sábado, 30 de maio de 2009

Racismo em versão Chris Rock

O ótimo Chris Rock, comediante, ator e escritor talentoso como mostra o seriado por ele roteirizado sobre suas memórias, chamado por aquid e Todo Mundo Odeia o Cris. Pois bem, Cris explica o racismo na América algo que é similar aqui no Brasil (piorado diga-se de passagem).
"I live in Alpine, New Jersey, in a $3 million home. There are 4 other black people that live in my neighborhood. So it's me, a fairly successful comedian, then Mary J. Blige, one of the greatest R&B singers of all time, Jay-Z, one of the greatest rap artists, and Denzel Washington, one of the great actors today, right? Everyone else is white.
You know what my neighbor does?
He's a dentist!
He's not a superstar dentist. He's not the best dentist in the world. He's not going to the dental hall of fame. He's just a dentist!
You know what it would take for a black dentist to live in that neighborhood? If a black dentist wanted to live in that neighborhood, he would have had to invent teeth!" Cris Rock
Algo que em português suaria assim:
Eu vivo em Alpine, Nova Jersey, em uma casa de US $ 3 milhões. Existe outras 4 pessoas negras vivendo no meu bairro. Então, um sou eu, comediante de bastante sucesso e, em seguida, Mary J. Blige, uma das maiores cantoras R & B de todos os tempos, Jay-Z, um dos maiores artistas rap, e Denzel Washington, um dos grandes atores de hoje, certo? Todo o resto é branco.
Você sabe o quem é meu vizinho?
Ele é um dentista! Ele não é um dentista superstar. Ele não é o melhor dentista do mundo. Ele não vai para o hall da fama dentária. Ele é apenas um dentista!
Você sabe o que levaria um dentista para negros a viver no bairro? Se um dentista negro quiser viver naquele bairro, ele terá de inventar dentes!

A negrinha e o negro no teatro

Como ando sem tempo, sem saco e sem inspiração. Quebro a regra deste ano no Blog de ser mais autoral e reproduzo aqui mais um excelente e ótimo texto dele, Alex Castro, do Blog Liberal, Libertário e Libertino.
Negrinha, de Monteiro Lobato (Cadernos de Teatro, 6)
Primeiro, uma rápida historinha dos negros no teatro brasileiro.

Durante a época colonial, o teatro brasileiro eram dominado por negros e mulatos. Talvez dominado não seja bem a palavra. Negros e mulatos trabalhavam com teatro porque ninguém mais queria fazê-lo: era o que sobrava para eles. Até 1794, a profissão de ator era considerada oficialmente "infame" pela lei portuguesa, barrando esses profissionais de uma série de atividades mais nobres e limitando seus direitos civis. Relatos de visitantes estrangeiros estão repletos de descrições sarcásticas, pejorativas e horrorizadas sobre as orquestras e companhias teatrais negras que, muito precariamente (segundo os padrões europeus), tentavam interpretar aqui os sucessos da cena metropolitana.
Finalmente, em 1808,
D. João VI traz não apenas as mudas do Jardim Botânico e os livros da Biblioteca Nacional, mas também o teatro. Agora praticado e prestigiado por brancos europeus, o teatro começa a perder sua pecha de amador, ridículo, mambembe - ou seja, coisa de preto - e vai vai adquirindo prestígio social. Logo, já é reconhecido como o único meio de comunicação de massa, talvez a manifestação artística mais importante, e elemento essencial na educação do povo e na formação da identidade brasileira. Finalmente, em 1838, de acordo com a opinião quase unânime de críticos, historiadores e dramaturgos, é fundado o Teatro Brasileiro com T e B maiúsculos - varrendo para baixo do tapete da história o teatro brasileiro que vinha sendo praticado, aos trancos e barrancos, por atores negros pelas últimas centenas de anos.
Preciso mesmo acrescentar que, nesse momento de prestígio máximo do teatro, os atores e músicos negros já tinham sido fisicamente expulsos do palco faz tempo? Enigma de Tostines: a profissão de ator era infame por ser profissão de negro ou era profissão de negro por ser infame? De qualquer modo, quando vira uma profissão digna, torna-se profissão de branco.
Ao longo do século XIX, época de maior prestígio do teatro nacional, apesar das muitas peças sobre a escravatura, os papéis de negros eram invariavelmente interpretados por atores brancos. No século seguinte, começa uma mudança gradual e muito lenta. Por exemplo, na década de 1940, quando Procópio Ferreira encena uma remontagem de "
O Demônio Familiar", de José de Alencar, peça sobre as diabruras de um moleque escravo, o papel-título foi interpretado por ator branco.

