terça-feira, 29 de janeiro de 2008

AUSÊNCIAS

Estou viajando a trabalho, o famoso Trabalho de Campo, chamado também de etnografia.
Nos próximos 20 dias estarei ausente desse espaço. Mas espero que os poucos leitores desse blog continue por aqui após esse período de ausência.

Ps: como existe lan house, ainda que lá para os lados que vou a última em que fui ..é melhor nem comentar... mas quem sabe se aparecer algo bastante interessante, escrevo algo. Mas de forma geral só daqui a cerca de 20 dias.

Mais um Keneddy apoia Obama

Um dos senadores mais poderosos dos Estados Unidos, campeão do liberalismo e herdeiro do que se costuma chamar de "família real" americana, Ted Kennedy, acaba de anunciar seu apoio a Barack Obama diante de uma entusiástica platéia de universitários. "Sinto mudança no ar", disse ele. O senador, que está no Congresso desde 1962, disse que Obama traz de volta a "esperança", que consegue incentivar "os melhores anjos de nossa natureza".

"Quando tantos estavam silenciosos e outros se acomodoram", disse Kennedy, Barack Obama se opôs à guerra do Iraque. O senador afirmou que o colega não demoniza quem tem opinião diferente, é capaz de entusiasmar os jovens e superar a divisão entre republicanos e democratas. Ao lado do senador estão a filha do ex-presidente John Kennedy, Caroline, além do congressista Patrick Kennedy, sobrinho de Ted.

"Vamos substituir a política do medo pela política da esperança", disse Ted Kennedy. Antes dele falou a filha de John Kennedy, a escritora Caroline, que disse ter sido convencida pelos três filhos adolescentes de que deveria apoiar o senador de Illinois. "Sim, podemos", gritou a multidão durante o evento. "Ele está pronto para ser presidente a partir do primeiro dia", disse Ted Kennedy, emprestando uma frase da campanha de Bill e Hillary Clinton.

Ted Kennedy lembrou, em seu discurso, que quando o irmão concorreu à presidência o ex-presidente Harry Truman criticou JFK pela falta de experiência. Kennedy disse: "Meu irmão respondeu que tinha chegado a hora de uma nova geração no poder."

Ao falar, Barack Obama afirmou que esta não é uma campanha entre religiões, regiões do país ou entre brancos e negros, "mas entre o passado e o futuro". O candidato afirmou que foi graças à generosidade da família Kennedy que o pai dele conseguiu uma bolsa de estudos para vir para os Estados Unidos, onde conheceu a mãe do senador. O apoio de Kennedy será especialmente importante para atrair liberais, sindicalizados e hispânicos, com os quais a família tem ligações históricas. Ted Kennedy propôs, por exemplo, uma lei de imigração que abriria espaço para a permanência, no país, de uma boa parte dos imigrantes ilegais.

O voto dos hispânicos será decisivo na Califórnia, por exemplo. Se Obama vencer na Califórnia, em Illinois (o estado que representa) e em Massachussets (estado da família Kennedy), no dia 5 de fevereiro, a chamada Super Terça-feira, pelo menos conseguirá adiar uma vitória de Hillary Clinton na disputa pela vaga de candidato a presidente. A senadora obteve um importante apoio nas últimas horas, do sindicato dos trabalhadores em agricultura, a United Farm Workers, que representa o legado de Cesar Chavez, o herói latino da luta pelos direitos civis.

DEMOCRATAS - Bill e Hillary Clinton controlam a máquina do partido, mas agora enfrentam o desafio de Barack Obama + família Kennedy. Ted Kennedy, 75 anos de idade, quer reconquistar o Partido Democrata para os liberais tradicionais, ou seja, os herdeiros de Franklin Delano Roosevelt e John Kenneth Galbraith. Mal comparando, é como se o campo majoritário do PT, conservador de classe média, sofresse ameaça à esquerda.

REPUBLICANOS - George W. Bush está morto. Só está vivo para a mídia brasileira. O partido perdeu o rumo. A coalizão religiosa de evangélicos, católicos conservadores e judeus do Likud não achou candidato. O senador John McCain tenta apelar aos independentes, que representam 35% do eleitorado americano e são fator decisivo nas eleições gerais. Mas ele é bom de segurança nacional quando o tema da campanha agora é a economia. Mitt Romney, que já foi empresário e governador de Massachussets, se apresenta como o jovem capaz de mudar Washington. É neoliberal. No Brasil, seria o candidato da TV Globo.

SUL - Na próxima terça-feira, no Sul dos Estados Unidos, acontecem primárias na Geórgia, Alabama e Tennessee. A Geórgia é importante. Nos três estados é forte a presença de eleitores negros entre os democratas. Barack Obama tem chance de vencer nos três. Dentre os republicanos o favorito é Mike Huckabee, com seu apelo ao que aqui se chama de Bible Belt, o cinturão da Bíblia. Huckabee, como vocês sabem, é o "candidato cristão." Huckabee está com cara de vice na chapa republicana.

LIBERALÂNDIA - São os estados da costa Leste dos Estados Unidos, dentre os quais Delaware, Connecticut, Nova York, Nova Jersey e Massachussets. Nova York é terra de Hillary Clinton, mas Barack Obama pode conseguir votação expressiva na cidade de Nova York, onde vivem 2 milhões de negros. Além disso, ele pode vencer em Massachussets, terra da família Kennedy. Nova Jersey é um estado conservador, mas existem muitos imigrantes e negros em grandes cidades como Newark e Jersey City. Se Rudolph Giuliani não vencer no estado de Nova York, adeus. Região que favorece o almofadinha Romney.

NEVERLAND - Não se preocupe com os resultados de Idaho, Montana, Dakota do Norte e Utah. O peso deles é ínfimo.

CONSERVALÂNDIA - São os estados do meio-oeste americano: Kansas, Oklahoma, Missouri, Illinois e Arkansas. O peso maior é dos dois últimos. Arkansas é a terra dos Clinton. E Illinois, que inclui Chicago, é a terra de Barack Obama. Mistura áreas industriais com regiões agrícolas. Dentre os republicanos, John McCain tem boas chances por causa dos eleitores independentes.

VELHO OESTE - Califórnia, Arizona, Novo México e Colorado. Aqui é que o pau realmente vai comer. Os hispânicos representam 43% da população do Novo México e 35% da população da Califórnia. Los Angeles é a maior cidade latina dos Estados Unidos. Hillary Clinton tem grande apoio dos hispânicos mais velhos, graças às políticas do marido Bill. Ela recebeu o apoio do sindicato dos trabalhadores em agricultura, o campeão na defesa dos direitos de trabalhadores hispânicos. Barack Obama, com apoio de Ted Kennedy, tenta motivar os hispânicos mais jovens. Vencer na Califórnia e no Colorado seria muito importante para ele, diante da provável vitória de Hillary Clinton em Nova York.

DIFERENÇA - No Partido Republicano, o sistema é de winner takes all, ou seja, quem vencer a votação leva todos os delegados do estado à Convenção Republicana. No Partido Democrata, os delegados são divididos proporcionalmente à votação obtida. Além disso, apesar de se chamar Democrata esse partido mantém uma regra bizarra. São os chamados super-delegados, com direito a voto na Convenção independetemente das prévias. Os ex-presidentes Bill Clinton e Jimmy Carter, por exemplo, são super-delegados. O voto dos super-delegados representa cerca de 40% dos votos necessários à escolha de um candidato. Foi a forma que o partido escolheu de não dar todo o poder de decisão ao filiados.

MEU PALPITE - Só vão sobreviver à Super Terça os candidatos Mitt Romney e John McCain pelos republicanos e Hillary Clinton e Barack Obama pelos democratas.

CONTAGEM DE DELEGADOS - Antes da Flórida a contagem de delegados era a seguinte. Entre os democratas: Hillary 249, Obama 167 e John Edwards 58. Edwards está com cara de vice na chapa democrata. Entre os republicanos: Romney 59, Huckabee 40 e McCain 36.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Um bocadinho de inteligência e serenidade na borçalidade brasileira

Em entrevista para o "Jornal do Commercio" de Recife, Evaldo Cabral de Mello, 72 anos, um dos maiores historiadores do Brasil, minimiza a importância de Dom João VI para a unidade nacional. Veja dois trechos:

"Quando alguém fica entusiasmado com a vinda de dom João, está sempre achando que a unidade territorial do Brasil é um valor supremo. E que por isso deve subordinar outros valores, como liberdades públicas, desenvolvimento econômico. Talvez fosse melhor que o Brasil fosse menor e tivesse acabado a escravidão mais cedo e realizado reformas que até hoje adia. "

" O que o brasileiro ainda não percebeu é que, ao longo da sua história, a aspiração de grandeza territorial e de unidade nacional serviu de pretexto para se evitarem coisas perigosas para a posição dos grupos que estavam no poder. De Pedro I, o primeiro golpista, até o Estado Novo e o golpe de 1964, não houve ato de força que não invocasse a unidade nacional, cujo preço foi talvez demasiado caro para o que tivemos em troca. "

Caroline Kennedy, relembra o pai presidente e declara apoio a Obama Barack

"A PRESIDENT LIKE MY FATHER" - Um Presidente como meu Pai

por Caroline Kennedy

Ao longo dos anos, sempre me emocionei quando alguém me disse que desejava se sentir esperançoso com os Estados Unidos da forma como as pessoas ficaram quando meu pai era presidente. Este sentimento é ainda mais profundo hoje. E é o motivo pelo qual eu apóio um candidato presidencial nas prévias democratas, Barack Obama.

Minha razões são patrióticas, políticas e pessoais - e as três se conjugam. Em toda a minha vida, ouvi pessoas dizendo que meu pai mudou a vida delas, que elas se envolveram no serviço público ou em política porque ele as convocou. E a geração que ele inspirou passou esse espírito para os filhos. Encontro jovens que nasceram muito depois que John F. Kennedy foi presidente e ainda assim me perguntam como viver seus ideais.

Às vezes leva um tempo para reconhecer que alguém tem a habilidade especial de fazer com que acreditemos em nós mesmos, que nos leve a ligar essa crença a ideais e que imagine conosco que juntos podemos fazer muito. Nestes raros momentos, precisamos colocar de lado nossos planos e buscar o que acreditamos ser possível.

Temos essa oportunidade com o senador Obama. Não é que os outros candidatos não têm conhecimento ou experiência. Os objetivos de todos são similares. Todos anunciaram planos detalhados para tudo, de ajudar a classe média a investir em educação pré-escolar. Sendo assim, as qualidades de liderança, caráter e capacidade de decidir se tornam mais importantes.

O senador Obama demonstrou essas qualidades ao longo de mais de duas décadas de serviço público, não apenas no Senado dos Estados Unidos mas em Illinois, onde ele ajudou a transformar comunidades, ensinou lei constitucional e foi autoridade estadual eleita durante 8 anos. E o senador Obama tem demonstrado as mesmas qualidades hoje. Ele construiu um movimento que está mudando a face da política neste país e demonstrou uma capacidade especial de inspirar os jovens - conhecidos pelo voluntarismo, mas que rejeitam a política tradicional - e de interessá-los no processo político-partidário.

Passei os últimos três anos no sistema de escolas públicas de Nova York e tenho três filhas adolescentes. Temos uma geração a caminho que é esperançosa, trabalha duro, é inovadora e criativa. Mas muitos desta geração estão desesperançosos, derrotados e desengajados. Como pais, temos a responsabilidade de fazer com que nossas crianças acreditem em si e no poder de mudar o futuro. O senador Obama inspira minhas crianças e meus pais com este sentimento de possibilidade.

