sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Sotaque das Mineiras


Por que é fim de férias e essas Minas num sai de nóis.

O SOTAQUE DAS MINEIRAS
Felipe Peixoto Braga Netto (1973) afirma que não é jornalista, não é publicitário, nunca publicou crônicas ou contos - não é, enfim, literariamente falando, muita coisa, segundo suas próprias palavras. Paulistano, mora em Belo Horizonte e ama Minas Gerais. Ele diz que nunca publicou nada, mas a crônica que abaixo foi extraída do livro ‘As coisas simpáticas da vida’, Landy Editora, São Paulo (SP) - 2005, pág. 82.
O SOTAQUE DAS MINEIRAS(F.P.B. Netto)
O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar.
Afinal, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar sensual e lindo das moças de Minas ficou de fora?
Porque, Deus, que sotaque! Mineira devia nascer com tarja preta avisando: ‘ouvi-la faz mal à saúde’. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: ’só isso?’.
Assino, achando que ela me faz um favor.
Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma.
Certa vez quase propus casamento a uma menina que me ligou por engano, só pelo sotaque.
Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem, sabe-se lá por que, abandoná-las no meio do caminho. Não dizem: pode parar, dizem: ‘pó parar’ Não dizem: onde eu estou?, dizem: ‘onde queu tô.’Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem - lingüisticamente falando - apenas de uais, trens e sôs.
Digo-lhes que não. Mineiro não fala que o sujeito é competente em tal ou qual atividade. Fala que ele é bom de serviço. Pouco importa que seja um juiz, um jogador de futebol ou um ator de filme pornô.Se der no couro - metaforicamente falando, claro - ele é bom de serviço. Faz sentido…
Mineiras não usam o famosíssimo tudo bem. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: ‘cê tá boa?’ Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário…
Há outras. Vamos supor que você esteja tendo um caso com uma mulher casada. Um amigo seu, se for mineiro, vai chegar e dizer: - Mexe com isso não, sô (leia-se: sai dessa, é fria, etc)O verbo ‘mexer’, para os mineiros, tem os mais amplos significados. Quer dizer, por exemplo, trabalhar. Se lhe perguntarem com o que você mexe, não fique ofendido. Querem saber o seu ofício.
Os mineiros também não gostam do verbo conseguir. Aqui ninguém consegue nada. Você não dá conta. Sôcê (se você) acha que não vai chegar a tempo, você liga e diz: ‘- Aqui, não vou dar conta de chegar na hora, não, sô.’
Esse ‘aqui’ é outra delícia que só tem aqui. É antecedente obrigatório, sob pena de punição pública, de qualquer frase. É mais usada, no entanto, quando você quer falar e não estão lhe dando muita atenção: é uma forma de dizer ‘olá, me escutem, por favor’. É a última instância antes de jogar um pão de queijo na cabeça do interlocutor.
Mineiras não dizem ‘apaixonado por’. Dizem, sabe-se lá por que,’apaixonado com’.Soa engraçado aos ouvidos forasteiros. Ouve-se a toda hora: ‘Ah, eu apaixonei com ele…’Ou: ’sou doida com ele’ (ele, no caso, pode ser você, um carro, um cachorro).
Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, comtodo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas.
Por exemplo: em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer: - ‘Eu preciso de ir..’Onde os mineiros arrumaram esse ‘de’, aí no meio, é uma boa pergunta… Só não me perguntem!Mas que ele existe, existe. Asseguro que sim, com escritura lavrada em cartório.