Entre a vasta bibliografia sobre as lutas dos atores negros por melhores papéis, recomendo o livro de Miriam Garcia Mendes, "O Negro e o Teatro Brasileiro" (acima, à direita). Existe até mesmo uma peça sobre isso: "A Revolta da Cachaça" (1957), de Antonio Callado, sobre um ambicioso ator negro que, em desespero pela falta de papéis dignos, e de tanto insistir com um amigo dramaturgo para que os escreva, acaba enlouquecendo de frustração e matando o amigo. A peça, apesar de fraca, é um aviso para todos os dramaturgos brasileiros.
Até hoje, é comum vermos grandes atores negros restritos a escravos domésticos, traficantes malvados e motoristas de madame, e sempre se perguntando:

Onde estão os grandes papéis negros?
* * *
O monólogo "Negrinha", baseado
no conto homônimo de Monteiro Lobato, foi desenvolvido por Luiz Fernando Marques (direção), Renato Bolelli Rebouças (direção de arte) e Sara Antunes (atuação), todos membros do Grupo XIX de Teatro, e estrelado por essa última, numa performance sensacional.
A questão da cor acompanha toda a narrativa. A personagem título, chamada simplesmente de Negrinha, foi abandonada num casarão colonial depois da Abolição e, agora, sem entender o preconceito racial, tenta fazer sentido dessa complexa hierarquia de cores do Brasil. Assim, ela interage com a platéia, classificando cada pessoa por meio de uma cor ("esverdeado", "amarelenta", "chocolate", etc; eu fui "sem-cor"), ao mesmo tempo em que relembra episódios de sua vida de escrava.
No Rio, o Casarão de Austregésilo de Athayde (do lado da estação do Corcovado) foi especialmente escolhido por ser um típico casarão do século XIX. A peça inteira acontece em um único quarto, mobiliado de acordo com a época, com todos os espectadores sentados pelos cantos e pelo chão, e Sara Antunes, interpretando a Negrinha, andando por entre eles, fazendo perguntas, questionando-os, engajando-os. A única luz em cena são as velas que ela consistentemente acende e apaga, criando toda uma atmosfera fantasmagórica. A compreensível insanidade subjacente em sua voz (afinal, é uma menina abandonada sozinha em um casarão) só torna tudo ainda mais assustador. Tudo é perfeito: o texto, a atuação dialógica com a platéia, o jogo de luz, a atmosfera, a locação.
"Negrinha", com Sara Antunes, é uma experiência inesquecível e aterradora, remanescente de um horror que nós hoje mal podemos conceber, mas que devemos sempre tentar relembrar.
* * *
Minha única criticazinha é política: apesar de eu não poder imaginar interpretação melhor que a de Sara Antunes, por que dar um papel bom desses para uma atriz branca quando atores negros ainda estão por aí lutando por qualquer migalha?

Reparem: não estou caindo no erro dos críticos que censuram Castro Alves por, entre outras coisas, "nunca adotar o ponto de vista negro" e "escrever sobre o negro por uma ótica branca", etc. Dado que Castro Alves era branco e não poderia metamorfosear-se em negro, o máximo que ele poderia fazer era mesmo escrever como branco e de um ponto de vista branco e, assim, dar sua importante contribuição artística e política à questão. (Sobre isso, vejam meu artigo Três Leituras de "Lúcia", de Castro Alves)
Do mesmo modo, não censuro Sara Antunes por ser branca. Não conheço o processo de elaboração da peça. Vai ver foi idéia ou iniciativa dela e, naturalmente, quis o papel principal para si, consciente de que daria um show. Nada a criticar nisso, e ela ainda mereceria o crédito por trazer o assunto à baila.
E, sim, o estranhamento causado por ver uma pequenina mulher branca articulando aquele discurso de negra escrava, ao mesmo tempo em que classifica todos na sala por sua cor, também ajuda a levantar a insólita questão racial no Brasil e o nonsense intrínseco das classificações raciais.
Mas, pelo menos no meu caso, uma das reflexões que esse estranhamento causou foi justamente lamentar menos um papel para uma atriz negra de talento.

* * *
Então, se não cabe censura à cor de Sara Antunes (pois, afinal, isso seria cair da armadilha articulada pela própria montagem!), eu diria que essa questão deveria ter sido melhor abordada na divulgação da peça. Por exemplo,
em um texto que parece um press-release, escrito por Bianca Senna e publicado no Portal Literal, podemos ler:
"O monólogo também derruba o mito de que atores devem viver personagens com a mesma semelhança física, já que Sara é branca."
Oras, Bianca, isso tanto não é um mito, como é a regra. Nos últimos duzentos anos, pelo menos em relação a pessoas negras, a regra no teatro brasileiro é que os atores NÃO PRECISAM viver personagens com a mesma semelhança física - tanto que boa parte dos papéis de personagens negros foram vividos por atores brancos.