O senador Obama faz uma campanha digna e honesta. Ele fala de forma eloquente do papel da fé em sua vida e deixou isso à mostra em dois livros que escreveu. E, na questão da capacidade de decidir, Barack Obama acertou na decisão mais importante de nosso tempo, ao se opor à guerra do Iraque desde o começo.

Eu quero um presidente que entenda sua responsabilidade de articular uma visão e encorajar outros a alcançá-la; que mantenha e faça manter os padrões éticos mais altos; que apele à esperança daqueles que ainda acreditam no sonho americano e àqueles ao redor do mundo que ainda acreditam no ideal americano; e que pode elevar nosso espírito e fazer que acreditemos novamente que nosso país precisa de todos nós.

Nunca tive um presidente que me inspirasse da forma que as pessoas me dizem que meu pai os inspirou. Mas, pela primeira vez, acredito que encontrei um homem que poderia ser aquele presidente - não apenas para mim, mas para uma nova geração de americanos."

PUBLICADO NO NEW YORK TIMES DE 27/01/2008

Agora as informações da prévia de ontem, mais uma vez excelentes informações do Luiz Carlos Azenha, o blog dele esta ai ao lado:

WASHINGTON - 20:40 - Barack Obama vai vencer as prévias da Carolina do Sul com mais de 50% dos votos. Com 93% dos votos contados, ele tem o dobro da votação de Hillary Clinton: 55% a 26%. John Edwards está em terceiro com 18%. Além de vencer de forma esmagadora entre os negros (com 8 de cada 10 votos), Obama conquistou uma fatia considerável do voto dos brancos (cerca de 25%) e teve grande vantagem entre os eleitores mais jovens, independentemente de serem brancos ou negros. O dia foi marcado por uma desastrosa declaração do ex-presidente Bill Clinton, que atribuiu a vantagem do senador de Illinois ao fato de que ele é negro e o comparou a Jesse Jackson, que quando foi pré-candidato democrata também venceu na Carolina do Sul. Pesquisas de boca-de-urna indicam que a maioria dos democratas (53%) escolheu o candidato que acredita ser capaz de mudar Washington. A vitória por grande vantagem na Carolina, o primeiro estado do sul em disputa, demonstra que Barack Obama tem fôlego para competir na chamada Super Terça-feira, 5 de fevereiro, quando mais de 20 estados vão realizar prévias. Em muitos destes estados o peso dos eleitores negros é grande. Além disso, Obama conquistou o apoio de Caroline Kennedy, que vai publicar um artigo no New York Times deste domingo comparando o senador de Illinois ao pai dela, John Kennedy. "Um presidente como meu pai", é o título do artigo. Ao declarar vitória, Obama disse que tem "a maioria dos votos, a maioria dos delegados e a coalizão mais diversa" de tempos recentes. "Temos jovens e velhos, ricos e pobres, negros e brancos, latinos e índios, democratas de Des Moines, independentes de Concord e até alguns republicanos da zona rural de Nevada, além de jovens de todo o país", afirmou Obama. "Queremos mudança", gritou a multidão em resposta.

Na Flórida, onde os republicanos disputam sua prévia no dia 29, uma péssima notícia para o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, que decidiu iniciar sua campanha para valer no estado. O governador da Flórida anunciou seu apoio a John McCain. Uma derrota na Flórida pode acabar com as pretensões de Giuliani, deixando o campo livre para uma decisão entre McCain e o ex-governador de Massachussets, Mitt Romney.


Começou o Ruralzão 2008

Tudo igual como sempre nessa chatice que é o campeonato mineiro de futebol. Como sempre o time do interior entrou fechadissimo, como sempre o arbitro ajudou o Cocota Carcarejante ao expulsar no começinho do segundo tempo um jogador do Jacaré e como sempre nos últimos anos, os Cocotas apesar de um jogador a mais perdeu na estréia, o que não significa nada, pois a afinal já sabemos é sempre igual. No outro jogo, das 10:00 hs da manhã, afinal o ruralzão já não era ridículo o suficiente resolveram colocar jogos de madrugada o Rio Branco fez 2X0 no Ipatinga fora o show.
Placar:

Rio Branco 2X Ipatinga 0
Democrata Jacaré -SL 1 X Atlético (Cocota Carcarejante) 0

Daqui a pouco tem a estréia do Cruzeiro contra o Uberaba Zebu, vamos vê. Esta com cara de mais um vexame dos times da primeira divisão nacional.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Sobre o post abaixo

Estou assustado e ao mesmo tempo feliz com a recepção do texto, no Blog do Cruzeirense. Muitos comentários inteligentes e pertinentes e fica a felicidade de perceber que muitos outros Cruzeirenses estão atentos a vida política e administrativa do clube. Veja alguns exemplos:

"Jorge,

O Carlos poderia nos brindar com um texto sobre os Quilombos em MG.

Onde estao? Quantos sao? Populacao de quilombolas? E um pouquinho da historia! Seria legal!

E para nao fugir muito do objetivo do blog, e’ so’ colocar aquela pesquisa basica que, entre os quilombolas, a maioria e’ cruzeirense!

Abs. Ronaldo"

"Senhores…
Concordo com uma afirmação do Carlos Eduardo Marques.. Falta de gestão e administração e especialmente Execo de Funcionários… como explicar por exemplo, tantos gestores no departamento de futbol.. Maluf e mais ex-jornalistas.. ? sinceramente.. não tem explicação parece até que virou cabide de emprego…
Apesar de polemica o texto de Carlos vale a pena ser lido para refletir realmente sobre a gestão Cruzeiro
Abraços
Mauricio"

"A falta de foco, ou melhor, a MUDANÇA do foco da diretoria de 2004 a 2007 é patente. Também não consigo compreender como o Cruzeiro está apertado financeiramente, já que, há tempos, só contrata jogadores baratos ou mesmo de graça. E vende bem pra burro.
A única maneira de sabermos o quê realmente acontece na administração do Cruzeiro seria através de prestação de contas no mínimo anual, com divulgação pública. Mas quanto a isto, podemos tirar o cavalinho da chuva.
Se o dinheiro do clube é desviado para o bolso dos Perrellas e de sua turma (Maluf, Valdir Barbosa), acho que nós nunca saberemos. Fica tudo no campo da especulação, sobretudo ao se constatar o salto do padrão de vida desse pessoal no período de 1995 para cá..." Flávio Vieira

"Carlos Eduardo,

Em linhas gerais concordo com sua análise.
Penso diferente apenas em um ou outro ponto - tenho boas expectativas com relaçaõ ao trabalho do Adilson.No mais, vc tá certo." Leopoldo Moura

"Carlos,
Concordo com a maioria dos pontos mencionados no seu artigo. Para corroborar a tese da má administração, basta lembrar dos inúmeros jogadores contratados para fazer número. Basta lembrar que o salário do André Luis pagaria uma boa dupla de zaga para o ano inteiro. Ou que o Leandro Chinelinho e o Martinez ficaram uns dois ou três anos no Departamento médico. Que tal lembrar dos inúmeros jogadores que nada jogaram no Cruzeiro e depois fizeram um bom papel em outros times? Seria mera coincidência?

Sds,
Pablo"

"Sobre o segundo ponto, é bom observar que todos os grandes clubes trabalham no vermelho, mesmo os do eixo RJ-SP, que recebem maiores cotas e patrocinios.
As verbas do futebol acabam sustentando toda a estrutura, incluindo aí sede administrativa, clubes sociais, categorias de base e profissional, centros de treinamento e etc.
Não acho possível simplificar tudo dizendo que se dá prejuízo é má administração.
Embora não queira dizer com isso que não haja erros da parte da diretoria.

E não há grande clube brasileiro que tenha a maioria dos seus jogadores formados em casa. Mesmo os que tem excelente estrutura como o São Paulo, para ficar apenas neste exemplo." Mauro França

"Caro Mauro França

Desculpas como… todos os times estão passando dificuldade ou trabalham no vermelho no meu ponto de vista não é desculpa não…

Trabalham no vermelhor pois são mal administrados e geridos da mesma forma que o Cruzeiro.

Eu faço uma comparação com as finanças pessoas, não gastamos mais do que o nosso sálario, do que ganhamos, pois somos responsáveis com nossas finanças temos um nome a selar, caso contrario podemos ficar recorendo a emprestimos bancarios, cheque especial, financiameto no cartão de credito, com juros altossiomos, isto tudo vira uma bola e tem uma hora que estoura..
Abraços
Mauricio"

"No entanto eu não concordo com algumas críticas feitas à nossa diretoria. É verdade que eles tem errado muito nos últimos anos no que se refere à formação do time, mas também é verdade que essa diretoria tem acertado mais do que errado, além de manter nosso clube entre os mais organizados do país. Não acho justo culpá-los por todos os insucessos em campo, já que a sorte também é um componente importante do jogo.

Com relação à venda de jogadores, isso é uma necessidade de qualquer clube brasileiro, mesmo aqueles que recebem verbas de TV e patrocínio 3 ou 4 vezes mais do que nós. Portanto, ser bom vendedor no futebol brasileiro é uma qualidade e não um defeito, como muitos tentam classificar. Qualquer um de nós que estivesse na posição do Alvimar seria criticado por isso. "Flávio Carneiro

"

Marques-belo texto, polêmica faz parte. Se não cairmos na tecla “joga pedra na Geni”, nem na tecla “está tudo azul na América do Sul”, fica bem melhor, não?

Acho que qq Diretor responsável - e os PERRELAS são- sabem o que tem no bolso e não vão gastar mais do que tem! Else estão errados? Não.

Fui um dos que -não desejei- tantas “contratações” - não vou dizer que são “reforços” ou “destroços”, por outro lado, sanear a falta de 1 LE, 1LD, um zagueiro e um volante, faziam a minha cabeça. Mas a lista foi longe…

Vamos torcer pelo acerto, afinal nem no papel concordaríamos na melhor escalação do CEC, nem tampouco haverá um time campeão que agrade a todos…EU não conheço nenhum time campeão que seja unanimidade entre todos que aqui postam… faz parte da vida. Arthur"

"Quanto ao segundo parágrafo, é irretocável. O Cruzeiro gasta muito pra formar jogadores na categoria de base depois despeja um caminhão de dinheiro pra trazer refugos de outros clubes, atletas em fins de carreira ou de reputação duvidosa. Nelinho e PIazza não tinham currículo,mas eram considerados jovens jogadores com futuro promissor. Não me parece ser este o caso de Fabricio ou Marquinhos Paraná. Dilan"

"Obs.: Excelente texto, vale comentar, tanto pela polêmica a parte quanto pelo equilibrio que muitas vezes faltam em comentários principalmente quando se trata de questões políticas do clube.

E independente dos nomes que foram citados, não se descarta uma opinião “A PRIORI”, a partir do EMISSOR. Isso nada mais é do que desqualificar o conteúdo através de fraseologia barata…. pra mim vale o contexto que foi muito bem encaixado pelo Carlos Eduardo.Filipe Braga"

"Marques: Gostei do seu texto. Em uma citação acima vi nomes de diretores que faziam parte da gestão do CEC, de minha época de BH - Tóia, Lambertucci, tinha também o Furletti, o Carioca, etc. Damas"

"Damas, foi exatamente isto que quis dizer no post, não tem ninguém, não temos nem opção os caras são donos do clube, os diretores são os pagos (maluf e valdir barbosa), assim eles fazem o balcão de negocio que querem do nosso time, por isto, o excesso de contratações, só o ano passado foram mais de trinta, este ano não sei quantos mais com certeza mais de 10, qual o interesse em contratar tantos? Isto dá resultado? Não seria melhor contratar poucos e melhores? Quem ganha com este excesso de contratações? Quantos jogadores o Cruzeiro tem? Qual a vantagem em ter tantos jogadores? Qual o gasto mensal com inss e fgts de tantos jogadores? Não seria melhor uma folha enxuta? E, repito, Qual o interesse em ter tantos jogadores?Cláudio Lemos"

"

Eu não sei mais em que acreditar sobre esse assunto. Se por um lado, é convincente o argumento de que o futebol é um negócio deficitário, por outro, são numerosos os casos de contratações mal feitas, o que revela uma gastança inútil dos escassos recursos e uma suposta má administração dos mesmos.

