domingo, 23 de agosto de 2009

Mitos

Queria escrever mais sobre estes três mitos, mas os outros afazeres não me permitem. Portanto fica somente a título de registro:
- Neste mês de agosto completou-se 80 primaveras o lendário líder da Rev. Cubana: Fidel Castro. Passou em branco pela mídia brasileira.
-Antes de ontem , sexta-feira dia 21 de agosto completou-se os 20 anos da morte do Maluco Beleza Raulzito. Então: Toca Raul.
-“Se você quisesse dar outro nome ao rock’n'roll, poderia chamá-lo de Chuck Berry”. (John Lennon). Pois é o grande Chuck Berry fez ontem em BH aos 82 anos um show, de novo, não vou nem comentar a mediocridade da mídia mineira. O silêncio é mais significativo, como aliás foi o silêncio dela em relação ao rock'n roll em pessoa.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

John Hughes se foi

A cerca de uma semana penso em escrever esse post. Que trata-se acima de tudo em uma homenagem a minha geração que emulou tardes e tardes assistindo clássicos deste diretor na Sessão da Tarde. No dia 05 de agosto, faleceu de enfarto em New York, John Hughes. Talvez o nome não diga muito, mas "Curtindo a vida a doidado" lhe é familiar? Por isso digo que homenagear Hughes é de certa forma homenagear minha geração e minha digamos passagem da infância a adolescência. A melhor definição do gênio de Hughes foi dada pelo crítico de cinema Ricardo Calil: Hughes era o Antonioni da comédia juvenil. "Mas a real é que ele foi um Antonioni da comédia juvenil, o diretor que transformou as angústias existenciais da adolescência em entretenimento de primeira."
Ele criou alguns dos filmes essenciais do gênero juvenil: “Clube dos Cinco”, “Gatinhas e Gatões”, "Mulher Nota 1.000″, “Antes Só do que Mal Acompanhado” e sobretudo a obra-prima “Curtindo a Vida Adoidado” homenageados e imitados à exaustão.
Enfim desde que soube da notícia lembrei de várias cenas desses filmes e me diverti ao perceber como nossa geração comparada a atual era ingênua. Diria mesmo boba. Nada de net e milhares de informações, nada de ficações a torto e a direito...como era divertido curtir a vida a doidado e isso significava uns beijinhos..oh inocência. Enfim nossa homenagem a Hughes.
Ps1: aqueles eram tempo tão inocentes pré-net, préTv a cabo que estes filmes foram sucesso no Brasil ainda no início dos anos 90, em alguns casos quase 10 anos após a produção.
Ps2: Hughes ficou milionário nos anos 90 quando foi produtor e roteirista da série Esqueceram de Mim, do qual assumo ter assistido no Cinema (de rua que não existe mais, menos mal, que nesse caso depois de um tempo fechado esse antigo cinema se tornará um Centro Cultural do Sesc) Esqueceram de Mim 2 com o ótimo Macaulin Calkin (num sei como escreve o nome dele, mas que o moleque era bom era).

Jimi Hendrix - Purple Haze at Woodstock 1969

The God of Guitars.

The Who - My Generation [Woodstock 1969]

The Who, a maior de todas ?

Janis Joplin - Piece of My Heart [live Woodstock]

Simplesmente Janis !!!!!!

Canned Heat - Woodstock Boogie (Live at Woodstock 1969)

Psicodelia por um mundo menos careta.

Anos Incriveis - Joe Cocker Live at Woodstock 1969

Seguindo o post abaixo.
maravilhosa postagem de Joe Cocker.

Paz e Amor

Paz, Amor, Sexo, Drogas e Rock'n roll. O sonho continua ?
Em 14 de agosto de 1968, estradas lotadas, uma verdadeira multidão de jovens (cerca de 500.000) marcham para a Fazenda Bethel no interior do estado de New York. Woodstock se pretendeu uma celebração do modo de vida hippie da contracultura em um dos momentos mais conturbados e criativos do século passado os miticos fins dos anos sessenta. Faça Amor e não Guerra era o slogan para alguns dessa época, para outros seria faça a guerra para semear o amor (caso de vários heroicos jovens qie ousaram lutas contra ferozes ditaduras militares ao redor do mundo).
O fato é que amanhã se inicia os festejos de 40 anos de Woodstock e estas rápidas linhas buscam celebrar o sonho e afirmar que ele continua. Afinal, por exemplo, se a ecologia é hoje a agenda do século XXI foram os hippie os primeiros a chamarem a atenção para esse feito.
The Who
Tommy's Holiday Camp