Ou seja, não estou censurando uma atriz branca, ainda mais do calibre de Sara, viver uma personagem negra, mas, por favor, não venha me dizer que isso é "quebra de mito". Pelo contrário, é a continuação de um "business as usual" centenário, é a confirmação de uma prática nascida do racismo e do preconceito.
Senão, daqui a pouco, o governo vai promover um homem a Almirante e ainda vai querer dizer que está quebrando o mito da discriminação sexual nas Forças Armadas! Ora, quebra de mito seria promover uma mulher. Promover um homem não é necessariamente sexista ou censurável, mas também não é quebra de mito alguma: é somente mais um Almirante homem em uma longa tradição de Almirantes homens.
* * *
"Negrinha" já visitou mais de 15 cidades e
foi escolhida para representar o Brasil na Semana da Consciência Negra, na França.
O espetáculo fica em cartaz no Rio até esse fim-de-semana, 31 de maio, então vocês só têm mais duas apresentações pra ir, sábado e domingo, às 19h. Quem tem qualquer interesse sobre escravidão ou relações raciais no Brasil não deveria perder.
* * *
Sobre a Série "Cadernos de Teatro"Estou começando a estudar teatro e resolvi aproveitar meus meses no Rio e em São Paulo para conhecer a produção contemporânea. Esses textos são minha tentativa de não só documentar as peças que assisti mas também de escrever mais criticamente sobre teatro.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Moção de Repúdio da Juventude Negra de MG

Notícias da Juventude Negra que participou da II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial
MOÇÃO DE REPÚDIO JUVENTUDE NEGRA/MG
A Juventude Negra presente na II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade racial vem por meio desta, repudiar o genocídio da população negra que tem como alvo preferencial a Juventude Negra exterminada sobre a justificativa de combate e repressão ao tráfico de drogas através principalmente das ações letais dos policiais militares, civis, federais, guardas municipais e por grupos para militares tolerados pelo modelo de segurança pública racista, machista, homofóbico, lesbofóbico, sexista adotado pelo Estado Brasileiro que criminaliza os movimentos sociais que defendem os direitos humanos da população excluída e marginalizada deste País.Aprovou também a da seguinte proposta:
Garantia de inclusão no Calendário Nacional com recursos e apoio as instituições organizadas do Movimento Negro, um dia de manifestação contra o Genocídio da Juventude Negra;
O Fórum Mineiro de Juventude Negra não para, o palco da II CONAPIR foi fundamental para a articulação de novas lideranças juvenis e estreitamento de diálogo com as gerações mais experientes.
Estamos avançado povo Negro...
O embate será agora em Brasília/DF na II CONAPIR dias 25, 26, 27 e 28 de Junho de 2009.
Vamos votar na Proposta de Juventude Negra.
JUVENTUDE NEGRA.

domingo, 24 de maio de 2009

casa no campo/ caçador de mim/ espanhola

Eu quero uma casa no campo

O Zé Rodrix se foi. Mais um que vira estrela. O segundo obituario deste bolog nos últimos dias. Zé Rodrix, Sá e Guarabira formaram um trio fabuloso responsável pelo que ficou conhecido como rock rural. Ou mesmo rock mineiro (ainda que Rodrix fosse paulista).
Enfim uma grande perda. Um grande músico, um grande letrista. Ultimamente o trio vinha sendo reforçado por um parceiro das antigas, o também ótimo Tavito.
Acima (no próximo post) uma apresentação dos quatro. Linda!!!

Como disse minha amiga Ana Tereza "uma tristeza" . Ana sabe do que fala. Ela é daquelas fãs de ir a todos os shows e que inclusive convivia com o trio (pois essa é outra das carcterísticas dos grandes artistas) a simplicidade para manter contato com os fãs e mesmo frequentar bares e manter ligação com estes. Um tipo diferente de artista que não se considera maior ou melhor que seu público mas sim interlocutores desses. Abaixo em homenagem a Ele e a mim: Caso no Campo: Zé e Tavito compôs a música que queria ter composto e que melhor me define.

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais
Falar o quê mais lindo, lindo. É isso, somente isso que quero: amigos do peito, um filho de cuca legal e que eu possa plantar meus amigos, discos e livros e nada mais, sim quero tbém o silêncio das línguas cansadas, e como diria o Caetano de outrora dos purechas. Afinal sem amizade música e livros é impossível viver. Acho que quem me conhece realmente me identifica nessa música.

domingo, 17 de maio de 2009

Frases Fenomenais

Frase Fenomenais
"Quero ver alguém dizer que não existe racismo no Brasil"
'tenho no meu computador (como tela) a foto minha com o Mandela (...) é o cara que mais adimiro (...) li a biografia dele (...) realmente o adimiro (...) a história dele, a história da libertação dos negros da Africa do Sul"
Ronaldo, o fenômeno.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Mixes do 13 de maio

Tá lá no outro Blog que editamos http://quilombos.wordpress.com/ a manifestação dos quilombolas capixabas realizado ontem.