Só para exemplificar as ridículas aquisições (contando “apenas” de 2006 para cá) podemos lembrar de gente como Leandro Bonfim, F. Santos, Ferreira, Fábio Pint o, Michel, etc. Isso sem contar com as contratações duvidosas como Carlinhos Bala, Élson, André Luis e cia... Mas, para contratar os primeiros citados neste post, é muito melhor economizar e contratar um só com um salário mais alto, ou então, subir alguém da base. Isso os Perrelas não tem feito. Parece que precisam estar sempre a apostar em novos nomes, desconhecidos, contando com a sorte de alguém dar certo e depois poder sair vendido por milhões.Rafael Henrique"

"

1.Excelente texto, Carlos Eduardo. É muito gratificante saber que um jovem cruzeirense consegue ser muito mais equilibrado e perceptivo que muitos de nós da velha guarda (será a tal da senilidade?). Se for para votar (terceirização) voto no seu texto. Pronto!

2.É realmente desalentador saber que o único título que iremos disputar este ano será o do rural. Se chegarmos entre os primeiros na Libertadores ou no brasileiro será uma daquelas raras surpresas que só o futebol proporciona. Mais provável que isso, ainda que (espero) uma possibilidade remotíssima, é de lutarmos contra o rebaixamento.

3.Também não gosto, não confio, não acredito e não respeito nem o Chico Maia nem o Luiz Chaves, mas mesmo figuras desprezíveis como eles podem, de vez em quando, falar alguma coisa que preste. Desqualificar uma idéia só por causa de seu autor não é uma coisa muito inteligente.

4.Damas, não posso falar que o Cruzeiro não tem departamento de futebol porque aqui neste blog tem muita gente que gosta de levar as coisas ao pé da letra, talvez numa tentativa de defender o indefensável. Então proponho uma comparação dos já citados Furletti, Lambertucci, Tóia, Carioca, etc. com a turma atual. Será que o que temos hoje é um verdadeiro departamento de futebol? Na minha opinião, não.

Um abraço a todos Felix Araujo"

"

A questão é simples, se o trabalho é bem feito em todos os níveis o resultado é satisfatório, caso contrário o resultado é ruim, isso é tão velho quanto o mundo.

Não existe trabalho bem feito e resultado ruim ou viceversa.

Se analisarmos os resultados dos últimos anos, veremos se o trabalho tem sido bom ou não.

Se os que consideram a Diretoria acima do bem e do mal, conseguirem mostrar que o trabalho excelente deles gera resultados ruins, pego meu boné e vou embora.

A minha opinião quanto a gestão dos Perrelas é esta:
95-2003 ótima;
Pós 2003: Os resultados respondem por mim.

PS: Parabéns pelo texto Carlos.Nielsen CMA"

"

Pessoal !

Vamos comparar com times que possuem características iguais as do Cruzeiro. Olhem os times do Sul. O Inter por exemplo ! Odeio quando os ZZP falamque estam fora do EIXO RIO SP e fica difícil competir. O QUE É ISSO ? Olhem o Inter por exemplo. Ganhando títulos, investitindo, tem estádio. Olha o Grêmio ! Isso é papo furado. Niguem no Sul fica com esse papo medíocre que o “eixo Rio - SP”. O Cruzeiro tem que pensar e agir grande, dentro do possível com controle, mas pensar grande. Esse é o primeiro passo para ser grande. Tá todo mundo fechando grandes patrocínios, até a Galinhada !!! E nós, ” TENDA”. o Cruzeiro é muito maior que isso, principalmente em ano de Libertadores. Falando em Libertadores, não sei, mas acho que a Diretoria não quer ganhar a Libertadores, tudo muito lento, com pouco investimento, etc.Fred"

"Felix, eu espero que eles tenham o bom senso de não repetir aquela “perrelada” da sede administrativa e homenageiem uma figura proeminente da história do clube como Piazza, Felicio Brandi ou Niginho. Homenagem em causa própria é coisa de prefeito da roça.Dilan" Se refere ao possível nome do estádio do Cruzeiro, se seri mesmo Zezé Perrela igual fizeram com a sede.

"A questão é que desde 2003 estamos colocando a culpa pelos insucessos em jogadores descomprometidos,treinador sem pulso, torcida impaciente e imprensa parcial.

Tá na hora de rever os conceitos, colocar o dedo na ferida, contestar quem tem o poder. Não é facil, mas ninguem assume essa missão obrigado e quem assume deve responder pelos resultados os bons e os ruins. Ana"





Fomos publicados no Blog do Cruzeirense

Um texto nosso foi publicado no ótimo Blog do Cruzeirense: http://www.cruzeiro.org/blog/
Os leitores de nosso blog já conhece o texto, na verdade no blog do Cruzeirense é um resumo dos vários textos publicados aqui sobre o Cruzeiro, com editoração do pessoal do Blog. Fica aqui novamente como registro. O legal é a repercussão, até o momento em que recolhi o texto já havia 105 comentários. Vou ler alguns.

O X da Questão

24 Janeiro 2008

Carlos Eduardo Marques

Vamos a um balanço do Cruzeiro neste começo de ano:

  1. Não é possível criticarmos nem elogiarmos jogadores desconhecidos. Isto seria futurologia. Como diz o Chico Maia, não existe reforço, existe contratação. Só no campo, se poderá aferir o acerto da aquisição. Isto vale até para os melhores jogadores do mundo. Acredito, no entanto, que podemos analisar os currículos dos contratados e, com base neles, fazermos inferências, que, obviamente, poderão ser corretas ou não. Deste ponto de vista, é imperioso afirmar que as contratações do Cruzeiro, com raríssimas exceções, como Apodi e Jadilson, estão abaixo da tradição celeste.
  2. Não tenho nada de pessoal contra os novos atletas. Aliás, me irrito quando a torcida vaia jogadores. Eles são os menos culpados. Não obrigaram ninguém a contratá-los ou a escalá-los. Esclarecido isto, que fique claro: minha questão não é com esses jogadores e sim com a explicação para suas contratações que, segundo a diretoria, obedecem a limtações financeiras. Ou seja, não ocorrem por motivos técnicos. Não se trata de opção deliberada por jogadores bons e desconhecidos. Os dirigentes, contudo, deveriam saber que a glória do sucesso e a injúria do fracasso recairão sobre eles. Aos sócios insatisfeitos, resta odireito de mostrar sua contrariedade nas instâncias apropriadas. Certo é que o X da questão é o critério econômico das contratações. Como pode um clube, que foi entregue à atual diretoria sanado e que esta mesma diretoria fez milhões com a venda de jogadores e com bons patrocínios, estar em crise financeira? E não adianta cairmos na esparrela da grande mídia de que o futebol é deficitário. Todos sabemos disso. E daí? Se é deficitário era obrigação da diretoria não gastar mais do que podia. Contratar melhor. Todos dizem que os Perrelas são bons vendedores. Mas são também bons contratadores? Há uma enorme lista de más contratações. E uma outra de boas vendas de pratas da casa. Foi isso que afetou o patrimônio, como disse o Luiz Chaves, economista e administrador, comentarista do Minas Esporte, um dos poucos independentes da mídia esportiva. E o pior é que essa série de times caros do Cruzeiros, que dão prejuízo de cerca de 15 a 20 milhões por ano, são ruins. Como se justifica gastar tanto por tão pouco? Como pode, apesar dos 23 milhões que o clube recebe da televisão e de patrocinadores, dar prejuízo desta monta?! Que me desculpem os áulicos da imprensa, mas está havendo é incompetência, mesmo. E esta crítica não tem nada de pessoal contra os Perrelas. É baseada em dados. Como em qualquer empresa, excesso de funcionários, estrutura para garantir poder e falta de foco são sintomas de má administração. Grande parte dos recurso são gastos nas categorias de base, o que deve ser elogiado. Afinal, nelas se faz um belo trabalho de formação de cidadãos. Jovens atletas saem do Cruzeiro diplomados, falando várias línguas, tendo recebido os melhores tratamentos médicos, odontológicos, psicológicos, alimentares etc. A diretoria está de parabéns por isto. Mas, convenhamos, é muita falta de foco tanto investimento e tantas conquistas para ter que investir em Eltinho, Marquinhos, Henrique etc. Não é possível que, em uma base tão vencedora, não existam jogadores melhores do que esses. Ou se gasta muito na base para se aproveitar seus melhores quadros ou então que não se invista tanto para se montar bons times profissionais com os recursos economizados. Ruim é investir para fornecer jogadores a outros clubes.
  3. Ao (meu) time atual: Fábio, Apodi, Martinelli, Welligton e Jadílson; Leo Silva (Charles) [Leo seria meu titular. A imprensa comeu mosca ao não associar sua saída à queda técnica do Cruzeiro. Ele era fundamental no esquema do Dorival], Ramires, Vagner e Fabrício (Leandro Domingues) [neste caso, depende do adversário e da proposta da nossa proposta. Quando for necessário postura mais defensiva, vai de Fabrício; mais ofensiva, de Domingues]. No ataque, Guilherme e Marcelo Moreno. Bom time, de forma geral. Mas bons times não ganham campeonatos. Bons times fazem boas competições, dão algumas alegrias, mas não conquistam títulos. Será que nossa sina é ficar entre o 5º e o 10º lugar? Outro problema que vejo neste conjunto e que já se repete há 4 anos é que ele será o time do se: Se o Fábio não falhar feio; se o Apodi não sentir o peso da camisa; se o Martinelli voltar a ser o do São Caetano; se o Welligton jogar no time de cima o que joga na base; se o Jadilson for o mesmo do Goias; se o Vagner quiser jogar bola e não ficar com dorzinha aqui e acolá; se o Guilherme de fato quiser ser um grande jogador e não um brilhante sem garra. Este é problema. Se tudo der certo, teremos um bom time, capaz de ficar nas posições intermediárias. Mas se tudo der errado, corremos sérios riscos.

Para finalizar, espero que Adilson Baptista não cometa muitas besteiras. Ainda não consigo confiar nele como técnico. Suas entrevistas falando em jogador de confiança ou comparando o Maior de Minas com times do Japão ou de Santa Catarina não são animadoras.

Carlos Eduardo Marques, 26, cruzeirense, mestrando em Antropologia na UFMG, membro do Grupo de Trabalho sobre Regularização de Territórios Quilombolas de Minas Gerais e do Núcleo de Estudos em Populações Quilombolas e Tradicionais da UFMG, nasceu e mora em Belo Horizonte.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Reciclagem, ótima notícia

A partir de agora as Agências do Banco Real e as lojas do Extra estão com
programa de reciclagem.

