mais uma vez digo que não tenho esse ufanismo com o Governo Patrus, pois pelo que me lembro a merenda da escola nem era tão boa. Estou numa fase de defesa da ampliação e melhoria da merenda escolar, penso muito nisso atualmente!

Como jovem fico muito chateado como as incertezas do futuro. Como gente eu fico é com vergonha de ter esse cara aí prefeito da cidade que eu amo. Fico com mais vergonha ainda de quando a gente fica dando murro na ponta de fica, dizendo em participação quando ela não existe e uma participação pautada pelos organismos internacionais para juventude. Quem não leu vale a pena ler a tese da Regina Magalhães sobre Protagonismo Juvenil. Acredito que temos quer participar mais nas ruas, pois esses conselhos não servem para nada (serviram se fossem em outro formato que não estivesse fadado ao fracasso), sevem apenas de cartão de visitas para o prefeito e como barragem de contenção dos últimos engajados. “Os bobo tudo lá participando e o prefeito dançando, eita nóis, dá um jóia aí, gente!”, para não deixar que seja esquecido esse grande ator que se revelou nas eleições de BH, Leonardo de Mello, o agroboy.

Vamos lá, pessoal, agora é hora de juntar o bloco e não deixar que o Pitta de BH faça o mesmo que o Pitta de SP, pois as mega-obras viárias (Mulufistas) vão “continuar” e a vida das empreiteiras, dos vereadores, dos amigos deles vai “melhorar”.

Última coisa: sempre disse a todos que o Arnaldo Godoy é o melhor vereador da Câmara, pois defende os direitos da juventude. Claro, que só isso não basta, obviamente. É preciso que faça mais na habitação, no orçamento geral, no transporte, no meio ambiente. Espero que o apoio ao Márcio Pitta não estrague o trabalho do mandato na Câmara, que possa fazer mais e melhor do que já fez. Que possa ser mais jovem no formato de fazer política, que seja mais a cidade, mais a gente, e menos PT, porque fala sério! Precisamos de alguém que fale a verdade e mostre os problemas da cidade, os problemas vividos pelas mães, pais, irmãos e comunidades que perdem seus filhos assassinados, os problemas de quem mora nas encostas, em situação de risco na época de chuva, os problemas com o descumprimento com o cronograma das obras do OP, os problemas da estagnação econômica deixada por Pimentel (essa não tem nada a ver com a crise que vem por aí, mas o conservadorismo político e técnico de sua equipe, que preferiu ficar dependente do dinheiro federal que desenvolver novas atividades econômicas na cidade). Neste sentido, não se trata confundir a juventude como um problema, parece que em parte isso já vem sendo superado, mas o fato é que os jovens, suas famílias, suas comunidades vivem problemas reais e não virtuais, muito menos problemas teóricos. Por último, espero que o Arnaldo faça um bom novo mandato e que no meio ambiente possa ir além das sacolinhas plásticas, construindo novos marcos reguladores para limpar a cidade da poluição visual, os córregos, o ar, combater a especulação imobiliária, que já fez nossa cidade aumentar tanto a temperatura do ar (lembremo-nos do Belvedere). Bom, como não tenho um vereador na Câmara, o Arnaldo é a minha última esperança para os próximos quatro anos. Agora, quem for amigo do Arnaldo, dá um empurrazinho nele para ser mais contestador, para fazer jus ao título de melhorzinho da Câmara.

Assim, como todos sabem, há pessoas que tenho admiração e que são do PT, que preferiram “continuar e melhorar” o partido (para provocar: isso é impossível), mas são pessoas honestas, empenhadas, de esquerda, o problema é que elas não interferem em nada nos rumos do partido, mas . Cada vez mais estou menos partidário, não contra os partidos, mas no que diz respeito à instituição. Estou cada vez mais distante do modelão partido dos anos 1990 - “partido no governo, militantes felizes” - ou da velha máxima de que problema de família ser resolve em casa. Lembro que partido não é família e a gente pode falar do partido de todo mundo porque todos eles influenciam a nossa vida. Se por um lado estou distante da institucionalidade por outro estou mais convicto de que nós, jovens, não podemos aceitar a mesmice da política. Estou falando tudo isso, porque querendo ou não sou ainda um tanto petista. Claro que um petista não desses sonhadores que acham que o Titanic um dia votará à tona, ou que fica falando mal tem outra opção, constrói outra esperança. Mas, petista no espírito de quem gosta de subir o morro para conversar com as pessoas, desfazer as mentiras e calúnias, conquistar o voto de quem nunca votou na esquerda por medo.

Por último, por último: na eleição de 2002, ainda nem tinha entrado na faculdade, teve uma carreata em Venda Nova, e eu me lembro que estava num trio elétrico com minha candidata a deputada federal Carminha Bomtempo (PT), quando, no meio do trajeto, chegaram o Vírgílio e Silvinho Rezende e ocuparam o trio. Eu falava ao microfone pedindo votos para o PT, parecia um robozinho: “Vote no PT, um partido de esquerda, é melhor para você”. O Virgílio bateu nas minhas costas (com força, pois ele e o Roberto Carvalho são extremamente agressivos para demonstrar “carinho”) e disse: “legal, isso aí que você está falando”. Queria falar a ele que quando ele foi candidato a prefeito, em 1996, tinha o entrevistado para um trabalho da escola numa visita que fizera ao meu bairro e que não esperava vê-lo aliado de um vereador que tinha sido do PDS, partido ligado à ditadura. Porém, quando a carreata passou pelo bairro Jd. Europa, em cima do trio elétrico, virei para jogar uma bandeira para uma criança e na hora que voltei com o corpo para frente já tinha um monte de fios elétricos que atravessavam a rua passaram no meio pescoço e me jogando para o fundo trio elétrico. Quase morro nessa situação. Contudo, não estou escrevendo isso para dizer que sou herói, pelo contrário. Estou escrevendo para dizer que fui enganado uma vez, no momento em que eu mais sonhava e quase morri sonhando, e que não vou ser enganado duas vezes.

Último conjunto de perguntas: Que foi a besta quadrada que indicou o Pimentel para ser secretário na época do Patrus? Essa pessoa tinha que levar essa cobra para morar na casa dela. Se não tivesse feito esse deserviço à BH, talvez, hoj,e nossa cidade não estivesse vivendo esse pesadelo de ter um prefeito que não sabe planejar, é carreirista, faz qualquer negócio para estar e manter-se no poder, governa mal, governa apenas para os amigos e para quem concorda, faz obras apenas para viabilizar suas perspectivas eleitorais e é politicamente atrasado (qualquer urbanista do mundo desaconselha fazer pontes, ele vai justamente na contramão, os bobo-alegres só achando uma maravilha). Serpa que teremos que aturar esse Malufista no Governo do Estado? Será que como professor de economia é bom de serviço? Pois como prefeito não é, claro que com uma idéia genial do Duda Mendonça para transformar um péssimo gestor, um gestor atrasado e equivocado em uma ótima peça publicitária. Duda fez isso com Maluf, com Pitta e fez com Pimentel em 2004 e agora com Márcio Pitta em 2008. A história se repete e a diferença e uma Fernão Dias que separa São Paulo de BH. Por fim, não me venham dizer que estou exagerando nessa comparação do Maluf e Pitta não que que conhece os dois casos sabe que há todas as interseções possíveis. A única diferença é que em SP tem que conteste o Maluf e, em BH, o Pimentel dança em cima do povo, dos movimentos sociais e ninguém faz nada, pois ele é do PT. Bom, o texto já está um pouco longo para fazer as comparações entre Pimentel e o José Dirceu.