Participantes de caminhada pedem liberdade religiosa

Diversos grupos religiosos, entidades de defesa dos direitos humanos e integrantes do movimento negro reuniram-se nesta quarta-feira (13/5/09) na 1ª Caminhada Cultural pela Liberdade Religiosa e pela Paz. O evento, realizado no Centro de Belo Horizonte, teve apoio da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Em 6 de maio, a comissão promoveu audiência pública para discutir a intolerância religiosa no Estado.
"A caminhada é muito positiva, representa a liberdade de cada um, de expressão, por que não de religião? Tem todo o apoio da Assembleia e da Comissão de Direitos Humanos. Que cada um possa expressar seus sentimentos e seus pensamentos" , afirmou o deputado Carlos Gomes (PT), que participou do evento.
A caminhada marcou também a comemoração dos 121 anos da assinatura da Lei Áurea, que aboliu a escravidão no País. "Queremos respeito com o negro, com a nossa religião, com o ser humano", declarou a adepta do candomblé Norma Lúcia Dias. Ela reclamou da violência contra terreiros de candomblé em Minas.
Na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos, adeptos da religião já haviam denunciado a invasão de dois terreiros, um em Contagem e outro em Belo Horizonte. O coordenador de Comunicação da União de Negros pela Igualdade (Unegro), Alexandre Braga, disse que o movimento negro reivindica a criação de um comitê com representantes das polícias Militar e Civil e do Ministério Público para acompanhar casos de intolerância religiosa no Estado.
Outra religiões - Embora os adeptos de cultos de matriz africana fossem maioria no evento, a Caminhada pela Liberdade Religiosa e pela Paz contou com a presença de representantes de outros grupos religiosos, como o movimento Hare Krishna, a igreja Metodista e católicos franciscanos e agostinianos. Um deles foi o frei Gabriel Ferreira Silva, da Ordem dos Franciscanos. Ele citou o fundador da ordem, São Francisco de Assis, para defender o apoio à liberdade religiosa. "O próprio Francisco foi um homem ecumênico, da paz", afirmou.
Os participantes da caminhada concentraram- se na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, de onde seguiriam até a praça Afonso Arinos.
A comissão especial criada para analisar o Estatuto da Igualdade Racial (Projeto de Lei 6264/05) discute o projeto de cotas para negros em programas de televisão e em comerciais, criminaliza o incentivo ao preconceito pela internet, reconhece a capoeira como esporte nacional, assegura liberdade religiosa aos adeptos de cultos africanos, proíbe exigência de boa aparência para candidatos a empregos e de fotos em currículos e prevê isonomia para negros em programas habitacionais e de acesso à terra, entre outros pontos.
A proposta em votação é o substitutivo do relator, deputado Antônio Roberto (PV-MG). Depois de ser votado na comissão, o projeto voltará para o Senado, por ter sido alterado na Câmara. O projeto tramita em caráter conclusivo e só será submetido ao Plenário se houver recurso de 51 deputados.
Veja abaixo os principais pontos da proposta:
Discriminação - o projeto acrescenta à Lei 7.716/89, sobre discriminação racial, o crime de expor, na internet ou em qualquer rede pública de computadores, informações ou mensagens que induzam ou incitem a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena prevista é reclusão de um a três anos e multa.
Cotas na televisão - conforme o projeto, os filmes e programas veiculados pelas emissoras de televisão deverão apresentar imagens de pessoas negras em proporção não inferior a 20% do total de atores e figurantes. Será considerada a totalidade dos programas veiculados entre a abertura e o encerramento da programação diária.
Cotas em comerciais - as peças publicitárias destinadas à televisão e ao cinema deverão apresentar pessoas negras em proporção não inferior a 20% do total de atores e figurantes. Os órgãos públicos ficam obrigados a incluir cláusulas de participação de artistas negros, em proporção não inferior a 20% do total de artistas e figurantes, nos contratos de realização de filmes, programas ou quaisquer outras peças de caráter publicitário.
Educação - o projeto não fixa cotas na educação. Diz apenas que as vagas nos estabelecimentos públicos e privados de ensino poderão ser preenchidas por sistema de cotas destinadas a alunos de escolas públicas, em proporção no mínimo igual ao percentual de pretos e pardos na população do estado onde está instalada a instituição de ensino.As cotas na educação foram tema de outro projeto, aprovado pela Câmara em novembro de 2008 e devolvido ao Senado. Atualmente, os senadores estão divididos entre manter as cotas sociais (para alunos de escolas públicas), conforme a proposta aprovada na Câmara, ou instituir cotas raciais (para negros e índios).
Empregos - O projeto não fixa cotas na área de empregos. Diz que o poder público deverá adotar ou incentivar a adoção de cotas para negros tanto no serviço público como em empresas privadas.
Capoeira - O projeto reconhece a capoeira como desporto de criação nacional. Assim, o Estado deverá garantir o registro e a proteção da capoeira, inclusive destinando recursos públicos para essa prática. A atividade de capoeirista é reconhecida em todas as modalidades (esporte, luta, dança e música).
Liberdade religiosa - O projeto assegura o livre exercício dos cultos religiosos de origem africana, prevendo inclusive assistência religiosa aos seus seguidores em hospitais e também denúncia ao Ministério Público para abertura de ação penal em face de atitudes e práticas de intolerância religiosa.
Acesso à terra - Conforme o projeto, o poder público promoverá a isonomia nos critérios de financiamento agrícola para incentivar o desenvolvimento das atividades produtivas da população negra no campo.
Remanescentes de quilombos - O projeto reconhece a propriedade definitiva das terras ocupadas por remanescentes das comunidades quilombolas. Os órgãos públicos deverão priorizar, nos processos de registro de propriedade, as comunidades expostas a conflitos.
Moradia - Os programas de moradia do governo federal deverão assegurar tratamento equitativo à população negra, assim como os bancos públicos e privados que atuam em financiamento habitacional.
Foto em currículo - O projeto proíbe empregadores de exigir boa aparência e de pedir fotos em currículos de candidados a empregos. Os infratores dessa norma ficam sujeitos à pena de multa e prestação de serviços à comunidade.
Recursos públicos - Os planos plurianuais (PPAs) e os orçamentos anuais da União deverão prever recursos para a implementação dos programas de ação afirmativa nas áreas de educação, cultura, esporte e lazer, trabalho, meios de comunicação de massa, moradia, acesso à terra, segurança, acesso à Justiça, financiamentos públicos e contratação pública de serviços e obras.
Saúde - O projeto fixa as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.
Com ajuda do site da Camara dos Deputados.