Sabe aquelas pilhas e baterias usadas que não sabemos o que fazer com
elas? Pois é, agora está fácil! Basta levá-las a qualquer agência do
Banco Real e colocá-las no Papa- pilhas. Este é mais um programa de
reciclagem promovido pela instituição.
As pilhas e baterias de celulares, câmeras digitais, controle remoto,
relógios, etc, contém materiais que contaminam o solo e os lençóis
freáticos deixando-os impróprios para utilização, podendo provocar
problemas à saúde, como danos para os rins, fígado e pulmões. São eles:
cádmio, mercúrio, níquel, chumbo.

Não esqueça: o Papa-Pilhas está disponível em todas as unidades do Banco
Real.

Também já temos onde levar o óleo de cozinha usado para reciclar! As
lojas do Extra, que já reciclam outros tipos de resíduos, como papel,
vidro, plástico e metal, reciclarão também óleo de cozinha!
Você sabia que apenas 1 litro de óleo despejado no esgoto polui cerca de
um milhão de litros de água ou o que uma pessoa consome em 14 anos de vida?
E ainda provoca a impermeabilização dos leitos e terrenos próximos,
contribuindo para a ocorrência de enchentes.

Como fazer:
Depois que o óleo usado esfriar, armazene em uma garrafa PET daquelas de
2 litros, se possível transparente. Tampe bem a garrafa e deposite-a no
coletor de lixo de cor marrom da loja Extra, indicado para esta
finalidade.

Todo óleo de cozinha coletado será encaminhado pela cooperativa às
empresas recicladoras, que o utilizarão como matéria-prima para a
produção de biocombustível.

Se o Extra mais perto de sua casa ainda não tem o coletor apropriado,
ligue para o SAC da empresa: 0800-7732732, e peça para que seja
providenciado.

Independentemente disso, pare imediatamente de jogar óleo pelo esgoto.
Armazene em garrafas e jogue no lixo reciclável, e não no esgoto.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Entrevista

Hoje fui entrevistado pela TVUFMG, a respeito do trabalho do NUQ- Núcleo de Estudos Quilombolas e Populações Tradicionais da qual junto com outros colegas fazemos parte. Por sugestão de minha poeta favorita coloco o vídeo aqui (é o famoso presente de grego). Ai, ai. Estes tipos de entrevistas devido a sua curta duração acaba por não permitir discorrer com o tempo necessário sobre o tema. Acabamos por tornar uma questão mais profunda em uma leitura mais rasa. De qualquer forma:

http://www.ufmg.br/online/tv/arquivos/007604.shtml

Poesia para toda parte

Áfricas: Do Berço Real à Corte Brasiliana Beija-Flor (RJ)

Composição: Cláudio Russo, J. Velloso, Gilson Dr., Carlinhos do Detran



Olodumarê, o deus maior, o rei senhor
Olorum derrama a sua alteza na Beija-flor
Oh! Majestade negra, oh! mãe da liberdade
África: o baobá da vida ilê ifé
Áfricas: realidade e realeza, axé
Calunga cruzou o mar
Nobreza a desembarcar na Bahia
A fé nagô yorubá
Um canto pro meu orixá tem magia
Machado de Xangô, cajado de Oxalá
Ogun yê, o Onirê, ele é odara

É Jeje, é Jeje, é Querebentã
A luz que bem de Daomé, reino de Dan (bis)
Arte e cultura, Casa da Mina
Quanta bravura, negra divina

Zumbi é rei
Jamais se entregou, rei guardião
Palmares, hei de ver pulsando em cada coração
Galanga, pó de ouro e a remição, enfim
Maracatu, chegou rainha Ginga
Gamboa, a Pequena África de Obá
Da Pedra do Sal, viu despontar a Cidade do Samba
Então dobre o Run
Pra Ciata d`Oxum, imortal
Soberana do meu carnaval, na princesa nilopolitana
Agoyê, o mundo deve o perdão
A quem sangrou pela história
Áfricas de lutas e de glórias

Sou quilombola Beija-Flor
Sangue de Rei, comunidade (bis)
Obatalá anunciou
Já raiou o sol da liberdade

Pena que não é possível nessa poesia senti todo o swing de Neguinho e a maravilha de show da bateria da Beija-Flor: detalhe para quem for ouvi a gravação desse samba-enredo (que deu o título a Beija Flor, no ano passado) prestem atenção na bateria. Na parte em que a poesia fala É Jeje, é Jeje abateria bate rapidamente em ritmo Jeje, atenção também para as paradinhas na parte referente aos nomes dos orixás e na seqüência final da gravação quando a bateria faz uma série de paradas e viradas em seqüência de forma que nos versos: " Agoyê, o mundo deve o perdão/
A quem sangrou pela história/Áfricas de lutas e de glórias", a mesma acaba por tocar em um ritmo mais baixo (c0mo que em lamentação, ao sofrimento dela própria, afinal como bem diz a poesia, a Beija-Flor em si mesma é um Quilombo). O que torna os versos ainda mais cortantes.

COMBATE A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Para variar estamos sem tempo. Isso é uma pena, pois sumiram aqui do Blog seção de poesia, de vídeos de boa música, críticas e posts mais bem elaborados, mas são os ossos do ofício. Para ficar registrado, hoje é dia de COMBATE A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA. Uma justa homenagem a Mãe Gilda, que morreu em decorrência de problemas cardíacos e de hipertensão motivadas por uma acusação e perseguição feita a ela por parte da Igreja Universal do Reino de Deus.

Pelo menos uma das filhas de Mãe Gilda hoje deu uma bela aula no Jornal Nacional. Disse ela algo assim: não existe religião boa ou ruim, ou melhor do que outra. A boa religião é a que nos faz bem e defende o bem.
AXÉ E SALVE TODO O POVO DO SANTO.
SALVE OGUM , QUE É SÃO SEBASTIÃO NO SINCRETISMO DA UMBANDA, COMEMORADO ONTEM.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Bodas, Jango ...

Este é um ano especial, em relação a comemorações do tipo Bodas, sejam elas alegres ou tristes. Entre outras:
- os 40 anos de 1968, seja do ponto de vista positivo com as marchas de Paris, New York, Rio (passeata dos cem mil) e mais meio mundo; seja, pelo lado negativo os 40 anos do AI-5 a longa e terrível noite brasileir, como já se referiu um historiador e jornalista.
- os 100 anos de vida do antropólogo Lévi-Strauss.
-os 50 anos de La Revolucion Cubana
-os 200 anos da chegada da família real ao Brasil
-os 120 anos da abolição da escravatura
-os 20 anos da Constitução Federal Democrática de 1988
- Eca, mas vamos lá é um fato histórico os 100 anos dos Cocotas Carcarejantes (Clube Atlético Mineiro)
-os 100 anos do Glorioso Leão do Bonfim, o querido Villa Nova de Nova Lima
-os 100 anos de nascimento do genial João Guimarães Rosa
-os 100 anos de nascimento do magnífico fotografo francês Henri Cartier-Bresson
-os 100 anos da imigração japonesa para o Brasil
entre outras bodas que não me lembro agora, no entanto apesar de não representar nenhuma data de boda esse ano completa-se também 32 anos da morte de Jango Goulart. Veja abaixo texto a respeito de Vitor Hugo Soares experiente jornalista baiano, a respeito:

Suspeitas e silêncio sobre Jango

Publicada no jornal O Globo, com trechos reproduzidos neste Blog do Noblat, li esta semana que a família do ex-presidente João Goulart ingressou na Procuradoria Geral da República com um pedido de investigação sobre suposto complô que teria levado ao assassinato por envenenamento do ex-dirigente deposto em 1964 e morto em uma fazenda no interior da Argentina, em 1976. Depois da denúncia, o silêncio, como tantas vezes tem acontecido em relação à vida e a morte de Jango.

A ação proposta à PGR agrega novas e perturbadoras revelações sobre um dos episódios mais dramáticos da história recente do País, produzidas por João Vicente, o filho de Jango. Fazendo-se passar por jornalista, ele entrou em um presídio de segurança máxima no Rio Grande do Sul e ali gravou um depoimento do ex-agente secreto uruguaio, Mario Neira Barreiro (preso por roubo), que contou ter posto veneno em um dos medicamentos que o ex-presidente, sabidamente cardíaco, tomava continuamente.

Em um dos trechos mais espantosos da conversa (também filmada), o uruguaio revela, sem saber que falava com um filho de Goulart, ter agido infiltrado como empregado do Hotel Liberty, de Buenos Aires, onde Jango se hospedava, e assim teve acesso aos seus aposentos: “Não me lembro se usamos Isordil, Adelpan ou Nifodim , mas conseguimos colocar um comprimido nos remédios importados da França”. Se efetivamente comprovado, o fato tem poder explosivo mais que suficiente não só para provocar o reexame do caso. Desde já, aguça também antigas suspeitas e contradições sobre os últimos dias do único ex-presidente do Brasil a morrer no exílio.

Contei, neste espaço do Blog, creio que em abril de 2006, uma experiência que tive no Uruguai, e que me parece oportuno remoer, diante destas denúncias mais recentes. Naquele ano, transcorria o trigésimo aniversário da morte de Jango, o político e governante que “recebeu o legado do trabalhismo de Getúlio Vargas, dobrou o salário mínimo, aproximou o Brasil da China, impôs à agenda nacional a reforma agrária e o limite de remessa de lucros das multinacionais”, como registra Aziz Filho, em texto publicado na revista “Isto É”. Ainda assim, em torno dessa figura tão especial, se construiu um muro de desdém e esquecimento injustificável, a não ser por um complexo de culpa monumental.

Era período de Semana Santa e eu viajava em uma daquelas “vans” de turismo de Montevidéu para o balneário de Punta Del Este, em chuvosa e gelada Sexta-Feira da Paixão. O guia do grupo era um tipo de meia idade, confesso ex-militante dos grupos de resistência de esquerda quando a “Suíça da América Latina” caiu também nas mãos de uma ditadura. Falava pelos cotovelos, mas na travessia do Departamento de Maldonado, ele desligou o microfone, e explicou: “deixo vocês em paz por um tempo. Estamos em uma área de pouco interesse histórico e turístico”.

Acontece que eu tinha lido, no Brasil, dias antes de viajar, o denso e comovente artigo do cientista político e professor da história da política exterior do Brasil, Luiz Alberto Moniz Bandeira, atualmente vivendo na Alemanha, sobre os últimos tempos de João Goulart. Sabia, portanto, que em Maldonado, por onde a “van” passava naquele momento, Jango comera o pão mais duro e bebera o vinagre mais amargo dos seus primeiros anos de degredo.

Em Montevidéu, repórter do Jornal do Brasil, conversara muitas vezes com outros exilados do golpe de 64 – inclusive Brizola e dona Neuza, cunhado e irmã de Jango -, e sabia das dores e sacrifícios da família Goulart diante daquela nova realidade de tensa e opressiva reclusão. Jango, o ex-presidente, principalmente. Falei com o guia sobre isso e ele, surpreso, religou o microfone imediatamente. Instalou-se, então, um debate caloroso de uruguaios e turistas de vários estados brasileiros sobre Jango e os tremores políticos da América Latina, só interrompido na entrada exuberante de Punta.

O baiano Moniz Bandeira, autor de “O Governo João Goulart – as lutas sociais no Brasil”, um livro fundamental sobre o assunto, conta no artigo referido, que às véspera da sua morte, o ex-presidente tinha consciência que não dava mais para ficar nem no Uruguai nem na Argentina, em razão da insegurança que também se instalara nesses dois países, “onde recrudesceram os assassinatos dos líderes políticos que se opunham aos regimes militares”.