Eu queria tanto odiar discutir política, mas o problema é que eu gosto.

Chega de mesmice. Conquiste BH com alegria e luta.

Abraço.

Elias Gomes

sábado, 25 de outubro de 2008

Endosso a Leonardo Quintão 15

Abaixo uma série de razões que me levaram com muita dor a apoiar Quintão 15:

Uma coisa ficou clara neste último debate: o que Lacerda chama de projeto de modernização da administração municipal nada mais é do que um eufemismo para o choque de gestão. Em outras palavras, reduzir a presença do estado na condução das políticas públicas.

Todos sabem quais são, historicamente, as políticas do PSDB, partido do governador e que integrará, de forma bastante presente, o governo de Lacerda: privatização dos serviços públicos essenciais, privilégio para o setor financeiro, que não gera empregos, estado mínimo, com parcos investimentos em áreas sociais, como a saúde e a educação. Sabe qual é o vencimento básico atual de um professor, com ensino superior, que começa a lecionar na rede estadual? Não mais que 535 reais. Isso é salário de um educador? Com esse vencimento, é possível termos uma educação de qualidade? É o governador insiste em dizer que está tudo bem!

O próprio Lacerda já manifestou publicamente que irá implementar em BH o choque de gestão, feito pelo governador e bastante publicizado, a um custo muito alto, pela VEJA e pela mídia mineira. Mas agora, no debate, se recusou a assumir e deu um outro nome para a coisa.

Belo Horizonte, que está entre as maiores capitais brasileiras, não pode aceitar a imposição de um nome. Não pode aceitar o voto de cabresto!

Não se trata de um projeto político qualquer, mas de uma tarefa a serviço de dois projetos pessoais: um de governador e o outro de presidente. Almejar a presidência e o governo do estado é algo legítimo, mas não da maneira que foi feita. Chega a ser vergonhoso para o cidadão de BH aceitar, goela abaixo, a imposição de um nome, que nem sequer conhecemos. Márcio Lacerda não tem nenhuma participação política na capital nem sequer desejava ser candidado.

Veja o que ele disse sobre a candidatura:"O governador e o prefeito só me falaram da candidatura depois que meu nome estava na imprensa havia quinze dias". E tem mais: "Em setembro, o Aécio me chamou ao palácio e disse que eu deveria me filiar a algum partido. Pensei que era apenas para alguma composição de governo, de secretariado. Escolhi o PSB, que é o partido com o qual eu mais me identifico. Algum tempo depois, fui surpreendido com essa conversa de ser candidato". Suas declarações estão publicadas no site da VEJA. O que as afirmações evidenciam é a submissão dele e não o desejo de governar BH. Algo vergonhoso, que não pode contar com a anuência da povo da capital mineira!
Os endereços das declarações, para quem quiser conferir:


http://veja.abril.com.br/280508/p_056.shtml%20/

http://veja.abril.com.br/240908/p_066.shtml

Mesmo que negue, não há dúvidas de que Lacerda tem trânsito livre entre os mensaleiros. Todos sabemos que o relatório final da CPI do mensalão resultou de um acordo entre governo e oposição, com o intuito de colocar panos quentes no assunto. Na época, começou a circular a informação de que a prática nascera aqui em Minas, sob os olhos do PSDB mineiro, partido do senador Azeredo e do então presidente da Câmara, Aécio Neves. Douraram a pílula e, entre acordos e apertos de mão, muitos escaparam de uma acusação formal.
Veja o vídeo sobre a declaração de Marcos Valério e tire suas conclusões:


http://br.youtube.com/informabh

Lacerda entrou para a política de uma forma pouco usual: foi um dos maiores doadores privados da campanha de Ciro Gomes (mais de dois milhões de reais), quando este tentava a presidência da república. Logo depois, assumiu um cargo no Ministério da Integração Nacional, na época sob o comando de Ciro. Em seguida, assumiu um cargo no governo de Minas, justamente para fazer parte do projeto do governador. Nada mais!

Não há dúvidas de que Lacerda ganhando, será criado um clima aqui na prefeitura de que nada está errado, assim como o Aécio Neves faz no Estado.

Já parou para ver que em Minas não há conflitos? Faça um teste: abra as páginas do jornal Estado de Minas, durante uma semana, e veja se há problemas no estado nas áreas de saúde, habitação, educação, segurança, moradia, saneamento básico, enfrentamento da pobreza nas regiões precárias... Por que será? Desconfiemos dessa ausência de conflitos, mesmo quando tudo parece estar indo bem. A grande mídia, infelizmente, é controlada pelo governador. Assista aos vídeos sobre a relação do governador com a mídia e novamente tire suas conclusões:
Vídeo Aécio Neves: o dono da voz


http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1033


>> Vídeo Liberdade, essa palavra
http://video.google.com/videoplay?docid=-5733023976376278578

Qualquer governo está sujeito a retrocessos, por inúmeras circunstâncias. Mas, se o prefeito for Márcio Lacerda, a única certeza que o retrocesso virá, rápido e forte!
Terezinha Avelar

Abaixo, texto de uma professora do Curso de C. Sociais. O texto que eu queria ter escrito sobre essas eleições:

Eu não voto no Márcio Lacerda sob nenhuma hipótese. E, esse meu "não voto" é um compromisso que tenho com meus princípios, meu passado e minha história. História que, em muitas medidas, foi feita acompanhando a "esquerda" e, por isso, em diversas ocasiões, fui punida.

Eu estudo campanhas, partidos e retóricas discursivas por puro prazer e curiosidade intelecutal; sigo os horários de campanha; tento entender a cabeça do eleitor e, estou convencida que, depois de levantar as mãos aos céus e dizer que "o meu partido é BH" no horário eleitoral (veículo fundamental no pequeno espaço que o eleitor dispõe para coletar informação) - eu somente posso dizer que fiquei "estarrecida" e que desisti de entender quais foram (e quais são?) as razões que podem levar um partido a negar seu passado.


Palavras de baixo calão, vídeos apelativos apresentados ao público (sabe-se lá quanto e quem pagou por eles); acordos de bastidores e Martha Suplicy convocando a homofobia são razões suficientes para eu não votar em quem quer que seja em Belo Horizonte que compactue com tudo isso.

Se eu já era órfão de pai e de partido, agora acho que o PT ficou orfão da dignidade. O PT pode perder, mas não deveria perder a dignidade.

Eu não nego meu passado , não nego minha história e, por isso devo negar meu voto à Márcio Lacerda.