Good morning, Campers!
I'm your Brother Ernie,
And I welcome you to Tommy's Holiday Camp!
The camp with a difference,
never mind the weather,
When you come to Tommy's, the holiday's forever!
Welcome!Get your Tommy T-shirts, and your stickers,
And your Tommy mirrors to smash!
Don't rush, keep steady,
Have your money ready!
Buy your way to heaven,
That comes to one pound seven.
Bless your heart! (ka-ching!)Eyeshades and earplugs,
Keep in line,
I've got a huge supply!
Get your Tommy records,
You can really hear him talk!
Tommy pics and matches,half a knicker for the cork.
You lucky people!
The camp with a difference, never mind the weather,
When you come to Tommy's, the holiday's forever!
Um pouco de história e a programação de Woodstock
Segundo a Wiki:
Woodstock surgiu dos esforços de Michael Lang, John P. Roberts, Joel Rosenman e Artie Kornfeld. Roberts e Rosenman, que entrariam com as finanças, colocaram um anúncio sob o nome de Challenge International, Ltd., no New York Times e no Wall Street Journal ("Jovens com capital ilimitado buscam oportunidades de investimento legítimas e interessantes e propostas de negócios").Lang e Kornfeld responderam o anúncio, e os quatro reuniram-se inicialmente para discutir a criação de um estúdio de gravação em Woodstock, mas a idéia evoluiu para um festival de música e artes ao ar livre.[1]
Mesmo considerado um investimento arriscado, o projeto foi montado tendo em vista retorno financeiro. Os ingressos passaram a ser vendidos em lojas de disco e na área metropolitana de Nova York, ou via correio através de uma caixa postal. Custavam 18 dólares (aproximadamente 75 dólares em valores atuais), ou 24 dólares se adquiridos no dia.Aproximadamente 186,000 ingressos foram vendidos antecipadamente, e os organizadores estimaram um público de aproximadamente 200,000 pessoas. Não foi isso que aconteceu, no entanto. Mais de 500,000 pessoas compareceram, derrubando cercas e tornando o festival um evento gratuito.
Este influxo repentino provocou
congestionamentos imensos, bloqueando a Via Expressa do Estado de Nova York e eventualmente transformando Bethel em "área de calamidade pública". As instalações do festival não foram equipadas para providenciar saneamento ou primeiros-socorros para tal multidão, e centenas de pessoas se viram tendo que lutar contra mau tempo, racionamento de comida e condições mínimas de higiene.
Embora o festival tenha sido reconhecidamente pacífico, dado o número de pessoas e as condições envolvidas, houve duas fatalidades registradas: a primeira resultado de uma provável overdose de
heroína, e a outra após um atropelamento de trator. Houve também dois partos registrados (um dentro de um carro preso no congestionamento e outro em um helicóptero), e quatro abortos.
Ainda assim, em sintonia com as esperanças idealísticas dos anos 60, Woodstock satisfez a maioria das pessoas que compareceram. Mesmo contando com uma qualidade musical excepcional, o destaque do festival foi mesmo o retrato comportamental exibido pela harmonia social e a atitude de seu imenso público.
Sexta-feira, 15 de agosto
O 1º dia de festival
O festival abriu oficialmente às 17 horas com Richie Havens. Este dia apresentou sets mais leves, trazendo a maior parte dos artistas folks que participaram.
Richie Havens
High Flyin' Bird
I Can't Make It Any More
With a Little Help from My Friends
Strawberry Fields Forever
Hey Jude
I Had A Woman
Handsome Johnny
Freedom/Sometimes I Feel Like a Motherless Child

Swami Satchidananda (deu a invocação para o festival)

Country Joe McDonald (tocou separado da sua banda, The Fish)
I Find Myself Missing You
Rockin All Around The World
Flyin' High All Over the World
Seen A Rocket Flyin'
The "Fish" Cheer / I-Feel-Like-I'm-Fixin'-To-Die Rag

John Sebastian
How Have You Been
Rainbows Over Your Blues
I Had A Dream
Darlin' Be Home Soon
Younger Generation