No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um tanto de coisa. O supermercado não estará lotado, ele terá um tanto de gente. Se a fila do caixa não anda, é porque está agarrando lá na frente.Entendeu? Agarrar é agarrar, ora!
Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena,suspirará:‘- Ai, gente, que dó.’
É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras… Não vem caçar confusão pro meu lado! Porque, devo dizer, mineiro não arruma briga, mineiro ‘caça confusão’.Se você quiser dizer que tal sujeito é arruaceiro, é melhor falar, para se fazer entendido, que ele ‘vive caçando confusão’.
Ah, e tem o ‘Capaz…’Se você propõe algo a uma mineira, ela diz: ‘capaz’ !!! Vocês já ouviram esse ‘capaz’?É lindo. Quer dizer o quê? Sei lá, quer dizer ‘ce acha que eu faço isso’!? com algumas toneladas deironia.. Se você ameaçar casar com a Gisele Bundchen, ela dirá: ‘ô dó dôcê’. Entendeu? Não? Deixa para lá.
É parecido com o ‘nem…’ . Já ouviu o ‘nem…’?Completo ele fica: ‘- Ah, nem…’ O que significa? Significa, amigo leitor, que a mineira que o pronunciounão fará o que você propôs de jeito nenhum. Mas de jeito nenhum.Você diz: ‘Meu amor, cê anima de comer um tropeiro no Mineirão?’.Resposta: ‘nem…’Ainda não entendeu? Uai, nem é nem. Leitor, você é meio burrinho ou é impressão?
Preciso confessar algo: minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão.
Se você, em conversa, falar: ‘Ah, fui lá comprar umas coisas…’…- Que’ s coisa? - ela retrucará.O plural dá um pulo. Sai das coisas e vai para o ‘que’!
Ouvi de uma menina culta um ‘pelas metade’, no lugar de ‘pela metade’.E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa, confidenciará:- Ele pôs a culpa ‘ni mim’.
A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas…Ontem, uma senhora docemente me consolou: ‘preocupa não, bobo!’.E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras. nem se espantam.Talvez se espantassem se ouvissem um: ‘não se preocupe’, ou algo assim.Fórmula mineira é sintética. e diz tudo.
Até o tchau, em Minas, é personalizado. Ninguém diz tchau, pura e simplesmente.Aqui se diz: ‘tchau pro cê’, ‘tchau pro cês’.É útil deixar claro o destinatário do tchau…
Agora eu: tem mais
quando um caboco conta uma mintira muito grandi: “ôôôôô proosa….”
ôtras bunitinhas.
Pontiqueji
IIIhhhh.. pronto!
trem bão de mais, sô….
nascido, criado e judiado em beózonte
Se você disser para um mineiro que o filho dele é muito bonito, ele vai responder: “pior que é”.
oncotô
di jei manera
“Mineira não mente, conta lorota. Não paquera, espia. Não fica bonita, já nasce formosa. Mineira não usa perfume e cheira gostoso demais (sô!). Mineira não curte um som, ouve música. Não fala, proseia. Mineira não come strogonoff, mas adora um picadinho. Não faz crediário, compra fiado. Não fica pelada, mostra as “vergonhas”. Não erra, comete engano. Não liga pra ninguém, mas telefona pra todo mundo. Mineira ama diferente. Flerta de longe, promete com o olhar e cumpre tudo o que nos fez sonhar. Ela sabe que amor não é pra discursar, é pra fazer”…
Trecho de texto do jornalista e compositor Domingos Leoni, mineiro de Passos, que fez carreira em SP.
em Montes Claros:
- Mulher bonita = treinhão (trem grande);
- Comida = Di cumê (de comer);
- ô, migô = oi, amigo;
- fazer saliência = fazer sexo;
- que peninha! = ó, dózinha!;
- deixa de sonsura! = deixa de ser sonso, dissimulado!
“Ó que sapatim mais bunitim!”
ente outros...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Gil, Gilberto Gil