Agora Eu mesmo:

Deus queira que o pior não aconteça. Eleição não é só momento. Devíamos olhar a longo prazo: o que se teve aqui em BH foi uma campanha facista do candidato das elites apoiados pelas mídias controladas pelo governador. Temo muito pelo futuro. A tática do menos pior é uma abertura para a ditadura. Ou seja se hoje eu posso utilizar de meios escusos para derrotar alguém que é visto como mal maior por que não usar nas próximas eleições. Isso tudo volto a repetir é muito, muito perigoso. Aqui quem menos importa é Quintão e sim o que entendemos por democracia e cidadania. Espero (ainda que não acredite) a derrota de Lacerda.


Porque será das cartas públicas lançadas nas últimas horas por Patrus Ananias, André Quintão e outros. O próprio PT (mensaleiro) começou a reagir achando que a candidatura Lacerda foi longe demais. Ah, a era do terror já começou: todos os cargos políticos pertencentes a vereadora Neila Batista (da esquerda petista), do Rogério Correa (delegado regional do Desenvolvimento Agrário) e do PC do B foram exonerados.

Ruim por ruim eu fico com Quintão pois esse mesmo que fisiologicamente -, afinal só ele é fisiológico, demagogo e populista ah tinha me esquecido branco, rico e oligarca ...o outro candidato não tem nenhuma das características acima - assumiu um acordo com o PC do B com grande parte do PT (o não mensaleiro) com a CUT e os sindicatos dos funcionários da PBH de não mudar a estrutura de governo. Além disso a UNE , UBES e UEE também o apoiam pois esse assumiu a proposta da Vanessa do PSTU e da JÔ do PC do B de meio passe estudantil. Como é sabido em BH fale-se no demônio menos em meio-passe. Isso deve explicar tanto dinheiro na campanha do Márcio.

ISSO PARA NÃO FALAR NA ATUAÇÃO DO TRE MINEIRO ONDE O MÁRCITO NÃO PERDEU NENHUMA. ALIÁS COM PRÁTICAS INÉDITAS TIPO (QUEM DENÚNCIA É O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL): O MÁRCITO ESTA PERDENDO O PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUSPENDE A VOTAÇÃO E CONVOCA O JUÍZ FALTANTE ESSE EMPATA O JOGO E NO VOTO DE MINERVA VITÓRIA DO LACERDA. OU ENTÃO POR 4 VOTOS A 3 DE NOVO O VOTO DE MINERVA DECIDINDO (ASSIM MESMO JULGADO NA ÚLTIMA SEMANA DO PRIMERIO TURNO) O AECIO PODE PARTICIPAR DA CAMPANHA DA TV. A QUESTÃO VAI PARA O TSE NESSE TRIBUNAL POR 6 VOTOS A 0 REPITO 6 VOTOS A 0 O GOVERNADOR É PROIBIDO E UM DOS JUÍZES ALEGA ESTRANAHMENTO COM A DECISÃO DE MINAS, JÁ QUE NÃO SE TRATA DE LEI INTERPRETATIVA, NESSE CASO É MUITO CLARO A PROIBIÇÃO DE UM MEMBRO DE UM PARTIDO QUE NÃO PERTENCE OFICIALMENTE A COLIGAÇÃO EM PROGRAMAS ELEITORAIS.

Agora uma mensagem que mandei a alguns amigos e companheiros de movimento:

Acho que esta havendo um exagero nessas mensagens pró-lacerda. Exatamente por não defendermos a violência é que deveríamos não praticá-la mesmo que ao nível da troca de e-mails. Democracia e cidadania é respeitar o jogo: e o jogo indicou segundo turno. Não me parece correto sob o argumento do menos pior que se cometa violências e atrocidades. Também não me parece correto esse posicionamento de guerra ou mesmo de querer traçar o candidato Quintão como se ele fosse alguém que deva pagar pela ousadia de participar de algo que não lhe pertencia? Ou será que é isso mesmo: os donos do poder, da mídia, do dinheiro e agora progamadores dos nossos e-mails através ( e isso é que assusta de pessoas bem formadas que se prestam ao papel de bobos úteis) tinham a festa pronta e agora puniram com todo seu poder e ódio aqueles que ousaram estragar essa festa. Se é assim saiamos dessa posição hipocrita de democracia e defendamos que as elites tem o direito de em conchavos decidir o que é melhor para a cidade. Como disse o Marcio Lacerda ainda em maio: O Aécio e o Pimentel se reuniram decidiram pelo meu nome e só depois que me informaram. Márcio você será o candidato.
É isso ai. Isso sim que é esquerda, como diz alguns ideológica. Outros dizem esquerda democrática, outros esquerda popular. Então tá. Cada cabeça uma sentença respeitemos pelo menos o direito dos que divergem. Afinal a cidade de BH não deveria ser motivo para a contratação de comediantes....Por fim só para irritar o coro dos contentes e dos vencedores (e daqueles que permanecem aferrados a seus cargos e utilizam mensagens de e-mail como se fosse apenas uma corrente de cidadã) queria saber de onde vem tanto dinheiro para a campanha Lacerda? Como dinheiro não nasce em árvore os que hoje financiam irão cobrar amanhã. Por exemplo nas passagens de ônibus? Mas quem se importa com isso não é mesmo.

Para terminar a lista do marcathismo aecista e pimentelista, com o aval do quadrilheiro chefe LULA. Mas como dizem por aqui, nas eleições e em qualquer assunto: perdem-se os aneis para não perder o dedo. DANEM-SE PREFIRO PERDER OS DEDOS. ESTOU CHEIO DESSA CHANTAGEM. ESTOU CHEIO DAS PESSOAS CRITICAREM O JORNAL ESTADO DE MINAS POR SER UM VEÍCULO PARTIDÁRIO DO GOVERNADOR E QUANDO LHES INTERESSAM REPASSAR MATÉRIAS DESSE MESMO TEOR, COMO FICARAM NO FUTURO. OU SERÁ QUE A QUESTÃO DA ÉTICA E DA COERÊNCIA SÃO RELATIVAS: COMO EXEMPLO, FUNCIONARIA ASSIM SOU A FAVOR DAS POLÍTICAS QUILOMBOLAS O ESTADO DE MINAS DE MANEIRA ABSURDA MENTE DESLAVADAMENTE E APRESENTA A VERSÃO DOS OLIGÁRCAS RURAIS - NESSE CASO O JORNAL NÃO PRESTA- O ESTADO DE MINS JOGA NO LIXO O MANUAL DE BOM JORNALISMO E AGE PARTIDARIAMENTE CONTRA O CANDIDATO QUE NÃO É O MEU - AI O ESTADO DE MINAS É UM GRANDE JORNAL. TENHO MUITO MEDO DE ONDE TUDO ISSO IRÁ PARAR.




DOM - Diário Oficial do Município
Saturday, October 25, 2008
Ano XIV - Edição N.: 3207
Poder Executivo
Secretaria Municipal de Governo



ATOS DO PREFEITO


Exonera de cargo em comissão, nos termos do inciso I, art. 62 da Lei nº 7.169/96:


SECRETARIA MUNICIPAL DE GOVERNO

-Edgar Silva dos Anjos, BM-84.758-9, Auxiliar de Gabinete, a partir da data de publicação.


SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL MUNICIPAL CENTRO-SUL

-Hércules Marques de Sá, BM-78.527-3, Gerente de 2º Nível, da Gerência Regional de Assistência Social,

da Secretaria Adjunta de Administração Regional de Serviços Sociais, a partir da data de publicação.


SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL MUNICIPAL LESTE

-Ana Luísa Gonçalves Prado, BM-78.567-2, Gerente de 1º Nível, da Gerência Regional de Políticas Sociais,

da Secretaria Adjunta de Administração Regional de Serviços Sociais, a partir da data de publicação.


SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL MUNICIPAL NORDESTE

-Daniel Machado, BM-78.511-7, Gerente de 3º Nível, da Gerência Regional de Atendimento Social,

da Secretaria Adjunta de Administração Regional de Serviços Sociais, a partir da data de publicação.


SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL MUNICIPAL NORTE

-Eulália Regina Pires de F. Mendes, BM-78.730-6, Gerente de 3º Nível, da Gerência Regional de

Atendimento ao Cidadão, a partir da data de publicação.


SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL MUNICIPAL PAMPULHA

-Isabel Cristina de L. Lisboa, BM-25.234-8, Secretário Adjunto de Administração Regional,

da Secretaria Adjunta de Administração Regional de Serviços Sociais, a partir da data de publicação.

-Maria Ângela Antônio, BM-39.594-7, Gerente de 1º Nível, da Gerência Regional de Educação,

da Secretaria Adjunta de Administração Regional de Serviços Sociais, a partir da data de publicação.

-Ubirajalma do Nascimento Júnior, BM-83.168-2, Auxiliar de Gabinete, da Secretaria Adjunta

de Administração Regional de Serviços Sociais, a partir da data de publicação.


SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL MUNICIPAL VENDA NOVA

-Sônia Marcelino de Vasconcelos, BM-49.968-8, Gerente de 2º Nível, da Gerência

Regional do Programa Bolsa-Escola, da Secretaria Adjunta de Administração Regional

de Serviços Sociais, a partir da data de publicação.


Exonera de função pública, nos termos do inciso I, art. 62 da Lei nº 7.169/96:


SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL MUNICIPAL LESTE

-Leonardo Silva Santos, BM-45.369-6, Gerente de Unidade de Apoio Comunitário,

do Centro de Apoio Comunitário Alto Vera Cruz, da Secretaria Adjunta de

Administração Regional de Serviços Sociais, a partir da data de publicação.


SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL MUNICIPAL NOROESTE

-Valéria Silva Cardoso, BM-42.994-9, Coordenador dos Equipamentos Municipais de

Apoio à Família e à Cidadania, do Equipamento Municipal de Apoio à Família e

à Cidadania Vila São José, da Secretaria Adjunta de Administração Regional de Serviços

Sociais, a partir da data de publicação.


SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL MUNICIPAL VENDA NOVA

-Magali Ceotto Deslândes Cardoso, BM-32.975-8, Coordenador dos Equipamentos Municipais

de Apoio à Família e à Cidadania, do Equipamento Municipal de Apoio à Família e à Cidadania

Apolônia, da Secretaria Adjunta de Administração Regional de Serviços Sociais, a partir da

data de publicação.


ENDOSSO LEONARDO TAMBÉM PORQUE EM SEU PROGRAMA DE GOVERNO SERÁ RECRIADA A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE CULTURA (COISA QUE O CHOQUE DE GESTÃO DETESTARIA, O NEGÓCIO É FUNDAÇÃO QUE PODE CAPTAR NO MERCADO).

ENDOSSO LEONARDO TAMBÉM PORQUE EM SEU PROGRAMA DE GOVERNO SERÁ RECRIADO UM ÓRGÃO DE APOIO AS POPULAÇÕES NEGRAS DE NOSSA CIDADE E DE COMBATE A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA.


terça-feira, 21 de outubro de 2008

Endossos a Obama

Depois de meses sem eleição norte-americana. Falta de tempo, as notícias estão de volta nas palavras do excelente jornalista Argemiro Ferreira. Antes do artigo dele, acrescento outra informação que esta correndo na net. O Obama recebeu endoserment de 103 jornais, contra 32 a favor de Maccain. Nunca havia acontecido isso, um candidato ter o triplo de endossos, incluindo ai alguns históricos: Los Angeles Times depois de 26 anos fez um endosso, o último havia sido em 1972 e pela primeira vez endossa um Democrata. Além desse supreende o apoio do Washgton Post que sempre tende para os republicanos. O Chicago Tribune também endossou Obama. Desde que foi fundado, há 161 anos, esse jornal nunca apoiara um democrata. A revista Esquire a Fundada há 75 anos, que nunca manifestara preferência antes por qualquer candidato presidencial também apoia Obama.
O endorsement é algo que os jornais brasileiros jamais adotam, ou seja assumir em editoriais explicando o porque a escolha de um dos candidatos e não figindo ser neutro. Aliás a edição virtual do Estado de Minas de hoje é uma piada (é umpanfleto contra o Quintão) mas o jornal fez uma matéria ouvindo as lideranças da campanha do Lacerda e estas dizem que a cobertura do Jornal é isenta. O Virgílio Guimarães disse mais que a cobertura do Jornal é fantástica, interessante não era o que ele achava antes....

As razões de Powell para apoiar Obama

Fonte: http://argemiroferreira.wordpress.com/

Ele foi o negro - ou africano-americano - que chegou aos mais elevados cargos na história dos EUA. Primeiro, o mais alto da hierarquia militar: chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas. Depois o de secretário de Estado, terceiro na linha da sucessão (depois do vice e do presidente da Câmara), no qual resistiu enquanto pode à guerra no Iraque - e afinal aceitou defendê-la nas Nações Unidas.

Mas Colin Powell, que em 1995 era o candidato potencial preferido pela maioria dos americanos (republicanos, democratas e independentes) à Casa Branca, viu a própria imagem ser destroçada antes de deixar o governo Bush ao fim do primeiro mandato. Arrependeu-se publicamente do discurso na ONU, onde o pretexto das inexistentes armas de destruição em massa foi usado para justificar a guerra.

Desde então tem tido papel discreto, relativamente fiel ao partido ao qual se filiou em 1995, o republicano. Até ontem, quando reapareceu no centro do palco, como convidado do Meet the Press da NBC, e anunciou em entrevista que dará seu voto em 2008 ao democrata Barack Obama. Seria apenas mais um apoio, mas Powell foi mais longe - e fundamentou muito bem seus argumentos (leia íntegra da transcrição AQUI; e clique no YouTube, no final deste post, para ver e ouvir parte da entrevista).

Um conjunto de motivos fortes

Como ex-chefe militar e ex-secretário de Estado, seu respaldo contribui, em primeiro lugar, para desautorizar a alegação tão repetida pela campanha rival de que Obama está insuficientemente preparado para ser comandante em chefe. Powell foi enfático ao dizer que conhece John McCain há 25 anos e passou a conhecer Obama muito bem nos últimos dois.

“São ambos americanos dedicados e patriotas. (…) Qualquer um dos dois pode ser um bom presidente. (…) Preocupo-me com o rumo tomado pelo Partido Republicano nos últimos anos. Foi mais para a direita.” Quanto a Obama, Powell acha que passou bem pelo teste sobre a dúvida levantada em torno de suposta falta de experiência.