Sweetwater
What's Wrong
Motherless Child
Look Out
For Pete's Sake
Day Song
Crystal Spider
Two Worlds
Why Oh Why

The Incredible String Band
Invocation
The Letter
This Moment
When You Find Out Who You Are

Bert Sommer
Jennifer
The Road To Travel
I Wondered Where You Be
She's Gone
Things Are Going my Way
And When It's Over
Jeanette
America
A Note That Read
Smile

Tim Hardin (com um repertório de uma hora)
If I Were A Carpenter
Misty Roses

Ravi Shankar (com um repertório de 5 músicas tocadas durante uma chuva)
Raga Puriya-Dhanashri/Gat In Sawarital
Tabla Solo In Jhaptal
Raga Manj Kmahaj
Iap Jor
Dhun In Kaharwa Tal

Melanie
Tuning My Guitar
Johnny Boy
Beautiful People

Arlo Guthrie (a ordem do repertório é incerta)
Coming Into Los Angeles
Walking Down the Line
Story about Moses and the Brownies
Amazing Grace (encerrou a apresentação)

Joan Baez (grávida de seis meses na época)
Story about how the Federal Marshals came to take David Harris into custody.
Joe Hill
Sweet Sir Galahad
Drugstore Truck Driving Man
Sweet Sunny South
Warm and Tender Love
Swing Low, Sweet Chariot
We Shall Overcome

Sábado, 16 de agosto
O dia abriu às 12:15 da tarde, e trouxe os principais artistas psicodélicos e de rock do festival.
Quill (repertório de quatro músicas, totalizando quarenta minutos)
They Live the Life
BBY
Waitin' For You
Jam

Keef Hartley Band
Spanish Fly
Believe In You
Rock Me Baby
Medley
Leavin' Trunk
Sinnin' For You

Santana
Waiting
You Just Don't Care
Savor
Jingo
Persuasion
Soul Sacrifice
Fried Neckbones

Country Joe McDonald (sem a banda The Fish)
The Fish Cheer

Canned Heat
A Change Is Gonna Come/Leaving This Town
Going Up The Country
Let's Work Together
Woodstock Boogie

Mountain (repertório de uma hora, incluindo a "Theme For An Imaginary Western", de Jack Bruce)
Blood of the Sun
Stormy Monday
Long Red
Who Am I But You And The Sun
Beside The Sea
For Yasgur's Farm (até então sem nome)
You and Me
Theme For An Imaginary Western
Waiting To Take You Away
Dreams of Milk and Honey
Blind Man
Blue Suede Shoes
Southbound Train

Janis Joplin (dois bis: Piece of "My Heart" e "Ball & Chain")
Raise Your Hand
As Good As You've Been To This World
To Love Somebody
Summertime
Try (Just A Little Bit Harder)
Kosmic Blues
Can't Turn you Loose
Work Me Lord
Piece of My Heart
Ball & Chain

Grateful Dead
St. Stephen
Mama Tried
Dark Star/High Time
Turn On Your Love Light
A apresentação do Grateful Dead foi atrapalhada por problemas técnicos, incluindo um pedaço do chão defeituoso e também dois dos integrantes da banda,
Jerry Garcia e Bob Weir, afirmaram levar choque toda hora que encostavam em suas guitarras. A performance do Grateful Dead não foi incluída no filme, mas, em um breve momento do filme, Jerry Garcia aparece segurando uma maconha, dizendo: "Maconha. Exibição A"

Creedence Clearwater Revival
Born on the Bayou
Green River
Ninety-Nine and a Half (Won't Do)
Commotion
Bootleg
Bad Moon Rising
Proud Mary
I Put A Spell On You
Night Time is the Right Time
Keep On Chooglin'
Suzy Q

Sly & the Family Stone
M’Lady
Sing A Simple Song
You Can Make It If You Try
Everyday People
Dance To The Music
I Want To Take You Higher
Love City
Stand!