Esse post não tem muito sentido. Mas fazer o que. Certas coisas são indizíveis, certas emoções indescritíveis. Certos gênios só são diminuidos nas palavras. Eis assim com o nosso Xangô. Assim sendo, aqui fica só o grito: GIL, GILBERTO GIL, que coisa maravilhosa. Que Dom.
Obá Kossô !!!!
Axé Alafim de Oió.
Nada mais consigo dizer. Como é lindo ouvir Refavela (com resenha aqui no Blog), ou então Barra 69, Gilberto Gil 1968 - Os Mutantes, Gilberto Gil Vira-Mundo, Gilberto Gil Cidade de Salvador CD 1 e 2, Gil e Ben Jor Xangô e Ogum e tantos, tantos outros. Que músico fabuloso.

Òlò áwá la wulú

Olodó òlò odó

Oyá walé ni ilè Irá

Sangò walé ni Kosó.

Essa vontade de ser músico e cantor acaba me matando!!!

Luzia, Luluza
Passei toda a tarde ensaiando, ensaiando

Essa vontade de ser ator acaba me matando
São quase oito horas da noite, e eu nesse táxi
Que trânsito horrível, meu Deus
E Luzia, e Luzia, e Luzia
Estou tão cansado, mas disse que ia
Luzia Luluza está lá me esperando

Mais duas entradas, uma inteira, uma meia
São quase oito horas, a sala está cheia
Essa sessão das oito vai ficar lotada

Terceira semana em cartaz James Bond
Melhor pra Luzia não fica parada
Quando não vem gente, ela fica abandonada

Naquela cabine do Cine Avenida
Revistas, bordados, um rádio de pilha
Na cela da morte do Cine Avenida, a me esperar

No próximo ano nós vamos casar
No próximo filme nós vamos casar

Luzia, Luluza, eu vou ficar famoso
Vou fazer um filme de ator principal
No filme eu me caso com você, Luluza, no carnaval

Eu desço do táxi, feliz, mascarado
Você me esperando na bilheteria
Sua fantasia é de papel crepom

Eu pego você pelas mãos como um raio
E saio com você descendo a avenida
A avenida é comprida, é comprida, é comprida...
E termina na areia, na beira do mar
E a gente se casa na areia, Luluza
Na beira do mar
Na beira do mar
Gilberto Gil


segunda-feira, 20 de julho de 2009

O Choque de Gestão do Aécio


Nassif em seu blog tem se mostrado, corretamente um crítico contundente da atuação do Sr. José Serra, e como se diz por aqui, vira e mexe cita o Sr. Aécio Neves como contraponto interno no tucanato. Nada mais errôneo e injusto para com ambos. É tudo farinha do mesmo saco. Ora se José Serra vende para todo o país sua companhia de saneamento, o governador de Minas faz o mesmo com sua companhia energética. Ora se Serra pede cabeça nas redações paulistas acredito que a pós-graduação neste assunto seja o estado de Minas Gerais. Fato hoje já reconhecido e, vejam bem, denunciados pela BBC de Londres. Segundo as informações técnicas o estado de Minas Gerais teve uma diminuição de cerca de 30% em seu orçamento, mas ainda assim o governo de Minas Gerais gasta quase 70 milhões de reais, em publicidade. Veja as notícias publicadas no órgão oficial do Estado, o Minas Gerais:

Consórcio Espontânea – MPM - Contrato original: R$ 30 milhões. Acréscimo de 25%, R$ 7 Milhões. Dotação Orçamentária: 1491.04.131.709.4680.0001339039.09.10.1.

Lápis Raro Agência de Comunicação Ltda
.- Contrato Original: R$ 7 milhões, valor do Acréscimo 25%, R$ 1.750.000,00. Dotação Orçamentária: 1491.04.131.709.4680.0001.339039.09.10.1.

RC Comunicação
- Contrato Original: R$ 15 milhões, valor do Acréscimo 25%, R$ 3.750.000,00. Dotação Orçamentária: 11491.04.131.709.4680.0001.339039.09.10.1.

Net Design e Comunicação Ltda. - Contrato Original: R$ 4 milhões, valor do Acréscimo 25%, R$ 1.000.000,00. Dotação Orçamentária: 1491.04.131.709.4680.0001.339039.09.10.1.