Jango vacilava, no entanto, em relação a que destino tomar. De um lado, conta Moniz Bandeira, cogitava morar em Paris. Do outro, pensava em voltar imediatamente ao Brasil, mesmo sem a anistia política, em franco desafio ao regime militar. Diante de tal perspectiva, revela o historiador, Jango estava sob forte pressão... “Grande era, portanto, o perigo que tivesse outro enfarte, como já sofrera no Uruguai em 1969” , constata o historiador.

A morte veio na madrugada de 6 de dezembro de 1976, quando Jango estava em “La Villa”, fazenda de sua propriedade no interior da Argentina, situada a 120 km de Uruguaiana, no Brasil. “Goulart comeu um churrasco de ovelha e, depois de beber uma xícara de chá, recolheu-se por volta de 1h ao seu quarto para dormir. Às 2h.40m, porém, Julio Passos (administrador da fazenda), ouviu os gritos de Maria Tereza – a angústia dos gritos era tamanha que ele pensou que alguém invadira a casa – e correu até o quarto onde viu Goulart deitado com a mão no coração e ela a abrir-lhe os braços para faze-lo respirar”, narra Moniz Bandeira.

Cinco minutos depois, às 2h45m, Jango estava morto. O médico, Ricardo Rafael Ferrari, que o motorista da família correra para buscar, ao chegar nada mais pôde fazer. No atestado de óbito, como causa da morte, diagnosticou: “enfarto do miocárdio”. Na entrevista a João Vicente, o agente Barreiro diz que o morto não poderia ser examinado por 48 horas, pois as substâncias das cápsulas envenenadas colocadas nos frascos de remédio apareceriam. O corpo de Jango foi sepultado em São Borja, sua cidade natal, sem passar por autópsia.

Seguem a denúncia, as suspeitas e o silêncio.

Vitor Hugo Soares é jornalista. E-mail:vitors.h@uol.com.br

e o sonho vai se acabando, eleições americanas

Com a derrota de ontem em Nevada, apesar do apoio do maior sindicato do estado, a candidatura de Obama como prevíamos aqui, ainda no dia 31 de dezembro do ano passado, vai chegando ao fim. Como dissemos naquele e em outros post, não acreditávamos que a sociedade americana estivesse preparada para um candidato afro-americano e com nome meio arabe. Para Obama resta a juventude e tentativas futuras, ou o pragmatismo de aceirtar se for convidado ou então buscar uma vice-candidatura na chapa de Clinton e em caso de vitória desta se lançar novamente daqui 8 anos. Mas lembremos: primeiro Obama era morto, depois Obama era favorito, depois Clinton era morta e sepultada, agora é novamente Obama; ou seja, uma campanha cheia de reviravoltas quem sabe ainda resta alguma eperança a Obama.

Outro detalhe a próxima prévia Democrata é mais simbólica do que tudo e ai mora o perigo para Obama, o estado da Carolina do Sul, o primeiro majoritariamente negro nessas prévias escolhe nos próximos dias seu candidato, portanto, uma derrota de Obama nesse estado sepulta suas chances. Lembrando que desde o começo venho chamando atenção para o fato de Obama não ser o candidato dos afro-americanos e que isso tinha seus pontos positivos e negativos, parece-me que os negativos estão se avolumando e uma parte da comunidade afro-americana (por considerá-lo apenas um afro-americano e não um candidato dos afro-americanos, sente se em liberdade para votar em outros democratas o que poderá favorecer Clinton). Prova disso é o apoio de Danny Glover (aquele mesmo do filme Maquina Mortífera, ocorre que esse cara é um dos principais e mais respeitados militantes das questões afro-americanas, daí ele ter até mesmo se afastado de sua carreira) ao candidato mais de esquerda dos Democratas, John Edwards.

Abaixo um pouco mais das eleições americanas, na visão do Azenha. E só mais um detalhe, visto que o grande eleitor democrata é Bill Clinton, a partir de agora e como vocês viram acima, só chamarei a candidata do clã por seu sobre-nome para fazermos justiça com o verdadeiro candidato que os democratas vem re-re-elegendo.

WASHINGTON - 14:55 - O que conta para valer é o número de delegados conquistados para as convenções nacionais dos dois partidos. Antes das prévias de hoje, a situação era a seguinte:

PARTIDO DEMOCRATA: Número necessário para vencer, 2025 delegados

Hillary Clinton - 198

Barack Obama - 110

John Edwards - 52

Dennis Kucinich - 1

WASHINGTON - 21:25 - Depois das prévias de Nevada e da Carolina do Sul, um resumo da campanha eleitoral americana:

1. John McCain é o favorito entre os republicanos. Ele é considerado pelo partido como o mais capaz de vencer uma eleição geral em novembro. Prisioneiro de guerra durante quase sete anos no Vietnã, ele fala em vencer a guerra contra o terrorismo: "Prefiro vencer a guerra do que a eleição". Por outro lado, McCain consegue atrair os independentes - que representam 35% do eleitorado americano - e tem posições moderadas na imigração, por exemplo, além de aceitar a existência do aquecimento global. Muitos republicanos dizem que o aquecimento global é ficção.

2. Mike Huckabee tem pouco futuro. Mostrou que, como candidato cristão, não consegue ir além de sua base evangélica.

3. Mitt Romney não pode ser descartado. Ele faz campanha destacando sua experiência no Executivo, como ex-governador de Massachussets, além de ter se tornado milionário no mercado financeiro. Mas não tem as credenciais de McCain em assuntos de segurança nacional.

4. Rudolph Giuliani é a grande interrogação. Só será testado pela primeira vez na Flórida, no próximo dia 29. Na Carolina do Sul, teve 2% dos votos.

5. Hillary e Bill Clinton controlam uma máquina eficaz de fazer campanha. E sabem fazer o jogo sujo da política. São profissionais diante de um candidato "verde", Barack Obama, senador em primeiro mandato que tem 46 anos de idade.

6. Em Nevada, Hillary Clinton trucidou Obama entre eleitores hispânicos, deixando claro que a suposta coalizão entre eleitores negros e hispânicos pode ser ficção.

7. A crise econômica favorece os Clinton. Durante o mandato de Bill Clinton, os Estados Unidos tiveram a menor taxa de inflação em 30 anos. Clinton assumiu com déficit fiscal e entregou o governo com superávit. Curiosamente, quando concorreu à presidência pela primeira vez Bill Clinton tinha 46 anos de idade.

8. John McCain tem 71 anos de idade. É difícil que represente o "candidato da mudança", que é o que os americanos parecem querer. Hillary, com 60, seria a primeira mulher eleita para a Casa Branca.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O prefeito blogueiro e sua denuncia contra a Globo

Cesar Maia é o prefeito blogueiro, marqueteiro e outros eiros do Rio. A é o pai das sucessivas candidaturas do Rio a sede olímpica(com aqueles gastos todos que já falamos no post abaixo) além de ser um grande fabricador de factoides. No entanto, não é nada disso que nos interessa aqui. E nem a figura estranha desse prefeito e sim seu ataque recente a Rede Globo. Ou seja, agora até os DEMOS assumem que a imprensa nacional vai mal, muito mal... A seguir trechos da matéria da Agência Carta Maior (a título de ilustração e da honestidade sempre presente nesse blog, de forma geral não gosto nem um pouco da Agência Carta Maior - ela é uma Veja com sinal trocado- ou seja, proselitismo mas nesse caso pró-governo Lula e PT. Mas de vez em quando tem uma matérias interessantes e essa é uma delas. Ainda que com as baboseiras de sempre da Carta Maior, como considerar o PT e seus amigos de ... força democrática).

"Bastou que seu projeto político fosse ameaçado pelo movimento de boicote ao IPTU, que uniu moradores de oito barros da Zona Sul, um da Zona Norte e um da Zona Oeste, para o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (DEM) admitir o que, até então, apenas setores das forças democráticas afirmavam explicitamente: a imprensa está estruturada como partido e atua com tal (...)
César Maia, dublé de regente de vaias e prefeito blogueiro, vinha acusando a emissora de promover uma campanha direcionada, com objetivos de atacar sua imagem pessoal junto à classe média, extrato que sempre lhe deu sustentação político-eleitoral. As queixas remontam à cobertura dada à intervenção que o governo federal fez na área de saúde, em março de 2005. Ano passado, Maia voltou a reclamar do foco dado ao tema favela. Segundo ele o alvo era sua administração.
Para ele, “a diversidade de matérias, de uso de imagens fortes com até fotomontagem na capa, o que não há caso no jornalismo internacional de ponta, a personalização de responsabilidade na figura do prefeito, exatamente quando a taxa de crescimento das favelas no Rio se aproxima da taxa de natalidade tinha por objetivo servir a uma campanha política e, portanto, destrutiva e criminalizar a população favelada".
Mas a gota d'água para “o imperador dos factóides” ainda estava por vir. O protesto, motivado pela situação calamitosa em que se encontra a cidade, e que pode comprometer 34% da arrecadação da prefeitura com o IPTU. Ameaçando só pagar em novembro ou dezembro, os representantes do movimento deixam claro seus objetivos: reduzir o caixa do município em ano eleitoral e chamar a atenção do Ministério Público quanto ao gasto dos recursos. Um ato público está marcado para domingo, dia 20, na orla do Leblon, bairro da Zona Sul(...)
Após anos de uma gestão de total descaso com a saúde e educação públicas, o prefeito, acuado, contra-atacou hoje em seu "ex-blog", boletim eletrônico distribuído diariamente: "Os estudiosos dizem que a "doença infantil do jornalismo" é não entender qual seu campo de atuação e sua função, e atuar como um partido político. Ou seja, disputando poder pelo poder, apoiando ou denegrindo. O Globo atua como um partido político no Rio. Não aceita um governante com autonomia e independência. Gosta de governantes submissos, reativos à suas matérias, que se sentem à mesa com intimidade" ".
A matéria acima é de Gilson Caroni
FONTE: http://www.agenciacartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=14782

Fiquemos com esses trechos, só para ressaltar a parte final; ou seja, agora esta confirmado de fato o que todos nós sabíamos e os idiotas puxa-sacos tipo Jô Soares e outros tentavam negar a imprensa é um grande partido. A novidade nesse caso é que ela atua também contra seu grande aliado histórico os DEMOS.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Verdades incomôdas sobre a copa, pan e olimpiadas no Brasil

Ando com uma mistura de falta de tempo e cansanço (eu sei que estamos no começo do ano, mas para mim esses marcadores nos últimos 5 anos não tem significado muita coisa), por isso ando mei relapso com o Blog, o tempo que sobra tito para ler coisas que a tempo queria ler ou para tentar encontrar algo de bom na net. Neste sentido recomendo, par os que como Eu se indgnam com a sequência de candidaturas do Rio para sede da Olimpíadas, com os absurdo financeiros e corruptos do Pan e com a escolha do Brasil para sede da Copa, o Blog http://averdadedacopa.zip.net/
de autoria do jornalista Cláudio Luiz, esse cara anda meio sumido mas ele era da Rádio Itatiaia (trabalhava na produção) mas durante um momento histórico do MAIOR DE MINAS, acostumei a vê suas opiniões após os bailes no Mineirão. Dado a seus comentários após os jogos, mesmo não sendo o comentarista da emissora, sempre tive ele como Cruzeirense além de um bom redator de esportes. Mas o que importa é que nesse blog tem dados estarrecedores, vejam bem não é nem denuncia de corrupção ou malversação do dinheiro público, pios é a previsão de gastos oficiais. Só sei de uma coisa muita gente esta mamando nestas tetas e ai me intriga e me irrita cadê o Ministério Público, principalmente o federal, caberia até uma pergunta é constitucional e justo que os contribuintes de todo o país forneça verba para as mamatas do COB? Aliás esse COB é outro lugar muito estranho; nunca entendi bem por que desta proteção, por parte da imprensa ao Nuzman?
Lá Vc verá entre outras coisas que o Rio gastará só na candidatura sede dos Jogos 90 milhões de reais, para que tanto? e que a copa levará a derrubada dos estádios Célio de Barros (atletismo) e Julio Delamare (natação) que ficam no complexo do Maracanã, o singelo detalhe é que as obras no Júlio Delamare para o Pan a menos de um ano custaram 6 milhões de dólares, e ai quem paga por esse prejuízo? Só perguntas, por que resposta não temos; que dizer temos quem paga por tudo isso somos nós os otários e caso Você seja um otário de classe econômica baixa como Eu, esqueça por que Você não conseguirá pagar para ver nenhum esporte seja na Copa ou Olimpíadas...é aquele negócio privatiza-se os lucros e socializa-se os prejuízos. Estas competições só servirão para as grandes empresas fazerem excelentes eventos e negócios a custa do dinheiro público, aliás já é assim nos jogos da seleção brasileira de futebol. Quem não se lembra do Mineirão que virou um grande camarote e boate para elite mineira, as grandes empresas e os amigos do governador no jogo contra a Argentina. Ou Vc pode pagar cerca de 300,00 reais para vê aquele jogo?