Durante o agravamento da crise econômica, disse, foi possível observar o comportamento dos dois candidatos. McCain inseguro, quase com um enfoque diferente a cada dia sobre como enfrentar a situação. “E fiquei apreensivo ainda com a escolha de Sarah Palin para vice”, disse o ex-secretário de Estado. “Minha conclusão foi de que ela não está preparada para ser presidente. Para ser vice, é preciso estar. Tal detalhe levanta dúvida ainda sobre a capacidade de julgamento de McCain”.

Quanto a Obama, Powell observou “uma firmeza, uma curiosidade intelectual, conhecimentos profundos e o enfoque adequado de problemas como esse da escolha do candidato a vice-presidente. Para mim, ele está perfeitamente preparado para exercer a presidência. Mostra vigor intelectual, não fica mudando a cada dia, daqui para ali.”

Um rumo estreito e perigoso

Com base na sua observação das últimas sete semanas, Powell também achou que a conduta do Partido Republicano e do próprio McCain tornou-se cada vez mais estreita. Obama, ao mesmo tempo, mostrava visão mais inclusiva e mais ampla sobre as necessidades e aspirações do povo americano, buscando superar as divisões étnicas, raciais e de gerações.

Para o candidato democrata, segundo o ex-secretário, “toda aldeia tem seus valores, todas as cidades têm valores. Não são apenas as cidades pequenas que têm valores”. A referência é ao discurso que passou a ser adotado na campanha republicana, principalmente pela candidata Palin.

“E, francamente, também estou desapontado com alguns dos enfoques recentes que passaram a aparecer nos anúncios de McCain. Sobre coisas que nada têm a ver com os problemas do país. Como o caso Bill Ayers, que passou a ser o centro da campanha (republicana). Por que essa insistência nisso? E porque os robocalls em todo o país insinuando ligações inexistentes de Obama com terrorismo?”

A última referência é aos telefonemas gravados de ataques aos democratas, feitos através de centrais automáticas. Powell não chegou a dizê-lo explicitamente, mas indicou que isso e o papel da vice Palin são parte do novo rumo mais à direita dos republicanos. Ele vê ainda com preocupação o fato de que o futuro presidente terá de indicar mais dois juízes para a Suprema Corte. Acha que McCain escolheria mais dois conservadores.

Contra o preconceito anti-islâmico

Há coisas que McCain não chega a dizer, mas Powell ouve de pessoas do partido. “A campanha permite que seja dito, por exemplo, que Obama é muçulmano. Ora, ele não é muçulmano. É cristão, sempre foi. E se fosse islâmico? O que há de errado em ser muçulmano neste país? (…) Ouvi altos membros do meu partido dizerem: ‘É muçulmano e pode estar ligado a terroristas’. Não se pode fazer isso na América”.

Ao reagir com firmeza, Powell citou ensaio fotográfico que viu numa revista. Incluia a foto de uma mulher com a cabeça junto ao túmulo do filho no cemitério de Arlington. A lápide citava condecorações por bravura na guerra do Iraque. Ele morreu ali, aos 20 anos. “Não havia cruz cristã, nem estrela de Davi, mas a crescente e a estrela da fé islâmica. (…) O nome dele era Kareem Rashad Sultan Khand”, disse.

Powell negou na entrevista estar apoiando Obama por ser negro como ele. E indignou-se mais de uma vez com as alegações absurdas e de má fé da campanha de McCain sobre o caso Ayers. Disse que Obama conhece bem os problemas do país, fala com autoridade sobre eles, sabe os desafios a enfrentar e está cercado por gente muito qualificada, terá excelente assessoria. “Está pronto a agir já no primeiro dia”, garantiu.

Mais uma Universidade Federal aprova política de cotas

Abaixo a notícia de que a UFS adotou a categoria Cota, do Programa de Ações Afirmativas. Agora são 53 Universidades federais.
Como não podia deixar de ser, vou destilar minha cantilena militante, a UFMG continua firme e forte em seu projeto varguardista de ser a única a se recusar a essa modalidade, sempre correndo para outros subterfúgios como sobretaxação de notas, cursos noturnos, aumento de vagas universais e etc. Alías Vcs vâo ver na fala do reitor da UFS que essas questões servem para somar e não substituir. Assim lá eles aumentaram o número de vagas, criaram o noturno, abriram curso mas implantaram cota.

Mais uma Universidade Federal aprova política de cotas
Fonte: Afropress:


Aracaju/SE - A Universidade Federal de Sergipe (UFS), aprovou por meio do seu Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conepe) o Programa de Ações Afirmativas (Paaf), que garante a implementação da política de cotas para negros e indígenas, a partir do Processo Seletivo Seriado de 2010. Com a de Sergipe chega a 53 o número de
instituições públicas a adotarem ações afirmativas no país.

O Programa garante a reserva de 50% das vagas para estudantes de escolas públicas. Desse total, 70% serão destinadas a estudantes autodeclarados negros, pardos ou indígenas. Também será reservada vaga por curso aos portadores de necessidades especiais.
Segundo o reitor da UFS, Josué Modesto dos Passos Subrinho, a aprovação do sistema 'é mais um reflexo da política de expansão e inclusão vivida pelas universidades públicas nos últimos anos'. 'Acredito que nossas políticas de ações afirmativas – neste caso, as cotas – é um coroamento para tornar a universidade mais inclusiva. Começamos com o aumento do número de vagas e, posteriormente, a ampliação de vagas nos cursos noturnos. Viabilizamos a interiorização da universidade, através do sistema a distância, e padronizamos o horário de ofertas dos cursos diurnos. Agora, aderimos às cotas.Todas essas medidas tornam a universidade mais receptiva', disse Subrinho.

Programa

O Programa de Ações Afirmativas da Universidade sergipana tem duração prevista de dez anos e passará por uma avaliação da Universidade após a formatura das primeiras turmas nos primeiros cinco anos, por uma comissão criada com o objetivo de monitorar o funcionamento, e sugerir ajustes e modificações.


s cotas mudaram a cor da UnB


Zulu Araújo

Presidente da Fundação Cultural Palmares / Ministério da Cultura

O título deste artigo é a declaração da estudante Bernadete de Lourdes Silva Ferreira dos Santos, formanda do curso de Letras e cotista da Universidade de Brasília, primeira instituição federal brasileira de curso superior a aderir, em 2004, ao sistema de cotas para afro-descendentes. Assim como Bernadete, quase 50 outros estudantes ingressos pelo sistema de cotas estão se formando nos próximos dias e mostrando ao Brasil uma nova realidade.

A expectativa era essa mesma: as cotas mudaram a cor não só da UnB, mas do Brasil. Matéria publicada pelo Correio Braziliense, no caderno Gabarito, do dia 4 de agosto, revela o que já esperávamos. A política de cotas é uma das mais acertadas políticas de ação afirmativa no país. A Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura, criada para valorizar e divulgar a cultura dos afro-descendentes, considera muito relevante e comemora o fato de que apenas 1% dos estudantes que entraram para a Universidade de Brasília pelo sistema de cotas tenha abandonado a universidade.

