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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ecos de uma outra época




Hoje depois de mais um longo e cansativo dia, mas como tem acontecido por aqui, com uma noite belíssima com os colegas, boa comida, bom vinho e alguma cerveja. Fui ler algumas matérias e eis que me deparo com certo retorno a uma época com certeza mais nobre do que a atual. Vamos aos fatos:

O menos importante o Vasco fopi campeão novamente e a torcida cantou Ah é Dinamite, nunca simpatizei com o Vasco mas fiquei feliz de ver o Vascão de volta a sua história e livre da praga chamada Eurico Miranda.

A outras notícia diz respeito a libertação de Cesare Batisti que como lembra o Ministro Marco Aurélio do STF já vem tarde. Não há o que se discutir a decisão é clara e límpida, o STF concedeu discricionariedade ao presidente da República e ele no uso desta discricionariedade decidiu pela não extradição. Uma decisão de governo e política, legitima já que decidida por um governo legitimamente válido. Mais importante me parece é a mensagem ao contrário do que tentam afirmar os acovardados e fãs de respostas simplórias, a libertação de Batisti reafirma que vale sim a pena a passionalidade e a luta por aquilo que consideramos ser o melhor caminho. Me lembrou a lindíssima letra Mal Necessário. Acho que tem faltado ideologia e a vontade de lutar por aquilo que achamos justo a doa a quem doer.

Por fim a demissão de Palocci, muito já foi dito a este respeito, mas pouco se diz do que para mim é o mais importante: Quais os caminhos que levam um ex-militante socialista a tornar-se consultor de empresas enquanto exerce mandato de representação popular?

ISTO SIM É CHOCANTE O RESTO ME PARECE TRANSVERGIR. A GRANDE PERGUNTA, A PERGUNTA FUNDAMENTAL, A PERGUNTA QUE IMPORTA PARA AQUELES QUE AINDA MILITAM A ESQUERDA E POR OUTRO MUNDO POSSÍVEL É SE PERGUNTAR COMO PODE UM EX-SOCIALISTA CONSIDERAR NORMAL FATURAR 20 MILHÕES COMO CONSULTOR DO CAPITAL PRIVADO.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ditadura Capitalista da China

Se bem me lembro, das aulas de Ciência Política aprendemos com vários teoricos que o capitalismo e a democracia são primos-irmãos.Foi assim com Schumpeter, Dahl, Tocqueville entre vários outros. Ou seja, em um processo histórico o capitalismo junto com suas transformações culturais desembocaria em um sistema democrático, diga-se de passagem um sitema de democracia liberal burguesa. Ora dentro desta teoria é até mesmo possível a existência de ditaduras informais ou mesmo formais, que o diga nossa América Latina, mas neste caso as ditaduras são impostas sobre a retórica da Democracia. Tratava-se de suspender temporariamente a democracia em nome de combater um mal maior a ditadura do proletário.

Feito este preambulo chegamos a China. O que temos hoje na China é uma  ditadura não a do proletariado e sim a ditadura do mercado. Ainda que neste caso o mercado seja regido por mãos duras da elite do partido unico. Trotski já chamara a atenção de que a mistura do autoritarismo (que ele chamava de açoite) asiático com a bolsa de valores européias seria um perigo. Então estamos diante do perigo consumado. E não é qualquer perigo, imagina uma economia capitalista livre da interferência da organização sindical, da organização política, de direitos básicos e fundamentais, de direitos trabalhistas, culturais e etc. Eis a China e seu perigoso modelo.

Foi Marx que nos ensinou que a história nãos e repete a não ser como uma farsa de si própria. E novamente o barbudo estava correto. O que se vê hoje na China é uma farsa do processo revolucionário liderado por Mao a custa de milhões de vidas de seus compatriotas. Se Mao proclamava a superação da antiga sociedade e o surguimento em seu lugar de uma nova sociedade chinesa mais justa, solidária e desenvolvida. O que se vê hoje é somente um modelo chinês de desenvolvimento capitalista que une as argurias do sistema de mercado a mão de ferro de um governo autoritário, violento e centralizador. Mas a verdade se diga até nisto a China não inova, afinal foi também nas aulas de ciências políticas que lemos os vários teóricos elitistas: aqueles que a grosso modo defendem a existência de uma elite política preparada para guiar as massas ignobeis. Eis que na China para um melhor desenvolvimento e segurança (lembram-se que por aqui mesmo no Brasil passsamos uma decada inteira ouvindo que o mercado deveria confiar na solidez da nossa economia, que o mercado isso e aquilo, etc) do capitalismo resolveu a seu modo  o dilema da representação democrática. Bom pode até se afirmar que a China age como que a denunciar a farsa da democracia representativa, de novo Trotski nos ajuda a entender tal processo quando reprovara este sistema sob a alegação de que a democracia parlamentar, ao invés de dar demasiado poder às massas, paradoxalmente,  ela apassiva demasiadamente as massas, deixando a iniciativa para o aparato de poder estatal.
Enfim divagações sobre um sistema cruel de capitalismo.