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Obama para todos os gostos Suely C arneiro- coluna Opinião

Abaixo um ótimo artigo da Suely Carneiro, recomendo a todos a leitura. Mesmo para os que não concordarem com os argumentos dela. Mas vele para vermos como é minado essa discussão sobre identidade, principalmente no Brasil e quando isso envolve a matiz étnico-racial. Particularmente concordo com ela. A respeito desta questão, recebi hoje por coincidência um e-mail do amigo Ricardo, que comunicava que o juiz federal Carlos Alberto Dias da Costa, de Santa Catarina, declarou a inconstitucionalidade das cotas raciais no vestibular na Universidade daquele Estado por violar o princípio da igualdade. Veja bem, não vamos entrar aqui no mérito das políticas de ações afirmativas, o que nos demandaria bastante tempo (que infelizmente não tenho por esses dias, no entanto para os interessados aqui do lado tem uma série de links interessante sobre o tema), o que me intriga, melhor me chateia nessa situação é que o Supremo Tribunal Federal irá julgar a Constitucionalidade ou não das políticas afirmativas, ou seja, é de praxe no campo jurídico de que quando um caso chega ao Supremo, o Tribunal Constitucional brasileiro, os demais juízes de instância inferiores ai incluindo os ministros do Superior Tribunal de Brasília se recuse a julgar tais casos, uma vez que a Corte Suprema irá analisar o caso. A pergunta que fica é: por que as tradições são sempre quebradas quando se esta em julgamento uma medida que visa favorecer os historicamente excluídos? Menos mal que o juiz referido acima julgou apenas um mandado de segurança e que o mesmo provavelmente será cassado dentre e em breve pela procuradoria da Universidade de Santa Catarina. No entanto a pérola se encontra na seguinte passagem da sentença do Meritissimo:

"9. Quanto ao requisito necessidade, essa análise deve enfrentar a seguinte questão: comparativamente a outros meios de "democratização racial do ensino", o Edital que privilegia vagas universitárias ao auto-declarado "negro" é o melhor meio para que parte da população, que antes não tinha acesso ao ensino, agora o tenha?

A resposta é negativa. O melhor meio para fomentar a não-discriminação é a criação de mais vagas e a melhoria da qualidade do ensino a todos aqueles que desejem o ensino universitário, e não somente ao denominado "negro", exclusivamente por ser "negro"."

Ou seja, o Meritissimo é especialista em educação, ele deve ter aprendido isso nas exaustivas aulas de Pedagogia que ele teve durante o curso de Direito, no entanto o mesmo juíz não é capaz de emitir uma posição a respeito do que é ser negro ou não, veja o que disse o Meritissimo. É uma pena que certas autoridades sejam tão cheia de si em determinados temas e não consiga se posicionar em outros, provavelmente, se o juiz caminhar pelo Tribunal que trabalha e conversar com os trabalhadores do Serviço Geral, descobrirá rapidamente quem é ou não negro:


"Conforme se vê, o candidato que não se declarar "negro", será automaticamente considerado "não-negro". Essa exigência de auto-declaração e classificação segundo o critério de cor da pele, é, por si só, constrangedora e racista, porque obriga aquele que pretender disputar as vagas reservadas a se auto-discriminar, sem que, para isso, haja fundamento científico ou empírico."



Agora o texto da Suely Carneiro, sobre Obama Barack, veja se não tem tudo haver com a notícia acima:

Jornal Correio Braziliense - coluna Opinião - 12/01/2008

Obama para todos os gostos
Sueli Carneiro
Doutora em Filosofia da Educação pela USP
é diretora do Geledés (Instituto da Mulher Negra)

A onda de mudanças políticas que parecia fenômeno latino-americano atinge
as eleições presidenciais dos EUA. Em cada lugar ela se manifesta de
diferentes maneiras guardando respeito às características culturais e
políticas de cada país ou região, mas elas têm em comum os ventos de
mudança. Nada mais emblemático do que a polarização das candidaturas do
senador negro Barack Obama e a senadora Hillary Clinton pela indicação do
Partido Democrata para a sucessão do presidente George Bush na Casa Branca.
Gênero e raça são temas importantes na sociedade norte-americana porque
representam um desafio para a realização da igualdade. E a possibilidade de
um homem negro ou uma mulher branca se tornarem presidente dos EUA renovam a
confiança na vitalidade da democracia americana, na sua capacidade de se
renovar e se reinventar. Os que simbolizam grupos historicamente excluídos
ou discriminados são chamados a ofertar originalidade, renovação, mudança e
esperança na (des)ordem do mundo.
Além do interesse que desperta, a simbologia que cada candidato carrega
presta-se a variadas apropriações, em diferentes contextos, que extrapolam
os limites geográficos e os interesses em jogo naquele país. A candidatura
de Obama, com alto grau de adesão da população branca norte-americana, é
vista por analistas como sintoma do progresso nas relações raciais nos EUA
que nessa leitura significaria ter ele se tornado opção eleitoral efetiva
para grandes parcelas dos norte-americanos a despeito de sua cor para uns,
ou, para outros, da suposta "neutralidade racial".
No Brasil, em razão dessas supostas características, Obama tornou-se a nova
arma dos formadores de opinião que combatem as políticas de igualdade
racial, em especial as cotas nas universidades brasileiras. Em chamadas de
matérias da imprensa nacional sobre as prévias nos EUA, lê-se, que "Obama
tornou cor irrelevante na campanha". Outras reiteram como aspecto mais
interessante de sua candidatura o que analistas consideram ser a sua
"laicidade" ou "desenraizamento " racial. Há os que atribuem as
características ao pertencimento birracial. Outros artigos destacam trechos
de seu livro A audácia da esperança, em que ele discorre sobre a necessidade
de ajustes nas políticas raciais norte-americanas.
Curiosamente, a inferida neutralidade racial atribuída a Obama e tão
enfatizada por certos analistas nacionais, tanto quanto o fato dele ser
filho de mãe branca e pai negro e ter parentes de diferentes tonalidades,
não são capazes de fazer que ele seja percebido dentro e fora dos EUA como
apenas um candidato à Presidência dos EUA. Ele é sempre referido como
candidato negro e só seria viável por não se fazer perceber como tal.
Tem-se, nesse caso, uma perversão daquela sentença que diz que à mulher de
César não lhe basta ser honesta. Ela deve também parecer honesta. No caso
dos negros essa idéia adquire bizarra formulação: pode-se até ser negro, mas
não se deve parecer negro.
Em outra dimensão, as abordagens sobre a candidatura de Obama expõem também
as contradições em que são enredadas as candidaturas negras lá e cá. De um
lado, ser um negro que faz da política de identidade racial o motor do
posicionamento político é visto como limitador ou impeditivo para que o
candidato possa alcançar um universo mais amplo de eleitores ou representar
interesses coletivos. De outro, relativizar a política de identidade numa
estratégia política tornaria o candidato um desenraizado, menos negro. No
entanto, em qualquer desses enquadramentos, o candidato permanece sempre
negro. A reiteração constante da negritude de Obama presta-se para negá-la.
Porém, o senador negro não cai facilmente na armadilha de prestar-se ao
velho jogo, sempre proposto pelo poder branco, de usar um negro de sucesso
para reiterar os estigmas que pesam contra os outros e barra-lhes as
reivindicações. No livro A audácia da esperança, ele descreve o que denomina
de "ritual de mesquinharias" que todo homem negro tem que suportar: de
segurança que o seguiram em lojas de departamentos, casais brancos
entregando a chave do carro a ele do lado de fora de restaurantes,
confundindo- o com o manobrista. "(...) Eu sei como é quando as pessoas me
dizem que não posso fazer algo por causa da minha cor e eu sei o gosto
amargo do orgulho negro engolido."
Como ele declarou num programa de TV: "Na calada da noite, em uma rua
deserta de qualquer grande cidade, um motorista de táxi iria vê-lo com certa
suspeita em vez de exclamar olha aí, um cara legal, meio branco, meio negro.
Os que preferem ver em Obama "neutralidade racial" são os que nos propõem a
dissolução da negritude num universalismo que suprime, autoritariamente, as
nossas identidades. Desvendando essa trama, Aimée Cesaire ensinou que "há
duas maneiras de se perder: por segregação na particularidade ou por
diluição na universalidade" . Há muitas formas de viver e politizar a
negritude. Obama é uma delas.

Interatividade

O Blog teve duas visitas recentes e aproveito para esclarecer ao pedido do Ricardo de público, a respeito do post 1968, esta fazendo 40 anos. O endereço do Blog do ator e autor do texto José de Abreu é:

http://bloglog.globo.com/josedeabreu/

Além disso tivemos a visita do Carlão Azul, mais um privilegiado de torcer para o MAIOR DE MINAS, aproveito para divulgar o site e o blog dele a respeito do Cruzeiro:

Sou Cruzeirense-Site
Sou Cruzeirense-Blog

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

1968 está fazendo 40 anos!

Depoimento do ator José de Abreu sobre os 40 anos do Congresso de Ibiuna da UNE. Aliás ele tem um Blog, onde ele sem meias palavras expõe suas opiniões, tipo os Demos são um partido de merda e outras. O engraçado é que nunca imaginei que este Zé tivesse história na militância política, talvez seja pelos papeis que ele representa sempre de vilão e coronel.

Escrito em:10/1/2008

1968 está fazendo 40 anos!


Vai mais uma palinha da minha autobiografia não autorizada, quando, depois de ser preso no 40º. Congresso da UNE em Ibiúna-SP, fomos levados ao ex-presídio do Carandirú.