São dados como esse que dão conta da dimensão das propostas para a superação do racismo em nosso país. Infelizmente, os alunos que ingressam na universidade pelo sistema de cotas ainda enfrentam a desconfiança de professores, de colegas e da sociedade. Falam mais alto agora os resultados. De acordo com a pesquisa realizada pela Assessoria de Diversidade e Apoio aos Cotistas da UnB (Adac), os dados são estimulantes e derrubam argumentos preconceituosos de que os cotistas não seriam capazes de acompanhar o ensino superior. Além de apenas 1% abandonar o curso, o desempenho acadêmico dos cotistas ficou acima da média. E mais: a média de trancamento de disciplinas foi de 0,5% e a de reprovação apenas de 1,5%.

Nos próximos dias assistiremos, bastante satisfeitos, o sonho realizado desses jovens. A formatura dos primeiros estudantes aprovados pelas cotas na UnB é a prova cabal de que essa política é eficaz na redução de desigualdades. A situação profissional desses jovens negros e negras revela-se promissora. Senão vejamos: mais de 57% dos formandos já ingressaram no mercado de trabalho; 18,4% estão concluindo estágios e 23,7% estão estudando para concurso público.

Nesse 2008, em que o país celebra 120 anos de abolição da escravatura, cabe, porém, a reflexão do quanto ainda se deve concluir para uma mudança da realidade discricionária e excludente da sociedade brasileira. E esses resultados apontam para a possibilidade de uma nova realidade, na qual gerações futuras de afro-descendentes devem impor um novo olhar sobre si. Há pouco, o Ipea divulgou pesquisa reveladora: negros e pardos já são declaradamente 49,5% da população brasileira, o que demonstra mudanças significativas no que diz respeito à afirmação da identidade afro. Delegamos isso à prática das políticas de ação afirmativa que vêm nos últimos anos fortalecendo e ampliando atitudes nas quais a pertença racial seja fator de inclusão social, não o contrário.

A afirmação da identidade contribui para reforçar a auto-estima e a idéia de pertencimento. É o que percebemos nas declarações dos jovens citados na reportagem e que se orgulham do seu feito. "Me sinto realizado", diz um. "A UnB me abriu portas", diz outro. "É uma vitória para toda a família. Mas precisa ser de muito mais gente", declara um outro.

Nessas declarações estão nítidas a sensação da conquista, do jogo ganhado, e o que isso pode representar para suas vidas futuras. Construir a sua própria história implica a possibilidade de percorrer novos caminhos. Nessa perspectiva, é que vemos a atitude da UnB e de outras mais 51 instituições públicas de ensino superior superarem a si mesmas e ajudarem a construir um novo amanhã para o povo negro do Brasil.

Esse significativo esforço do poder público respalda a luta de muitos negros e negras por direitos fundamentais, como educação e trabalho. É claro que a promoção da igualdade racial no Brasil vai muito além da adoção dessas políticas de cotas. É preciso muito mais na abordagem da questão racial no Brasil. Esses primeiros jovens formandos pelo sistema de cotas da UnB estão mudando paradigmas, além de protagonistas e referências da construção de uma nova idéia de liberdade para a comunidade negra brasileira. São eles que vão dar o testemunho desses novos tempos. A semente foi lançada; é preciso semeá-la.


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artigo publicado originalmente no jornal Correio Braziliense, 11/08/2008

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sobre as eleições em BH

Já que sou bombardeado com a média de 10 e-mails por dia atacando o Leonardo Quintão me senti na liberdade de enviar para todos as palavras mal rascunhadas abaixo e no fim um texto do Idelber Avelar só para balancear um pouco. Já digo que minhas palavras e o texto abaixo não são diretamente favoráveis ao Quintão; na verdade é contra os dois candidatos, mas chama a atenção para algo que estranhamente sumiu dos debates nos últimos dias. E faço algumas indagações provocativas, afinal quem me conhece sabe que gosto de antes de aderir o coro dos contentes de questionar bastante (o que Vcs chamam sempre de meu lado chato..rs, e é verdade).

A candidatura Lacerda é um conchavo anti-democrático de 02 homens a impor um cabestro sobre a cidade. Esse é o fato o resto e inclusive esse texto são versões sobre esse fato. O meu problema foi e continua sendo esse, não tenho espírito para ser toado. Mas antes dos ataques mais violentos já adianto não acho o Leonardo algo postitivo, concordo que é populista e demagogo, mas e outro lado não é anti-democrático, arrogante e também demagogo. Isso para não dizer a campanha de baixo nível (e que não se tente negar o óbvio, o próprio Virgílio Guimarães e o Miguelzinho. .. coordenadores da campanha do Márcio assumiram isso em nota pública, aliás o tal de Miguelzinho até se pergunta em artigo publicado no Jornal O Tempo se vale a pena ser bonzinho em política. Seja lá o que significa isso... Outra coisa será que somente nós a elite somos capazes de perceber o óbvio, o quão ruim é o Leonardo e o restante da população são meros ignorantes que não sabem votar? Será que os que opuseram a aliança incluindo ai o respeitado Patrus não tem valor algum? Enfim poderia levantar uma série de perguntas desse tipo.
Isso para não falar em algo mais estranho o candidato da Aliança do primeiro turno é aquele que no segundo pede a todos votem nele e não em Aécio ou Pimentel. Pera ai respeite nossa inteligência.
Ou o candidato que se diz contra manobras e conchavos. Ahn???
Ou será que não é popiulismo e fisollogia reunir os delegados do OP para publicamente o apoiar e questionar a dignidade do adversário (ou seja, até mesmo o OP menina dos olhos do PT como exemplo de cidadania é maculado e se torna programa eleitoreiro. Afinal como disse uma delegada do OP Márcio precisa ganhar para continuar as obras), isso para não falar em outros setores com os funcionários municipais pressionados apoiar publicamente esse candidato. Ou aquele que acha que a PBH é mal administrada (vejam o Estado de Minas de hoje) e que o modelo petista é bem intencionado mas atrasado (diga-se de passagem a favor do Márcio que segundo ele o próprio Pimentel concorda com a afirmação ainda bem que a 04 anos atrás não votei nele e naquela época já dizíamos que ele não representava o PT de outrora) que a partir do ano que vem a PBH precisa de um choque de gestão como o feito pelo governador. Ah pera aí, o cara fala baertamente que vai destruir o modelo democrático-popular e substituir por um modelo baseado nos ideias liberais (veja se efetivamente o Estado é a maravilha apregoada na propagandas, converse com um funcionário público e veja o que ele acha do choque de gestão) e um bando de petista que se agarram ferozmente a seus cargos comissionados finge que não é com eles.
Por fim quero novamente deixar claro aqui não é campanha pró Quintão.