Seja através do caladão, seja através da compra de espaços publicitários. Em Minas Gerais, como se diz por ai: está tudo dominado. Principalmente no que se refere aos grandes formadores locais de opinião: Diário Associados (entre outros Estado de Minas, Aqui, Site Uai, TV Alteosa, Rádio Guarani e etc) e Rádio Itatiaia com sua audiência inacreditável.

domingo, 19 de julho de 2009

O retorno do último exilado

Tai uma matéria jornalistica interessante. Do Jornal do Brasil

O retorno do último exilado
Yacy Nunes, especial para o JB, Jornal do Brasil
RIO - Traumatizado até hoje com a ditadura militar iniciada em 1964, embora tenha sido anistiado em outubro de 2008 pelo Ministério da Justiça, o marinheiro Antônio Geraldo da Costa, que tem o apelido de Neguinho desde que fugiu do país, em 1969, voltará finalmente ao Brasil amanhã. Nascido em 1933, no sertão da Paraiba, o último refugiado brasileiro, que decidiu perder o medo e retornar ao país, vai morar no Rio de Janeiro.
Após 40 anos de exílio, primeiro no Chile e, depois do golpe contra Salvador Allende, em Estocolmo, na Suécia – onde trabalhou como auxiliar de enfermagem, até se aposentar, no ano passado – será recepcionado no Aeroporto Tom Jobim às 15h30m de amanhã por um pequeno grupo de ex-militantes, denominados “Os amigos de 68”. Solidários, eles não querem que o companheiro tenha aborrecimentos com a alfândega ou com a burocracia.
A história de Neguinho é, há uma semana, o tema central da troca de e-mails entre alguns dos personagens da luta armada que sobreviveram ao tempo. Em entrevista exclusiva, Júlio César Barros, que trabalha hoje no gabinete do prefeito do Rio, Eduardo Paes, Dalva Bonet, professora de inglês e literatura e ex-colaboradora dos dois governos de Leonel Brizola, além de Guilhem Rodrigues da Silva, juiz eleito pela comunidade da cidade de Lund, na Suécia, onde mora até hoje, revelam detalhes da vinda definitiva do ex-soldado da Marinha.
Os anos 60
– Neguinho veio para o Rio muito jovem. Era arrimo de família. Mandava quase todo o soldo que recebia na Marinha para os pais, no Nordeste – recorda-se Dalva Bonet, ex-normalista e jornalista, presa e torturada em 1968 e, depois, exilada no Chile, Panamá e Londres, antes de retornar ao Brasil em 1983. – Ele entrou para a Associação de Marinheiros. Neguinho estudou e aprendeu muita coisa na Marinha. Foi preso no golpe militar. Estava em Recife quando aconteceu a derrubada de João Goulart, em 1964. Foi preso no navio. Depois, ele conseguiu fugir da penitenciária Lemos de Brito, conforme soube pelos relatos dos companheiros Pedro Viegas e Julinho. Foragido no Brasil, acabou indo para o Chile, mas teve que sair de lá quando houve o golpe de Pinochet. Em 1973, após a derrubada de Allende, conseguiu documentos falsos e foi de navio de Valparaiso à Itália. De lá, tomou um trem, junto com o companheiro Élio e a mulher dele, uma chilena, e foi para Copenhagen, na Dinamarca. La, foi resgatado pelo companheiro Guilhem.
Júlio César Senra Barros, ex-militante do MAR, Movimento de Ação Revolucionária, surgido na Penitenciária Lemos de Brito – onde os presos da Marinha cumpriam pena –, conheceu Neguinho após o AI-5 de dezembro de 1968:
– O MAR surgiu em 1968. Na penitenciária, Antônio Duarte, José Duarte, Marco Antônio Lima, Avelino Capitania, Pedro França Viegas, José Adeildo Ramos eram alguns dos presos que cumpriam pena pela tomada do sindicato dos metalúrgicos em 1964. Eu prestava assistência como estagiário de Direito. Acabei me engajando na organização – conta Barros. – O objetivo inicial do MAR era o de planejar a fuga desses presos da penitenciária e a criação de um foco de resistência revolucionária, de guerrilha, na Serra do Mar, interrompendo o eixo Rio-São Paulo. O Neguinho também tinha ficado preso lá na Lemos de Brito, mas conseguiu fugir antes.
O “tigre” revolucionário
De acordo com Barros, Neguinho era o responsável pelo contato com as outras organizações revolucionárias em São Paulo.
– A enorme facilidade de articulação do Neguinho facilitou muito o nosso trabalho. Fui escalado para fazer o contato com São Paulo. Encontrei o Neguinho lá. Ele era conhecido como Tigre – lembra o ex-militante. – Ele tinha uma grande rede de pessoas. O contato era feito em um cursinho de pré-vestibular. Na avenida São João. A pessoa contactada levava a gente até um bar. Você esperava o Neguinho, sem identificar de onde ele vinha. Ágil, com os olhos sempre atentos ao seu redor, com um pensamento rápido para solucionar problemas, ele bolou um jeito de comunicarmos sem riscos. Preservou a minha identidade e conseguiu preservar os segredos da organização. Não o vejo desde 1969, quando houve a queda do aparelho. Do Neguinho, tenho hoje a imagem de uma mente brilhante e de uma consistente ideologia revolucionária socialista.