“Na cela do Carandiru a coisa funcionava assim: onde cabiam quatro tinha quarenta. A gente dormia de lado que nem sardinha em lata, um de cabeça pra baixo, outro de cabeça pra cima, a gente acordava com chulé no cabelo e caspa no pé. Um dos companheiros, o Mata Machado, roncava tanto que foi obrigado a dormir de dia e ficar acordado de noite, senão ninguém pregava o olho. De vez em quando aparecia na cela um carcereiro mal encarado que gritava: “Fulano de tal”! Era a chamada pro interrogatório. E o fulano ia, dizer o que sabia e o que não sabia. E se não dissesse, pau de arara nele! Dias e mais dias de absoluta tensão: “Fulano de tal!” Até que um dia, o carcereiro apareceu na cela às quatro da manhã e gritou: “José Pereira de Abreu Jr.!” Era eu. Puta que pariu, era eu! Tinha chegado a minha vez de ser interrogado e possivelmente torturado como tantos outros. Meus companheiros de cela, pra me dar coragem, repetiram o aplauso de Ibiúna, estalando os dedos, e sussurraram palavras de consolo do tipo: “Segura as pontas, companheiro”. “Agüenta pelo menos doze horas”. “Não fala, Zé!”. Consciente da grandeza do momento eu tentei dizer algumas palavras de improviso:

Companheiros, sinto que é chegada a hora de assumir o meu lugar na história. Sinto... Sinto que me caguei!

Doze minutos depois, eu estava de volta à cela com um embrulho de papel engordurado nas mãos. Meus companheiros estavam ansiosos pra saber o que tinha se passado.

O que é isso, Zé?
Frango.
Um frango?
Quatro. Com farofa, arroz e molho à campanha.

Sim, senhoras e senhores: Dona Gilda, minha mãe. Foi uma festa, todos se fartaram… menos eu. Eu não conseguia comer nada. Não me saia da cabeça a expressão da minha mãe quando me viu com a roupa de presidiário. Foi a primeira vez que eu vi aquela fortaleza fraquejar. Fui pra um cantinho, me encolhi abraçando as pernas e comecei a chorar, baixinho, pra ninguém perceber.”

O centenário de L. Strauss

Este ano o grande L. Strauss completa 100 anos de vida. Mais precisamente em fins de novembro.
Para já ir adiantando , trecho de uma entrevista dele a Revista Terra Magazine:

Já no final do ano, no dia 28 de novembro, o antropólogo, etnólogo e pensador Claude Lévi-Strauss comemorará 100 anos de vida. Tive a chance de entrevistar o autor do clássico Tristes Trópicos (1955) em duas oportunidades, em 2004 e 2005, na sua sala do Laboratório de Antropologia Social do Collège de France, no chamado Quartier Latin, em Paris. Em um tom nuançado de nostalgia e renúncia, e com uma naturalidade desconcertante, me dizia já não se sentir um homem deste mundo. "Sou pessimista, hoje, em comparação ao mundo que eu conheci e que amei. Esse, sei bem que acabou, não existe mais. Um outro mundo vai tomar o seu lugar, um mundo que eu não conhecerei. Quando nasci havia 1,5 bilhão de homens sobre a Terra; quando cheguei na Universidade de São Paulo, no início da minha vida ativa, havia 2 bilhões; hoje, há 6 bilhões, e daqui a 20 ou 30 anos haverá 9 bilhões. Não é mais o mesmo mundo e eu sinto que não pertenço mais a ele", disse.

Esse foi o final de nosso segundo e último encontro:

Fernando Eichenberg - Quando o senhor diz que caminhamos em direção a uma civilização em escala mundial, se refere a um regime de "compenetração mútua". O que o senhor quer dizer com isso?
Claude Lévi-Strauss - Quero dizer que desde o final do século 18 a civilização ocidental conscientizou-se de que, por meio de seu poder e de sua força, ela se espalhava por toda a Terra e ameaçava a existência de milhares de pequenas sociedades cujas criações culturais, artísticas, sociais e religiosas eram essenciais para o patrimônio da humanidade. Tudo o que podemos fazer é esperar que nessa espécie de síntese que está sendo feita de uma ponta a outra da Terra apareçam novas diferenças, novas originalidades, em formas que não podemos nem imaginar, e que ajudarão a humanidade a continuar criativa. Mas, é provavelmente culpa da idade, não sou muito otimista.

Em Tristes Trópicos, o senhor escreveu: "A vida social consiste em destruir aquilo que lhe dá o seu aroma". O senhor ainda pensa assim?
Infelizmente, sim.

Mas, como o senhor disse à filósofa Catherine Clément, sua colega, "o coração não envelhece".
Eu gostaria de ter certeza disso.

Entrevista concedida a Fernando Eichenberg, jornalista, vive há dez anos em Paris, de onde colabora para diversos veículos jornalísticos brasileiros, e é autor do livro "Entre Aspas - diálogos contemporâneos", uma coletânea de entrevistas com 27 personalidades européias.

domingo, 13 de janeiro de 2008

O MAIOR DE MINAS

O amigo Ricardo, me mandou um e-mail com uma matéria da Folha de São Paulo. E ela diz o óbvio. O MAIOR DE MINAS tem a maior torcida. Isso suscita alguns questionamentos:
1- a grande torcida que o Atlético tem chama-se mídia, cara muito tempo não podia acompanhar de perto e estou assustado com a imprensa mineira, como ela favorece os Cocotas Carcarejantes; por outro lado, devemos ser honesto e reconhecer que os cruzeirenses de nossa imprensa são muito ruins, ai o outro lado dança de braçada. Que dizer não sei se a imprensa cruseirense é ruim ou por ter se acostumado a ser funcionário da diretoria do clube perdeu a mão e não consegue fazer coberturas interessantes.

2- é impressionante o número de torcedores do Fla em Minas (9%) impressiona, pois é metade dos Cocotas Carcarejantes; outra coisa a torcida do Grêmio maior que a do Cruzeiro, estranho demais. A população mineira é imensamente maior que a do RS, portanto os clubes daqui deveriam ter maiores torcidas.

Mais uma: pesquisa do Datafolha mostra que Minas Gerais e BH vestem azul

Da Toca II

João Marcos Dias

Pesquisa feita pelo Instituto Datafolha divulgada neste domingo indica que Minas Gerais é azul. São 5,6 milhões de adeptos, contra 3,5 milhões do segundo colocado Atlético-MG. Quase o dobro. E não é de hoje que isso acontece. A cada levantamento feito desde 1993 pelos pesquisadores, a china azul reafirma sua posição como maioria no estado.

Em termos percentuais, o Cruzeiro responde por 29% dos fãs de futebol em Minas Gerais. O Atlético-MG tem 18% de adeptos. O Flamengo é o terceiro, com 9%. O Corinthians foi citado por 7% dos mineiros e o São Paulo por 3%.

A pesquisa foi veiculada em Minas Gerais na edição deste domingo do jornal O Tempo. O levantamento realizado em novembro de 2007 mostra que a idéia que a torcida celeste é maioria apenas no interior do estado já não passa de mito.

Em Belo Horizonte, a china azul é maioria, com 38%, ou 912 mil torcedores. O Atlético-MG aparece com 34%, o equivalente a 816 mil pessoas. Na capital, times de outros estados não têm muito espaço. Flamengo, Corinthians e Palmeiras têm 1% cada. América-MG, São Paulo, Vasco, Santos e Fluminense registram menos de um ponto percentual.

No interior o panorama muda. Em matéria sobre o mesmo levantamento, o jornal a Folha de São Paulo mostra neste domingo que 47% dos mineiros entrevistados torcem para Cruzeiro ou Atlético-MG. A maior "fidelidade" a clubes locais ocorre no Rio Grande do Sul: 84%. No Rio de Janeiro, esse índice é de 80%. Em São Paulo, 70%.

Em termos nacionais, o Cruzeiro tem 3% dos torcedores e a sétima maior legião de adeptos do País. O Clube manteve a média, já que oscila entre 3% e 4% desde o primeiro levantamento do Datafolha, feito em 1993. O Atlético-MG aparece em décimo, com 2%.

O Flamengo lidera a relação, com 17%, e é seguido por Corinthians (12%), São Paulo (8%), Palmeiras (6%), Vasco (6%), Grêmio (4%), Cruzeiro (3%), Internacional (3%), Santos (2%), Atlético-MG (2%), Botafogo (2%), Fluminense (1%), Bahia (1%), Sport (1%). A Seleção foi citada por 2% e não se interessam por futebol 26%.

O Instituto Datafolha ouviu 11.741 pessoas em 390 municípios de 25 estados brasileiros, entre os dias 26 e 29 de novembro do ano passado. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com 95% de confiança.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Fofoca sobre Chaves e Naomi Campbell

Rá, rá, rá como não tenho nada melhor para escrever no Blog, vou atacar com uma fofoca internacional. Mas pelo menos a fonte é boa, o respeitabilíssimo El País de Madri. Assim quando a notícia explodir na grande mídia, digam que leram primeiro aqui no Blog.
Veja a manchete do El País:

¿Están juntos Hugo Chávez y Naomi Campbell?La prensa venezolana asegura que viven un romance

Na matéria um tanto quanto preconceituoso, racista (bem que o pessoal que conhece a realidade de perto daVenezuela e da Bolívia já tinha me alertado para esse forte componente racista- aliás grande svultos da intelectualidade fazem as mesmas denúncias em relação ao indigenas perseguidos na Bolívia pelos "brancos" aqueles mesmos apoiados pelas matérias fdo jornalismo da Rede Globo) e antichavista (típico da imprensa local) é dado maiores detalhes desse possível namoro. Veja a matéria:

Nicolas Sarkozy y Carla Bruni ya no están solos en el escaparate. Otro presidente -Hugo Chávez- y otra modelo -Naomi Campbell- viven un romance desde hace dos meses. Eso es lo que estos días se dice en la prensa venezolana.

"No es un gorila, es más bien un toro", dice la modelo del presidente

Los comentarios han ganado más credibilidad cuando de la noticia se ha hecho eco Nelson Bocaranda, periodista del diario El Universal, considerado como uno de los mejor informados sobre las idas y venidas del presidente.

Bocaranda ha escrito: "¿Futuro black & white? Bien podría ser el amor en los tiempos del cólera pero por lo que vivimos más bien parece un amor en los tiempos de dengue y mal de Chagas. El caudillo se enamoró fuertemente de la chica de ébano de la jet-set internacional. La misma que ha tenido 11 encuentros en tribunales del mundo por pequeños incidentes con la justicia. La intermediación del hoy ministro Andrés Izarra (¿premiado con el cargo por esos favores de alcoba como dice tajantemente uno de los defenestrados del gabinete?) tuvo éxito". Y añade: "Los encuentros nada furtivos y ampliamente reseñados sirvieron para que el enamoramiento fuera mutuo. No deberá sorprendernos que días después de que el presidente francés Nicolas Sarkozy se despose con la modelo Carla Bruni en febrero, el líder venezolano contraiga nupcias con la esbelta afrocaribeña-china".

Por si fuera poco, a ella se le atribuyen frases como ésta: "El hombre con quien algún día me case debe ser sincero conmigo y tener mucha energía. Me atraen los hombres fuertes". "El presidente no es un gorila, es más bien un toro". "Estuve con él varias horas dialogando en un apartamento en la playa que le prestó un amigo. Se portó muy bien conmigo".

La modelo Naomi Campbell y el presidente de Venezuela se han dejado ver en varias ocasiones. Fueron juntos a un acto público de conmemoración del Instituto Nacional de la Mujer, celebrado en el teatro Teresa Carreño de Caracas. Campbell, sentada en primera fila, siguió el discurso de Chávez entre risas por sus comentarios sobre la fortaleza de las mujeres.

Días antes, la modelo se había reunido con Chávez en el palacio presidencial de Miraflores para entrevistarle para la revista GQ. "Me hizo una entrevista de tres horas para una revista en la que ella trabaja. Fueron preguntas traviesas. Me dijo: '¿Cree que el imperio va a caer?", contó Chávez. También coincidieron en Cuba. Naomi quiere entrevistar ahora a Fidel Castro y el presidente venezolano actúa de valedor de su ¿nueva chica?