Até aqui devem estar pensando, ora esse é um texto a favor do Quintão. E digo, não, não é. É um texto contra os dois candidatos, mas no entanto como só recebo os dados de um lado resolvi construir esse desse modo para contra argumentar. Afinal não existe escolha entre o péssimo e o ruim , ou melhor dizendo entre duas coisas que não me representam. Provavelmente votarei nulo. Mas uma coisa é certa não conte comigo nesse teatrinho pró Márcio vs o terrível Quintão. Espero que pelo menos as pessoas mantenham o mínimo de senso crítico.
Como disse uma amiga no mais sábio dos e-mails que recebi (muito longe, por exemplo, dessas palavras mal escritas e apressadas) qual a lógica dessa guerra de e-mails? Nós estamos em uma competição para ver quem é menos sórdido? Para eleger o menos pior? Sinceramente Belo Horizonte e nós eleitores (principalmente aqueles que lutam em diversas áreas por mais justiça soial) merecíamos mais.
Perdão pelo erros de escrita e pontuação mas esse texto não se presta a campanha é só a expressão do que sinto e acho e por isso vai ficar da forma que veio.

Abaixo, o texto do Idelber Avelar, do muito bom blog Biscoito Fino

Dois mineirim

-- Só precisamos encontrar um candidato maleável, sabe como é?

-- Eu já tenho. Vai ser o Márcio mesmo.

-- Será que cola? Ninguém conhece. Além de tudo tem a fortuna dele, a história do valerioduto, aquela falcatrua na CEMIG....

-- Deixa de ser bobo, Fernando. Como está a aprovação da prefeitura?

-- Por volta de 82%.

-- Mais a máquina do estado. A imprensa já está orientada. O Estado de Minas, como sempre, fiel. O MG TV já está martelando a idéia da unidade para o bem de Minas. Transcender as divisões artificiais que nos separam, aquela coisa toda. Vai ser no primeiro turno.

-- Tem legenda?

-- Claro, o PSB daqui está no bolso.

-- Se vamos de PSB, não é melhor a Ana Lúcia, que tem história, é conhecida na cidade?

-- Vetada. Não é maleável. Tem mania de ser independente demais. Não dá para confiar. E os radicais do PT?

-- Fica tranqüilo. Esses a gente esmaga na convenção. Só no Santa Inês ontem nós filiamos mais 300. Com as Kombis, os sanduíches, coisa e tal.

-- E o Patrus e o Dulci?

-- Estão lá com o Lula. Não vão arriscar o desgaste.

-- Se o Patrus baixa aqui em BH, ele ganha eleição direta até para presidente do Cruzeiro.

-- O Patrus é atleticano.

-- Pois é.

-- Não se preocupe. A gente solta a notícia quando já for fato consumado.

-- E se os radicais lançam um Rogério Correia da vida com o PC do B?

-- Não têm fôlego, não têm grana. Não dão nem para a saída.

-- Então está limpo o terreno.

-- Limpíssimo.

-- É, meu caro, você pode ir pensando no seu vice para o Palácio da Liberdade em 2010.

-- Tenho a sua palavra, então.

-- Claro. E para a minha jornada ao Planalto já está tudo acertado com o PMDB se o Vampiro encrespar lá em São Paulo.

-- Conte comigo. E como começamos a campanha?

-- Um ato conjunto pela unidade do estado. Minas volta ao protagonismo na cena nacional. Retoma sua tradição de reconciliação e negociação.

-- Seu avô se orgulharia de você, amigo. E depois?

-- Já está marcada a caminhada de sábado com o Márcio no Mercado Central.

-- Nos encontramos lá então?

-- Sim, mas tem que mandar o motorista buscar o Márcio.

-- Por quê?

-- Ele não sabe chegar no Mercado Central.

-- Qual o seu cálculo de resultado?

-- Venceremos no primeiro turno com 65%. É só esperar abrir as urnas.


Escrito por Idelber às 05:50

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Os nossos ídolos

A algum tempo atrás teve uma excelente discussão aqui no Páginas Heróicas sobre o significado da palavra e da idéia de ídolo. Lembro até que dei um pitaco a luz da antropologia e outros a luz de seus conhecimentos. Mas esse texto, não se trata disso muito pelo contrário. A idéia de ídolo aqui diz respeito a um sentimento e, portanto não necessita de racionalização. Trata-se na véspera de mais um clássico de homenagear alguns dos que me fizeram bastante feliz. Só a título de metodologia informo que sou de 1982 e acompanho efetivamente (e de forma bem atenta) o futebol desde 1992. Portanto segue minha lista, mas lembrei-se não é fruto da razão. Tal qual a lista dos maiores jogos que assistimos, as vezes um jogo nos toca por uma razão muito pessoal:

Marco Antônio Boiadeiro: Boi, boi, boi, boi Boiadeiro faz um gol para torcida do Cruzeiro. Primeiro grande idólo que me lembro, daqueles cantado pela torcida.

Luís Fernando Flores: grande camisa 10, subestimado naquela época mas sempre fundamental para o time. No futebol de hoje seria considerado craque e vendido por 7 milhões de dolares para o futebol russo.

Renato Gaucho: em sua curta temporda, não chegou a seis mese. Fez muitos gols, alegrou a torcida, ganhou títulos. Fez inesquecíveis 5 golos em um unico jogo internacional. Para os mais velhos era um grande rei da noite, para o menino um exemplo e da-lhe faixinha na testa.

Nonato: a legend no que essa palavra tem de essencial. Grande capitão, colocou o ato de trabalhar pelo time acima de algumas limitações.

Cleisson: o atacante que nos deu a Copa do Brasil de 1993 e o renovado e grande volante das temporadas de 1997 para frente.

Roberto Gaucho: o último grande ponta. Grande jogador, grande raça. Faz falta no futebol robótico de atualmente.

Toninho Cerezo: o palhaço foi o homem do ano de 1994. Craque do campeonato mineiro que ganhamos e homem fundamental para não caírmos em jogo dramático na Vila Belmiro.

Ronaldo: sim ele, e não o Ronaldinho inventado pelo Galvão. Até hoje o trato tal como torcíamos por ele, Ronaldo. Me fez raspar a cabeça e ir na sua recepção e jogo de despedida após a Copa.

Dida: o Grande, o Espetacular, o maior de todos.

Marcelo Ramos: o artilheiro das grandes conquistas e além de tudo esta entre os 10 maiores da nossa história, o unico depois dos anos setenta nessa lista.

Valdo: o mestre, o professor. O jogador que me deu maior prazer até hoje nesse negócio chmado futebol.

Fábio Júnior: na essência da idéia de ídolo para mim. Não importa o tempo que jogou, as várias fases e etc. O ídolo aqui é aquele dos 3 gols no carcarejante e do título da Copa do Brasil.

Gomes: o homem borracha. Aquele que além de grande jogador um grande caráter. Daquele tipo que ainda hoje liga para o cruzeiro. Um torcedor do time.

Cris: grande capitão. Cansou de bater e tripudiar em todos os sentidos do outro lado...

Maurinho: o grande pulmão. Como era bom ver as arrancadas do Maluco

Leandro: irreverente e competente. O melhor lateral que vi noCruzeiro.

Recife: Recife, Augusto, Recife, Augusto. Segurou a barra para o pessoal brincar.

Alex:

(não consigo dizer em palavras)

Fred: o último grande. A raça das bolas não perdidas. O Fred guerreiro ...

Lutar, lutar, lutar, lutar,lutar sempre

Miscigenação diminui o QI dos brasileiros.