sábado, 18 de julho de 2009

Nelson Mandela Day

Hoje Nelson Mandela completa sua 91° Primavera.
Vida Longa ao grande Mandela.

Drops

- Para variar mais um sumiço deste espaço. Sempre ele o trabalho e as viagens. Acabo de chegar do Rio. Portanto, neste post, reúno uma série de informações acumuladas:
-Passou batido pela grande imprensa e mídia- que novidade hein- mas essa semana completou-se 20 anos da queda do Muro de Berlim e o fim do chamado Socialismo Real. Uma pena, a notícia que decretou segundo o grande Eric Hobsbawn o fim prematuro do curto século XX que se inicia exatamente com as revoluções russas e a 1° guerra merecia mais debate seja na mídia seja na academia. Aliás esta segunda esta cada vez mais parecida com a primeira na mediocridade.
-Completou-se também nessa semana os 40 anos do homem na lua. Fruto aliás da notícia acima, a disputa entre socialistas e capitalistas. Diz-se alguns que a ida do homem a lua foi algo do ponto de vista tecnológico e científico uma des-necessidade, só levada a cabo pelos norte-americanos, para dar uma resposta a altura, ou melhor superior, ao pioneirismo soviético de mandar homens ao espaço, os cosmonautas.
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- Cruzeiro Querido de Tradição Libertadores Ser Campeão!!!
Vamos, que Vamos Cruzeirooooo
Hoy vamo a ganar e campeonar
Muro de Concreto Ruim de Derrubar
É incrível a felicidade de ser finalista e a honorabilidade de um vice-campeonato principalmente para um time que se mostrou superior. Dá-lhe Estudiantes, para saber ganhar tem que saber perder. Bola para frente.
Sobre o jogo, me lembrou o amigo Daniel do Peramblogando que ele sentiu falta da verdadeira torcida cruzeirense. Respondo a ele: privatizaram tudo; até nossos prazeres. Mas mesmo com o povão cruzeirense o time perderia. Temos que ser realistas, o Cruzeiro tomou um nó tático. Sobrou salto alto: e agora não adianta negar o óbvio...quem viu as entrevistas na jornada esportiva da Rádio Itatiaia viu isso...e digo mais não estou falando da torcida pois esta devia estar mesmo empolgada mas sim dos dirigentes...nossa o Perrela deu uma entrevista a Itatiaia patética...lá pelas tantas, como dono do mundo que ele o é, disse entre outras coisas: por isso não aceito critica e esse papo de continuísmo...o que é bom deve ficar e ficar sempre...sob nossa administração só falta o mundial e baboseira do tipo...chegou a sugerir que nem existisse eleições....falou um pérola: a competência deve ser valorizada, e citou como ex. o Leoz que manda (preside) a Sulamaricana a mais de 40 anos devido a sua competência e etc....pois bem, após o jogo ele disse que a sulamericana era uma bagunça... que todo mundo sabe que a argentina manda na sulamericana, que não dava para entender como na diretoria da sulamericana não tem um brasileiro, em nenhum cargo...que os mexicanos foram expulsos mas os argentinos nem sequer foram questionados...que o juiz foi armado para dar o título aos argentinos entende...baboseira dignas de um bufão e do nível do bufão que preside o time das cocotas...qual Perrela fala a verdade? para mim o segundo...mas antes do jogo o rei queria mesmo era bufar...e após o jogo bufou de vez ao tentar transferir a responsabilidade para o árbitro...ridículo não saber perder...