Wilson Simonal canta Tributo a Martin Luther King

Por que ontem foi dia 13 de maio e a libertação é sempre conquista, contruido e nunca dadiva.

13 de maio a Libertação é sempre conquista, construído enunca dádiva

Por que ontem doi dia 13 de maio e a libertação é sempre conquista, contruido e nunca dadiva.

Companheiros de vários movimentos e grupos. Apesar de ontem, a luta continua. O Estatuto da Igualdade serve para nos mostrar quanto as correntes que nos prendem continuam fortes. Mas nestes momentos reforçamos nossas crenças.
"Eu compus uma música de parceria com meu amigo Ronaldo Boscoli e intitulei Tributo a Martin Luther King, Martin Luther King é um negro norte-americano, o mérito maior de Martin Luther King é lutar cada vez mais pela igualdade dos direito das raças. Essa música eu dediquei ao meu filho esperando que no futuro ele nao encontre nunca os problemas que eu encontrei e que tenho as vezes encontrado apesar de chamar Wilson Simonal de Castro. "
Sim, sou negro de cor
Meu irmão de minha cor
O que te peço é luta, sim, luta mais
Que a luta está no fim
Cada negro que for
Mais um negro virá
Para lutar com sangue ou não
Com uma canção também se luta, irmão
Ouvir minha voz
Lutar por nós
Luta negra demais (luta negra demais)
É lutar pela paz (é lutar pela paz)
Luta negra demais
Para sermos iguais
Para sermos iguais
Ninguém vai me acorrentar
Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder sorrir
Enquanto eu puder cantar
Alguém vai ter que me ouvir

sábado, 2 de maio de 2009

Boal virou estrela

"Augusto Boal reinventou o teatro político e é uma figura internacional tão importante quanto Brecht ou Stanislawski ." - The Guardian (Londres)
"Boal conseguiu fazer aquilo com que Brecht apenas sonhou e escreveu: um teatro alegre e instrutivo. Uma forma de terapia social. Mais do que qualquer outro homem de teatro vivo, Boal está tendo um enorme impacto mundial" - Richard Schechner, diretor de The Drama Review.
Cidadão não é quem vive em sociedade. É quem transforma a sociedade em que vive.
Augusto Boal
Desde meados da tarde quando li a notícia do desaparecimento de Augusto Boal estou tentando escrever algo. Mas não dá. Faltam palavras para descrever a vida de Boal, suas realizações e a perda que significa seu sumiço. Só me fica martelando a ideia de que praticamente só nos resta Niemayer da geração de brasileiros que revolucionaram mundialmente seu campo de atuação. É triste, muito triste o fato de não termos substitutos a altura. Se o Brasil fosse um pouco mais sério se preocuparia com esse fato.
Na ausência de palavras faço aqui um pequeno obituario de Boal (com auxílio da Wiki):
Augusto Pinto Boal (Rio de Janeiro, 16 de março de 1931 - Rio de Janeiro, 2 de Maio de 2009) foi diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro, uma das grandes figuras do teatro contemporâneo internacional. Fundador do Teatro do Oprimido, que alia o teatro à ação social, suas técnicas e práticas difundiram-se pelo mundo, notadamente nas três últimas décadas do século XX, sendo largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política mas também nas áreas de educação, saúde mental e no sistema prisional.
Nas palavras de Boal:
«O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores - porque observam. Somos todos 'espect-atores'.