Charles Murray, autor desta frase imbecil e racista estará na UFMG no próximo dia 22 e nos brindará com a explicação de sua teoria "matemática" sobre os QI. O mais notável é que esse cientista político (não sabia ser o QI especialidade dessa área) diz não se importar com as críticas, posição política interessante essa... Bom enfim, vai ver que ele tem razão (eu como miscegenado para alguns e negro por auto-definição e cientista do social por formação) é que não consigo entender essa lógica.Na qual a prova matemática deve ser a ausência de professores negros na UFMG, que como lembra o antropológo José Jorge não chega aos 20 professores (em um universo de aproximadamente 4500), sendo que deste a metade esta na FAE... No fundo apesar de um monte de e-mails raivosos que já recebi sobre esse evento ...Murray e UFMG até que tem haver.
Esses dias tem sido "animados" primeiro é o candidato Márcio Lacerda que em entrevista diz que se tem que ter claro que parte do problema da violência se deve a genética de alguns, ou seja o problema é natural e não social, depois é um cineasta que assina uma coluna na Revista Trip em que alegremente conta a história de quando estuprou sua empregada negra (como se isso fosse normal) e no fim até acha graça do caso e tal como ele, acredita que a vítima hoje deve rir do episódio (arghhh- sem comentários) agora essa visita do Murray. Bom poderia aqui ser ingênuo e achar tudo isso uma coincidência, mas não é. Só foi o movimento negro colocar a cabeça para fora, o dedo no problema e exigir direitos que a onda contrária saiu do armário e veio com tudo. Por isso apesar das chateações com essas posições, acredito é que devemos encará-las (os que defende as políticas diferencialistas) de frente, afinal o contra-ataque faz parte do jogo. Ao nos colocarmos na arena pública devemos estar preparado para a disputa.
Por fim só para apimentar um pouco mais, o problema é que esse charlatão(como deixou a entender um amigo que leu o principal livro desse Murray) vem em um evento sério discutir a questão do desenvolvimento acadêmico em nossa universidade....por isso digo, não é falta de discernimento é opção mesmo.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Capitalismo humilhado e um país idem

Depois que ouvi o edital do Jornal da Globo, falar em editorial que não é o fim do capitalismo mas sim sua maior humilhação a ESTATIZAÇÃO levada a cabo pelo governo dos EUA. Bom segundo as informações, até o momento a maior vítima dessa crise é a Islândia, o país de Bjork foi totalmente a bancarrota e também o melhor IDH do mundo, isso mesmo o melhor Índice de Desenvolvimento Humano doMundo. Como estava curioso sobre essa Ilha gelada, corri atrás da Islândia tinha visto um programa na Tv a respeito de questões geológicas, sim esse país é a meca para esse estudo pois se encontra na area de convergência de duas grandes placas tectônicas, terremotos e vulcões algo espatacular é só vê as imagens. Ou seja, uma ilha que daqui alguns milhares de anos estrá separada.
Mas vamos ao que interessa, notícias da Islândia:

Durante os séculos 9 e 10, a Islândia foi habitada por imigrantes celtas e noruegueses. Estabelecida no ano de 930, a Althing é a mais antiga assembléia legislativa em operação no mundo. Após permanecer independente por 300 anos, a Islândia foi governada pela Dinamarca e pela Noruega. A erupção dovulcão Askja em 1875 arruinou a economia da Islândia e provocou escassez em larga escala. Nos 25 anos seguintes, 20% da população do país migrou para os EUA e Canadá. A Islândia conquistou completa independência da Dinamarca em 1944. O país é conhecido mundialmente por seus altos níveis de coesão social, renda, longevidade e alfabetização.
Dados populacionais

  • População: 304.367 (julho de 2008).
  • Taxa de natalidade: 13,5 nascimentos por 1.000 habitantes (2008).
  • Taxa de mortalidade: 6,81 mortes por 1.000 habitantes (2008).
  • Grupos étnicos: mistura homogênea de descendentes de nórdicos e celtas (94%), população de origem estrangeira (6%).
  • Principais religiões: igreja luterana da Islândia (85.5%), igreja livre de Reykjavik (2.1%), igreja católica romana (2%), igreja livre de Hafnarfjorour (1.5%), outras cristãs (2.7%), outras ou não especificadas (3.8%), não afiliados (2.4%).
  • Línguas: islandês, inglês, línguas nórdicas e alemão.
  • Alfabetização: 99% (2003).
  • IDH 0,968. Posição no ranking: 1° entre 177 países.
Economia

A economia padrão escandinavo da Islândia é marcada por um sadio sistema de previdência social, baixos níveis de desemprego e distribuição de renda equilibrada. A indústria da pesca produz 70% dos lucros da exportação e utiliza 6% da força de trabalho. As principais exportações da Islândia incluem ferrossilício, pescados e produtos relacionados e alumínio.

  • Indústrias: processamento de peixe, fundição de alumínio, produção de ferrossilício, energia geotérmica e turismo.
  • Taxa de desemprego: 1% (2007).
  • População abaixo da linha da pobreza: não divulgado.
  • Exportação: peixes e produtos derivados, alumínio, produtos de origem animal, ferrossilício, farinha fóssil.
  • Importação: petróleo, maquinaria e equipamentos, derivados de petróleo, gêneros alimentícios, têxteis.

Meio ambiente

  • Porcentagem de área terrestre coberta por florestas: 0,5% (2005).
  • Emissão de dióxido de carbono (em milhares de toneladas métricas de CO2): 2,229 (2004).
  • Proporção total da população que utiliza água tratada: 100% (2006).
  • Proporção total da população que utiliza serviços de saneamento: 100% (2006).
Governo

  • Tipo: república constitucional.
  • Sistema legal: sistema de direito civil baseado na lei dinamarquesa, não aceitou a jurisdição compulsória da ICJ (Corte Internacional de Justiça).
  • Feriado nacional: Dia da Independência - 17 de junho de 1944.
  • Constituição: 16 de junho de 1944, em vigor a partir de 17 de junho de 1944, emendada várias vezes.

Geografia e turismo

  • Localização: norte da Europa, ilha entre o Mar da Groenlândia e o Oceano Atlântico Norte, a noroeste do Reino Unido.
  • Clima: temperado; moderado pela corrente do Atlântico Norte; invernos com ventos; verões úmidos e frescos.
  • Principais atrações: Parque Nacional Snaefellsjökull, Glymur e Heimaey.
  • Vacinas: hepatite B.
  • Distância do Brasil: 9.134,31 km (a partir de Brasília).
  • Moeda: coroa islandesa.
No mapa abaixo, a Islândia é a pequena Ilha ao lado da Groelândia (Ilha grande) de posse da Dinamarca:

Islândia
Islândia

Islândia



Capital: Reykjavík


Língua oficial: islandês, inglês, línguas nórdicas e alemão.

Nome oficial: República da Islândia.

Descrição da bandeira: azul com uma cruz vermelha contornada em branco, estendendo-se para as extremidades da bandeira; a parte vertical da cruz é deslocada para o lado do hasteamento, no estilo da Dannebrog (a bandeira dinamarquesa).

Maior(es) cidade(s): Reykjavík

Área: 103.000 km2

Coordenadas: 65 N, 18 W

Fronteiras: cercada pelo Mar da Groenlândia e o Oceano Atlântico Norte.