The Who (começou às 4 da manhã, com um repertório que incluia a ópera rock Tommy)
Heaven and Hell
I Can't Explain
It's a Boy
1921
Amazing Journey
Sparks
Eyesight to the Blind
Christmas
Tommy Can You Hear Me?
Acid Queen
Pinball Wizard
Incidente com Abbie Hoffman
Do You Think It's Alright?
Fiddle About
There's a Doctor
Go to the Mirror
Smash the Mirror
I'm Free
Tommy's Holiday Camp
We're Not Gonna Take It
See Me, Feel Me
Summertime Blues
Shakin' All Over
My Generation
Naked Eye

Jefferson Airplane (começou às 6 horas da manhã, com um repertório de apenas 8 músicas. A vocalista Grace Slick saudou a platéia dizendo: "Ok, amigos, vocês já viram os grupos pesados; agora vocês verão música maníaca da manhã, acredite em mim, yeah. Isso é uma nova manhã... [...] Bom dia, pessoal!")
Volunteers
Somebody To Love
The Other Side of This Life
Plastic Fantastic Lover
Won't You Try/Saturday Afternoon
Eskimo Blue Day
Uncle Sam's Blues
White Rabbit

Domingo, 17 de agosto

Joe Cocker e Grease Band
O dia abriu às 14 horas com Joe Cocker. Os eventos deste dia acabariam atrasando a agenda do festival em nove horas, e no nascer do sol do dia seguinte o concerto ainda continuava, apesar da maioria do público já ter ido embora.
Joe Cocker
Dear Landlord
Something Comin' On
Do I Still Figure In Your Life
Feelin' Alright
Just Like A Woman
Let's Go Get Stoned
I Don't Need A Doctor
I Shall Be Released
With a Little Help from My Friends
Após o repertório de Joe Cocker, um temporal deu-se inicio interrompendo o festival por longas horas.

Country Joe and the Fish (continuou a apresentação às 18:00 horas)
Rock and Soul Music
Thing Called Love
Love Machine
The "Fish" Cheer/I-Feel-Like-I'm-Fixin'-To-Die Rag

Ten Years After
Good Morning Little Schoolgirl
I Can't Keep From Crying Sometimes
I May Be Wrong, But I Won't Be Wrong Always
Hear Me Calling
I'm Going Home

The Band
Chest Fever
Tears of Rage
We Can Talk
Don't You Tell Henry
Don't Do It
Ain't No More Cane
Long Black Veil
This Wheel's On Fire
I Shall Be Released
The Weight
Loving You Is Sweeter Than Ever

Blood, Sweat & Tears (abriu à meia-noite, com cinco músicas)
More and More
I Love You More Than You'll Ever Know
Spinning Wheel
I Stand Accused
Something Comin' On

Johnny Winter (trazendo Edgar Winter, seu irmão, em duas músicas)
Mama, Talk to Your Daughter
To Tell the Truth
Johnny B. Goode
Six Feet In the Ground
Leland Mississippi Blues/Rock Me Baby
Mean Mistreater
I Can't Stand It (com Edgar Winter)
Tobacco Road (com Edgar Winter)
Mean Town Blues

Crosby, Stills, Nash & Young (começou por volta das três da manhã com um set acústico e outro elétrico separado)
Set acústico
Suite: Judy Blue Eyes
Blackbird
Helplessly Hoping
Guinnevere
Marrakesh Express
4 + 20
Mr. Soul
Wonderin'
You Don't Have To Cry
Set elétrico
Pre-Road Downs
Long Time Gone
Bluebird
Sea of Madness
Wooden Ships
Find the Cost of Freedom
49 Bye-Byes

Paul Butterfield Blues Band
Everything's Gonna Be Alright
Driftin'
Born Under A Bad Sign
Morning Sunrise
Love March

Sha-Na-Na
Na Na Theme
Yakety Yak
Teen Angel
Jailhouse Rock
Wipe Out
Book of Love
Duke of Earl
At the Hop
Na Na Theme

Jimi Hendrix (após ser apresentado à platéia como "Jimi Hendrix Experience", Jimi, já em palco, corrigiu o nome do grupo para "Gypsy Sun and Rainbows")
O repertório de Hendrix consistia em 16 músicas
Message to Love
Hear My Train A Comin'
Spanish Castle Magic
Red House (Durante essa música, uma corda da guitarra de Hendrix estourou, mas ele continuou tocando com cinco cordas)
Mastermind (escrita e cantada por Larry Lee)
Lover Man