O dramaturgo é conhecido não só por sua participação no
Teatro de Arena da cidade de São Paulo (1956-1970), mas sobretudo por suas teses do Teatro do oprimido, inspiradas nas propostas do educador Paulo Freire.
Tem uma obra escrita expressiva, traduzida em mais de vinte línguas, e suas concepções são estudados nas principais escolas de teatro do mundo. O livro Teatro do oprimido e outras poéticas políticas trata de um sistema de exercícios ("monólogos corporais"), jogos (diálogos corporais) e técnicas de teatro-imagem, que, segundo o autor, podem ser utilizadas não só por atores mas por todas as pessoas.
O Teatro do oprimido tem centros de difusão nos Estados Unidos (http://www.theatreoftheoppressed.org/en/index.php?useFlash=1)
, na França ( http://www.theatredelopprime.com/) e no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, Santo André e Londrina.
Ainda antes do Teatro do Oprimido, Boal já revolucionara o teatro brasileiro no Arena e no Oficina onde ensenou grandes obras de autores internaionais consagrados e de jovens dramatugos. Foi ainda nos anos 60 do seculo passado que ele junto a outros jovens criaram o CPC da UNE e também em pleno início dos anos de chumbo dirigiu Ze Keti (a voz do morro) Koão do Vale e Nara Leão e depois Maria Bethania no show Opinião.
A partir deste momento funda uma noca Companhia a Opinião, onde continua suas parcerias com Guarnieri, Chico Buarque, Edu Lobo, Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes entre outros). Aproxima dos baianos e faz uma série de espetaculos com Gal, Gil, Caetano, Tom Zé, Caetano e Bethania. Espetaculos baseados também na poetica de Brecth.
A Primeira Feira Paulista de Opinião, concebida e encenada por Boal no Teatro Ruth Escobar, é uma reunião de textos curtos de vários autores - um depoimento teatral sobre o Brasil de 1968. Estão presentes textos de Lauro César Muniz, Bráulio Pedroso, Gianfrancesco Guarnieri, Jorge Andrade, Plínio Marcos e do próprio Boal. O diretor apresenta o espetáculo na íntegra, ignorando os mais de 70 cortes estabelecidos pela censura , incitando a desobediência civil e lutando arduamente pela permanência da peça em cartaz, depois de sua proibição.
Em 1971, Boal é preso e torturado. Na seqüência, decide deixar o país, com destino à Argentina terra de sua esposa, a psicanalista Cecília Boal. Lá permanece por cinco anos e desenvolve o Teatro Invisível. Neste período mora em vários países e desenvolve sua técnica de teatro, passa pelo Peru, Portugal e na França alcança reconhecimento mundial, nesta cidade funda um centro de estudo e interpretação. O Teatro do Oprimido é realidade.
Boal preconizava que o teatro deve ser um auxiliar das transformações sociais e formar lideranças nas comunidades rurais e nos subúrbios. Para isto organizou uma sucessão de exercícios simples, porém capazes de oferecer o desenvolvimento de uma boa técnica teatral amadora, auxiliando a formação do ator de teatro.
Homenagens
Uma das canções de Chico Buarque
é uma carta em forma de música - uma carta musicada que ele fez em homenagem a Boal, que vivia no exílio em Portugal, quando o Brasil estava sob a ditadura militar. A canção Meu Caro Amigo, dirigida a ele, foi gravada originalmente no disco Meus Caros Amigos de 1976.
Augusto Boal foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2008, em virtude de seu trabalho com o Teatro do Oprimido.
Em março de 2009, foi nomeado pela
Unesco embaixador mundial do teatro.
Publicou dezenas e dezenas de livros e espalhou a esperança de que um outro mundo é possível.

Covite para visita um Blog irmão

Aos amigos que frequentam esse blog, sugerimos visitar o blog Quilombos http://quilombos.wordpress.com/, da qual somos um dos redatores e administradores.Lá como cá a importante manifestação da Igreja Reformada Anglicana a favor dos Quilombolas:
Carta da IEAB Sobre o Estado das Comunidades Quilombolas Urgente!
À Sua Excelência Ministro Relator Cezar Peluzo
Ao Povo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
A Sociedade Brasileira