Como disse a um amigo antes de saber ganhar deve se sabe perder....
ainda mais quando se toma um vareiro e dentro de casa, o Veron humilhou a força de vontade do Cruzeiro. Os amigos mais próximo sabem e se lembram que nunca confiei neste time; aliás os amigos ficavam meio puto mas sempre achei que o Cruzeiro não passaria do S. Paulo e nem do Grêmio passou sabe se lá como ...se empolgou demais perdeu o pé da realidade e ai quando precisou jogar não conseguiu. Foi vibrante, foi raçudo, teve vontade essas qualidades são inegáveis, tanto quer foi aplaudido após o jogo. Mas faltou o principal: futebol.
Como já vinha alertando, agora vai ficar o resto do ano no sofrimento, na peleja para não cair...pior ainda se perder a raça e a vibração, pois o futebol é curto...O time até toca a bola, como gosta seu técnico, o Adilson - "o time gira a bola" - só não tem inteligência com ela aos pés. Aliás interessante e, por isso, apaixonante o futebol: Veron versus Wagner, como diz aquela personagem da televisão prefiro não comentar. No mais sobrou o futebol voluntarioso do Kleber, mas sou coerente e se critico o Tardeli dos Cocotas, que não faz gol em time grande e em jogos importantes, o mesmo vale para Kleber, atacante ataca e marca o gol do título isso o Bosseli fez, o Kleber não.
No mais, e ai me sinto a vontade para escrever tudo isso, pois os amigos são testemunhas, que já dizia isso em Fevereiro e continuei a dizer sempre, mesmo sendo criticado pelos amigos cruzeirenses e atleticanos - sempre estava contra a corrente, tanto que procurei até modificar a forma de ver o time, pois não poderia ser o único a pensar diferente - o Cruzeiro é fraco: falta laterais, falta um zagueiro, falta um armador e falta um companheiro de ataque para o Kléber (neste caso pode até ser o Thiago quando se recuperar de vez ou o Soares quando retornar). Os amigos também sabem que em relação ao Paulista eu me recuso a considerá-lo um jogador ruim....ruim é classificação o Paulista é inclassificável. Tudo que digo aqui, é coerente com o que venho dizendo a meses (aliás interessante seria se o time tivesse ganho apesar de tudo isso)....o chato agora são os cruzeirenses loucos que idolatravam o time e agora vão começar a ver estes defeitos óbvios ....sempre digo sou cruzeirense fanático (estou deveras muito triste e, no dia seguinte do jogo fiquei sem animo até para trabalhar) mas não sou doente, vejo e enxergo modéstia a parte futebol e efetivamente, tem razão os Cocotas: foi um sonho de Veron.
Abços, sempre orgulhosos
"Vamos Cruzeiro, querido de Tradição, Libertadores ser campeão!!!!"
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- Rio de Janeiro. Ah Cidade Maravilhosa!!!!! Sou suspeito, pois adoro o Rio. É até difícil falar sobre. Mas em resumo: A Cidade Maravilhosa esta mais maravilhosa do que nunca. Principalmente quando se tem o privilégio de ouvir Noca da Portela e outros bambas, ou mesmo participar (na verdade girar para os entendidos) de uma roda de Jongo em Sacopã: Quilombo Resistência Cultural Afro-Brasileira em plena zona sul do Rio. Ou então ir ao Centro Cultural do Banco do Brasil e ver a Exposição magnifica Virada Russa...ou então beber em uma roda em Niteroi, beber na Lapa e outras coisitas.