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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Músicas, músicas e férias III

O terceiro disco que focamos chama-se "O negro é lindo" de 1971. Na vasta e qualificada discografia de Jorge Ben, este disco não não foge a regra e é um marco duplo: primeiro por sua adesão definitiva ao movimento Black Power, que fica claro na capa do disco e de forma definitiva a partir do anos de 1972 quando o cantor adota o famoso cabelão Black Power (veja capa do disco de 1972 On Stage). No entanto, é nas letras que essa adesão se explicita. O disco tem dez músicas, eis alguns dos títulos: Cassius Marcelo Clay em homenagem a Mohammed Ali, singela mas bastante bonita principalmente quando Ben compara a figura garbosa de Clay a Estátua da Liberdade (tamanha poesia engajada não é comum de se encontrar). Além dessa nessa mesma direção temos a faixa título Negro é Lindo, Zula, Comanche em homenagem a Joao Parahyba do Trio Mocotó, o disco ainda conta com uma música que viraria um clássico da obra do cantor-compositor Que Maravilha.

A segunda característica marcante deste disco se refere a sua musicalidade é um álbum marco na carreira de Jorge Ben, pois é a partir dele que Jorge adere ao Samba-Soul e Samba-Funk, da pra notar uma "sensível" mudança na batida do seu violão.

Com esse disco iniciamos tal como escrevi no primeiro post com esse título, comentários sobre albuns e artistas do Soul Music brasileiro. Tentaremos mostrar o swingue musical e a importância política dessa forma de musicalidade.