É inspirados nesse desejo e advertência do profeta Amós e nas palavras do Arcebispo William Temple, que dirigimos esta carta aos membros da nossa Igreja, ao Sr Ministro Cezar Peluzo, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Relator do Processo (ADI) Nº 3.239 e a todas as pessoas de boa vontade.As comunidades negras rurais e quilombolas de todo o país vivem um momento delicado e tenso devido à iminência de votação da Ação de Inconstitucionalidade (ADI) Nº 3.239 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ADI tem por objetivo anular o Decreto 4887/03, da Presidência da República, que estabeleceu os critérios e procedimentos para a regularização dos territórios quilombolas.
É importante notar que esse decreto é coerente com a Constituição Brasileira e com as convenções Internacionais ratificadas pelo Brasil, especialmente a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT, Genebra, 27 de junho de 1989) quanto ao conceito de território e auto-definição dos povos.O Decreto 4887/03 foi uma importante conquista dos remanescentes de quilombo em todo o país e a sua revogação traria sérios prejuízos aos direitos quilombolas, ao impossibilitar abertura de novos processos para regularização de suas terras, paralisar aqueles em andamento e anular as conquistas já alcançadas.Todos estamos conscientes da grande dívida que a sociedade brasileira tem para com aqueles que foram trazidos à força da África para serem escravizados em nosso pais. Os quilombos foram uma das formas que os escravos encontraram para resistir ao sistema escravagista. Após a abolição, a permanência em seus territórios foi e continua a ser um dos fatores principais para a sua sobrevivência e reprodução como comunidades, tanto no nível material quanto cultural. No cumprimento da nossa responsabilidade como bispos da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, chamados à fidelidade aos valores do Evangelho e conscientes de que, como Igreja, devemos buscar a justiça e contribuir para a superação das enormes distâncias sociais, culturais e econômicas que afetam as comunidades remanescentes quilombolas, não podemos nos omitir diante da possibilidade “ que queremos supor improvável - de o Supremo Tribunal Federal vir a revogar um procedimento legal que claramente tem permitido a agilização dos processos de garantia dos direitos territoriais e culturais das comunidades quilombolas e, assim, restaurado a justiça em seu favor.Assim, conclamamos a Igreja Episcopal Anglicana no Brasil:
1. Interceder para que o Deus de Amor no qual cremos continue a dar aos nossos irmãos e irmãs quilombolas a coragem necessária para continuar a sua luta por seus direitos;
2. Mobilizar-se em defesa dos direitos quilombolas, manifestando esta posição junto aos poderes constituídos, principalmente junto ao Supremo Tribunal Federal. Ao Supremo Tribunal Federal, na pessoa do Ministro Cezar Peluzo, Relator da ADI No. 3.239, solicitamos que seja convocada uma audiência pública sobre o assunto para que a mais alta Corte brasileira possa ouvir os representantes das comunidades quilombolas bem como especialistas no assunto antes de julgar a Ação de Inconstitucionalidade.A ADI Nº 3.239, apresentada pelo DEM (ex-PFL) é mais uma das investidas da bancada ruralista, do setor do agro-negócio e da grande mà­dia contra os direitos quilombolas garantidos na Constituição de 1988. Há cerca de 5.000 Comunidades Quilombolas no Brasil, sendo que dessas, aproximadamente 1.300 estão com processo de regularização fundiária em curso no Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) nos termos do Decreto 4887/03.O Decreto 4887/03 foi uma importante conquista dos remanescentes de quilombo em todo o país. Em seu §1 do Artigo 2º o Decreto 4887/03 prescreve: A caracterização dos remanescentes das comunidades dos quilombos será atestada mediante auto-definição da própria comunidade. No §2 o Decreto estabelece como terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos as utilizadas para a garantia de sua reprodução física, social, econômica e cultural, assumindo as definições atuais da Antropologia e Ciências Sociais quanto ao conceito de território para a demarcação das terras quilombolas: serão levados em consideração critérios de territorialidade indicados pelos remanescentes das comunidades dos quilombos, sendo facultado à comunidade interessada apresentar as peças técnicas para a instrução procedimental. Com isto o Decreto 4887/03 esta em harmonia com as convenções Internacionais ratificadas pelo Brasil, das quais merece destaque a Convenção 169 da Organizaçà£o Internacional do Trabalho (OIT, Genebra, 27 de junho de 1989) quanto ao conceito de território e auto-definição dos povos. A derrubada do Decreto 4887/03 traria sérios prejuízos aos direitos quilombolas ao impossibilitar abertura de novos processos para regularização de suas terras, paralisar aqueles em andamento e anular as conquistas históricas.
Confiamos na imparcialidade desse Supremo Tribunal em ponderar e discernir entre o que seja diletantismo racional e encarnação da Justiça. Em Cristo que Ressuscitou nossa Esperança e fundamento da solidariedade com a causa da Justiça.

Dom Mauricio José Araújo de Andrade, Bispo Primaz, Brasilia, DF
Dom Almir dos Santos, Oeste
Dom Jubal Pereira Neves, Santa Maria, RS
Dom Orlando Santos de Oliveira, Porto Alegre, RS
Dom Naudal Alves Gomes, Curitiba, PR
Dom Sebastião Armando Soares Gameleira, Recife, PE
Dom Filadelfo Oliveira Neto, Rio de Janeiro, RJ
Dom Saulo Mauricio de Barros, Belém, PA
Dom Renato da Cruz Raatz, Pelotas, RS
Dom Roger Bird, São Paulo, SP
Dom Clovis Erly Rodrigues, Emérito
Dom Luiz Osório Pires Prado, Emérito
Dom Glauco Soares de Lima, Emérito
Brasília, 21 de abril de 2009.
Anselmo de Cantuária. Antes, corra o juízo como às águas; e a justiça, como ribeiro perene.(Amos 5:24)
A Igreja constitui a única sociedade do mundo que existe por causa daquelas pessoas que não são membros dela. Arcebispo William Temple, 1942.

Para esquentar o bi-campeonato

Para esquentar o bi-campeonato

No vídeo a Bela e a Fera. Na véspera do jogão nossa homenagem ao nosso Maestro e sambista Jadir Ambrosio.E de arremate, matéria do Jornal Estado de Minas a respeito da maior sequência de vitória na história do clássico. Dá-lhe Cruzeiro.

A vitória do Cruzeiro sobre o Atlético, por 5 a 0, neste domingo, no Mineirão, ficou marcada não só pelo fato de o clube ter repetido a maior goleada da história dos clássicos no Gigante da Pampulha. Com o triunfo, a Raposa igualou também a maior sequência de vitórias da história dos confrontos: sete.