Tradução:
Nicolas Sarkozy e Carla Bruni ja não estão sós na vitrine. Outro presidente -Hugo Chávez- e outro modelo -Naomi Campbell- vivem um romance há dois meses. Isso é o que estes dias se diz na imprensa venezuelana.

"Não é um gorila, é mais um touro", diz o modelo do presidente

Os comentários ganharam mais credibilidade quando da notícia se fez eco Nelson Bocaranda, jornalista do diário O Universal, considerado como um dos mais bem informados sobre as idas e vindas do presidente.

Bocaranda escreveu: " Futuro black & white? Bem poderia ser o amor nos tempos do cólera mas isso que vivemos parece um amor nos tempos de dengue e mal de Chagas. O caudilho se enamorou fortemente da garota de ébano internacional. A mesma que teve 11 encontros em tribunais do mundo por pequenos incidentes com a justiça. A intermediação do hoje ministro Andrés Izarra (¿premiado com o cargo por esses favores de alcova como diz taxativamente um dos defenestrado do gabinete?) teve sucesso". E acrescenta: "Os encontros nada furtivos e amplamente resenhados serviram para que a paixão fosse mútua. Não deverá surpreender-nos próximos dias depois que o presidente francês Nicolas Sarkozy se despose com o modelo Carla Bruni em fevereiro, o líder venezuelano contraia núpcias com a esbelta afrocaribeña-chinesa".

a ela se lhe atribuem frases como esta: "O homem com quem algum dia me case deve ser sincero comigo e ter muita energia. Me atraem os homens fortes". "O presidente não é um gorila, é mais um touro". "Estive com ele várias horas dialogando em um apartamento na praia que lhe emprestou um amigo. Nos demos muito bem".

O modelo Naomi Campbell e o presidente da Venezuela se deixaram ver em várias ocasiões. Foram juntos a um ato público de comemoração do Instituto Nacional da Mulher, celebrado no teatro Teresa Carreño de Caracas. Campbell, sentada em primeira fila, seguiu o discurso de Chávez entre risos pelos seus comentários sobre a fortaleza das mulheres.

Dias antes, o modelo se tinha reunido com Chávez no palácio presidencial de Miraflores para entrevistar-lhe para a revista GQ. "Me fez uma entrevista de três horas para uma revista na qual ela trabalha. Foram perguntas brincalhonas. Me disse: '¿Acha que o império vai cair?", contou Chávez. Também encontraram em Cuba. Naomi quer entrevistar agora a Fidel Castro e o presidente venezuelano atua de intermedeador de sua nova garota?

Fonte: http://www.elpais.com/articulo/agenda/Estan/juntos/Hugo/Chavez/Naomi/Campbell/elpepugen/
20080112elpepiage_3/Tes

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Algumas palavras sobre futebol, o Cruzeiro

Neste post vamos fazer um pequeno balanço do que estou vendo a respeito doCruzeiro nesse começo de ano:

1- Não é possível criticarmos e nem elogiarmos jogadores que não conhecemos. Do contrário é pura futurologia, aliás como bem afirma Chico Maia esse papo de reforço não existe, o que existe é contratação; se é reforço só o campo nos mostrará e isso serve para maior jogador do mundo na atualidade, ninguém pode garantir que a chegada deste é de antemão reforço. Dito tudo isso, no entanto, acredito que podemos e devemos sim criticar (analisar), os currículos dos contratados e com base nesses fazermos inferências, que obviamente poderão ser corretas ou não. E deste ponto de vista é imperioso afirmar que as contratações que o Cruzeiro fez, com raríssimas exceções, como Apodi e Jadilson, estão abaixo da tradição do Clube.

2- Outra realidade que deve ser refletida e infelizmente a mídia esportiva mineira não o faz, e ai deveríamos questionar o porque dessa não reflexão, diz respeito as contratações feitas pelo Cruzeiro. Veja bem não tenho nada de pessoal contra os jogadores contratados e aliás me irrito sempre quando a torcida vaia esses jogadores, pois eles são os menos culpados: eles não obrigaram ninguém a contratá-los ou a escalá-los. Portanto, feito este esclarecimento, que fique claro: minha questão não é com esses jogadores e sim com a explicação para as suas contratações. Eis ai, a grande questão que a mídia negligencia. A razão segundo a diretoria do Clube para essas contratações é de ordem financeira. Ou seja, a contratação desses jogadores não se dá por motivos técnicos (ou seja, uma opção deliberada por jogadores bons e desconhecidos) por uma política de contratação (baseada mais no futebol do que no nome) e etc. Tudo isso seria aceitável mesmo que passível de crítica, afinal cabe a diretoria a responsabilidade maior pela montagem de um time e cabe a ela também responder em caso de fracasso do mesmos. Cabe a eles as glórias do sucesso e as injurias do fracasso. E os sócios não satisfeito que mostre isso nas estâncias apropriadas (ainda que saibamos que estas não existem de fato nos clubes brasileiros). Mas na verdade, a contratação desses jogadores se dá em razão de um problema econômico. Ai esta o X da questão. Ora, como pode um clube que era modelo de administração, que foi entregue a atual diretoria sanado e que esta mesma diretoria fez milhões com a venda de jogadores e com bons patrocínios, esta em crise financeira?
E não adianta cairmos na esparrela da grande mídia de que o futebol é deficitário. É deficitário e todos nós sabemos e daí? Cabe as boas administrações fazer do limão a limonada, ora se é deficitário era obrigação da diretoria não gastar mais do que podia. Contratar melhor. Afinal todos gostam de dizer que os Perrelas são bons vendedores, mas são bons contratadores? Olha a lista de péssimas contratações feitas e a maioria das boas vendas são de jogadores prata da casa. Foi isso que acabou com o patrimônio, como bem disse o Luiz Chaves aquele economista e administrador americano do Minas Esporte e um dos poucos independentes da mídia esportiva, o pior é que essa série de times caros do Cruzeiros que dão prejuízo de cerca de 15 a 20 milhões por ano são ruins, ou seja, como se justifica gastar tanto por tão pouco. Veja bem fora os cerca de 23 milhões que o Cruzeiro recebe de televisão e patrocínios, o clube ainda dá um prejuízo desta monta, que me desculpe os puxa-sacos da imprensa más é incompetência mesmo. E esta crítica não tem nada de ´pessoal contra os perrelas é baseada em dados. Como em qualquer empresa isso é má administração. É excesso de funcionários desnecessários, estrutura para garantir poder e falta de foco. Por exemplo, grande parte dos gastos do Cruzeiro se encontram nas categorias de base e devem ser elogiados, afinal o trabalho maior lá é de formação de cidadãos mais do que de atletas. Veja bem os privilegiados atletas, pois assim Eu os considero podem sair do Cruzeiro com curso superior, falando várias línguas tendo tido os melhores tratamentos médicos, odontológicos, psicológicos, alimentares e etc que um jovem pode ter. O que é ótimo e esta de Parabéns a diretoria. Mas convenhamos é muita falta de foco tamanho investimento e tamanhas conquistas (Taça São Paulo, vice-campeonato invicto da Taça BH, perdeu nos penaltis e campeão brasileiro, ou seja uma verdadeira tríplice coroa) e investir em Eltinho, Marquinho, Henrique e etc, veja ai a falta de foco da diretoria, como disse acima não questiono os jogadores em si, mas o fato de que não é possível que em uma base tão vencedora não exista jogadores melhores do que esses; até por que se não existir tem algum probelma.Portanto, ou se gasta muito na base e aproveita seus melhores quadros ou então não se investe tanto na base e faz bons times profissionais, o que não dá é para investir tanto em uma base que fornecerá jogadores, para outros clubes.

3- Vamos uma análise do time do Cruzeiro em si. Que dizer pelo menos do time que Eu colocaria para jogar: Fábio, Apodi, Thiago Martineli e Welligton, Jadílson, Charles ou Léo Silva (aliás meu titular é o Leo assim que se recuperar da contusão, aliás outra mosca que a imprensa esportiva mineira comeu, foi não associar a queda do Cruzeiro a saída do Leo, ele era super importante no esquema do Dorival) Ramires, Vagner e Fabrício ou Leandro Domingues (neste caso depende do adversário e da proposta de jogo do time, quando precisar adotar uma postura mais defensiva vai de Fabrício e mais ofensiva vai de Domingues) e no ataque Guilherme e Marcelo Moreno.
Veja bem, de forma geral é um bom time, mas ai se encontra o problema. Bons times não ganham campeonatos. Precisam de algo a mais, bons times fazem boas competições dão alguns momentos de alegrias mas não conquistam títulos. Ou seja, será que nossa sina futura é sempre ficar entre o quinto e o décimo lugar. Outro problema que vejo nesse time e já se repete a pelo menos uns quatro anos no Cruzeiro e o famoso time do se; se o Fábio não falhar feio em uma falta ou não der as costas para o jogo temos um grande goleiro; se o Apodi não sentir o peso da camisa e jogar como no Vitória temos um grande lateral para ser vendido por milhões no meio do ano; se o Martineli voltar a ser o Matineli do São Caetano é um bom zagueiro; se o Welligton jogar no time de cima o que joga na base é o novo Breno, ou seja seleção brasileira e ótimo negócio; se o Jadilson for o mesmo do Goias é um escelente ponta esquerda (por que ala e lateral ele não é); se o Vagner quiser jogar bola e não ficar com dorzinha aqui e acolá (como bem lembra sempre o Emanuel Carneiro na Itatiaia) é um grande maestro e camisa 10; se o Guilherme de fato quiser ser um grande jogador teremos um ótimo reforço, pois futebol ele tem para ser um dos maiores do mundo, mas quantos iguais a ele já vimos se perder. Ou seja, o eterno jogador brilhante mas mas sem garra que roda pelos vários clubes do interior. Esse é nosso problema SE tudo dê certo temos um bom time, para ficar nas posições intermediárias e SE de errado... corremos sérios riscos. Para finalizar só espero que o Adilson não cometa muitas besteiras, infelizmente não consigo ainda confiar nele como técnico, ainda mais com as entrevistas dele falando em jogador de confiança, ou comparado o MAIOR DE MINAS com times do Japão ou o Figueirense. Só espero que ele não escale seus jogadores de confiança, pois ai o time do Cruzeiro seria esse daqui: Andrey, Apodi, Martineli e mais um, Jadilson ou Fernandinho, Henrique, Marquinhos, Fabrício, Vagner e o ataque é o mesmo por falta de opção. Só mais um pitaco, para mim quem joga em todas não joga em nada, esse papo de que o Marquinho pode ser lateral direito, esquerdo, volante, meia e etc é muito estranho.

ACRESCENTADO DIA 12/01/2008

A contratação do Tiago Gossling e do Marcel, se encaixa e radicaliza tudo que escrevi acima; na verdade é até bom por que escancara de vez o cornubio imprensa-irmãos perrelas, ou seja, eles contratam quem eles querem e quem pertence a empresários amigos, o resto é conversa fiada. Se a imprensa não fala deve ter seus motivos. Quantos jogadores melhores e mais baratos que estes estiveram livres e procuraram o Cruzeiro e não foram contratados. Câde o Ministério Público para investigar esse Clube. É por essas e por outras que vou ser obrigado a fazer algo que me recusei a quatro anos atrás, votar no candidato do PTeco só para não eleger esse Perrela. Deus nos livre logo dessa Ditadura. Fico vendo no que se transformou o Vasco, me dá até calafrios...será que é neurose minha, mas o Cruzeiro caminha a passos largos para ser o novo Vasco.