Até então, a única marca de sete vitórias consecutivas havia sido alcançada nos confrontos entre 1964 e 1966, também pelo Cruzeiro. O segundo maior tabu de vitórias do clássico, com seis triunfos, pertence ao Atlético e foi conquistado nos anos de 1938 e 1939, quando o Cruzeiro ainda se chamava Palestra Itália.

A atual marca de vitórias, porém, já é mais expressiva que a dos anos 60, pelo impressionante saldo de gols conquistado. Curiosamente, a sequência começou há exatamente um ano, em 27 de abril, e com goleada semelhante à do último domingo: 5 a 0. De lá para cá, o Cruzeiro marcou 21 gols no rival e sofreu quatro. Uma média de três gols marcados por partida e 0,57 sofrido.

Entre 1964 e 1966, o Cruzeiro marcou 13 gols e sofreu quatro. Das sete vitórias, apenas duas foram por diferença de dois gols: 3 a 1, em 20 de junho de 1965; e 2 a 0, em 16 de dezembro do mesmo ano. As demais foram por diferença mínima. Há exatamente um ano, o Cruzeiro começava a série de sete vitórias consecutivas

As duas marcas históricas cruzeirenses coroam o trabalho de dois treinadores. Na sequência dos anos 60, Airton Moreira comandou o clube em todas as partidas. No tabu atual, Adílson Batista dirigiu a equipe em todos os sete triunfos.

Invencibilidade
A supremacia cruzeirense sobre o Atlético nos últimos anos também é comprovada pela marca de 11 jogos sem perder para o rival, com dez vitórias e apenas um empate. O clube persegue a maior invencibilidade da história dos clássicos: 13 jogos.

Até hoje, essa marca pertence ao Galo e foi conquistada entre os anos de 1985 e 1987. A invencibilidade atleticana, porém, conta com menor número de vitórias. São cinco triunfos e oito empates.

No próximo domingo, o Cruzeiro poderá se aproximar ainda mais dessa marca. Para ser campeão mineiro, o Atlético precisa vencer por cinco gols de diferença. Os jogadores e até mesmo o presidente do clube admitem que o título é praticamente impossível de ser conquistado e que o Galo entrará em campo para honrar seus compromissos.

Confira a atual sequência de vitórias do Cruzeiro:

27/04/2008 - Cruzeiro 5 x 0 Atlético (Campeonato Mineiro)
04/05/2008 - Cruzeiro 1 x 0Atlético (Campeonato Mineiro)
13/07/2008 - Cruzeiro 2 x 1 Atlético (Campeonato Brasileiro)
19/10/2008 - Cruzeiro 2 x 0 Atlético (Campeonato Brasileiro)

17/01/2009 - Cruzeiro 4 x 2 Atlético (Torneio de Verão)
15/02/2009 - Cruzeiro 2 x 1 Atlético (Campeonato Mineiro)
26/04/2009 - Cruzeiro 5 x 0 Atlético (Campeonato Mineiro)

Confira a seqüência de vitórias dos anos 1960:

15/11/1964 - Cruzeiro 1 x 0 Atlético (Campeonato Mineiro)
22/04/1965 - Cruzeiro 1 x 0 Atlético (Amistoso)
09/05/1965 - Cruzeiro 3 x 2 Atlético (Amistoso)
20/06/1965 - Cruzeiro 3 x 1 Atlético (Amistoso)
24/10/1965 - Cruzeiro 1 x 0 Atlético (Campeonato Mineiro)
16/12/1965 - Cruzeiro 2 x 0 Atlético (Amistoso)
09/02/1966 - Cruzeiro 2 x 1 Atlético (Campeonato Mineiro)

PS: 94% DOS INGRESSOS PARA O MAIOR DE MINAS. 17 CRUZEIRENSES PARA 01 ATLETICANO.

PS2: Como esperado o Cruzeiro conquistou hoje o seu 36° título. Me lembro que quando iniciei minha vida de torcedor, daqueles de não perder jogo em 1992 o Cruzeiro possuia 25 títulos. Em 17 anos ganhamos 11 mineiros (1992,1994,196,1997,1998,2002,2003,2004,2006,2008,2009). Neste mesmo periodo o rival, conhecido como Galo ganhou meros 4 títulos (1995,1999,2000,2007). Para se ter idéia nesse período o América ganhou metade dos títulos do Atlético 2 (1993,2001) e o Ipatinga 1 (2005). Isso é preocupante para o rival, quando começei a torcer tinhámos 25 títulos contra 35 do rival, portanto 10 títulos a mais para os cocotas, sempre imaginei ser impossível tirar essa diferença. Eis que agora 36 a 39.

ps 3: Em 2002 exisitiu um campeonato mineiro disputado só por times do interior deu Caldense de Poços de Caldas e depois o Super Campeonato Mineiro com Caldense e mais os 3 grandes que representavam o estado na Sul-Minas, neste o Cruzeiro se sagrou super campeão mineiro. Assim o ano de 2002 teve 2 campeões.