Foxy Lady
Jam Back At The House
Izabella
Fire
Gypsy Woman/Aware Of Love (Essas duas músicas escritas por
Curtis Mayfield foram cantadas por Larry Lee como um medley)
Voodoo Child (Slight Return)/Stepping Stone
The Star-Spangled Banner
Purple Haze
Woodstock Improvisation/Villanova Junction
Hey Joe

sábado, 8 de agosto de 2009

O Massacre de Hiroshima e Nagasaki

Completou-se no último dia 06 de agosto, mais um aniversário do Massacre de Hiroshima e, para variar, um quase sepulcral silêncio da mídia convencional mais. Aliás por que será que a mídia, não nomeia tal atrocidade com seu devido epíteto: Massacre? Ora vejamos se tal epíteto é um exagero:
Para alguns estudiosos de conjuntura política, o dia 06 de agosto, marca o fim da segunda guerra e o inicio da terceira guerra mundial: chamada de fria. Ainda que tenha sido bastante quente para os coreanos ou vietinamistas, paras os latinos-americanos abajo del domínio sanguinareo de sus ditadores.
Para J. Samuel Walker, historiador-chefe da Comissão Regulamentadora Nuclear dos EUA existe “o consenso de que a bomba não era necessária para evitar uma invasão do Japão e por fim à guerra em prazo relativamente curto”. Tudo se deu por uma simples razão de calculo político: assombrar a URSS.
Quando Roosevelt (que era a favor de uma solução negociada de convivência pacífica entre as duas grandes potências) faleceu levou consigo a existência do Projeto Manhattan. Só 10 dias após a posse, é que seu vice Truman foi comunicado da existência do que ficou conhecido como a master card, ou seja, a grande carta, aquela que mudaria o rumo do jogo diplomático amplamente favorável, naquele momento, a URSS a verdadeira responsável pela derrota dos alemães na Europa e pelo recuo dos japoneses no Pacífico.
Segundo vários estudiosos, os americanos, já tinham decifrado os códigos japoneses e, portanto, conheciam o teor das mensagens secretas trocadas pelos japoneses, nas quais ficava claro que se Washington concordasse com a permanência no trono do imperador Hirohito (o que iria acontecer após Hiroshima e Nagasaki) não haveria obstáculo à rendição. Os livros de memórias de importantes figuras da época não deixam dúvidas, a respeito, do ato bárbaro que foi o massacre.
O almirante Ernest Joseph King, chefe das Operações Navais, disse que durante a maior parte de 1945 considerou desnecessário usar a bomba. Quanto à posição da Força Aérea, foi definida assim pelos generais Henry Harley Arnold e Curtis Emerson LeMay: “Se a bomba seria ou não lançada, não cabia à Força Aérea decidir. Mas a explosão não era necessária para ganhar a guerra ou evitar uma invasão.”
O almirante William Daniel Leahy, chefe de gabinete de Truman, estava convencido – como contaria em seu livro I Was There – que “o uso dessa arma bárbara em Hiroshima e Nagasaki não representava qualquer ajuda material na guerra contra o Japão”, pois os japoneses “já estavam derrotados e prontos para se renderem”.
O general George Marshall, Chefe do Estado Maior das Forças Armadas (que depois seria secretário de Estado e nome do famoso Plano de reconstrução da Europa), escreveu a 18 de julho de 1945: “o impacto da entrada dos soviéticos na guerra do Pacífico contra os já desesperados japoneses poderia muito bem ser a ação decisiva para levá-los à capitulação”.
“O Japão já estava derrotado. Usar a bomba era completamente desnecessário. Além do mais, nosso país não devia chocar a opinião pública mundial com a utilização de uma arma que já não era relevante para salvar vidas americanas”, escreveu o general Dwight D. Eisenhower (que chegaria a presidente) em seu livro de memórias. “Não era preciso ameaçar o Japão com aquela coisa pavorosa”, afirmou ainda. O comandante das forças aliadas no Pacífico, general Douglas MacArthur, disse não ter sido ouvido sobre o assunto – o governo limitara-se a informá-lo sobre a decisão. Ele repetiria muitas vezes, no futuro, que do ponto de vista militar considerava completamente desnecessário o uso da bomba atômica.
Ps: este post contou com o auxílio luxuoso do Blog do Argemiro Ferreira: http://argemiroferreira.wordpress.com/

Latinidad

Essa semana foi auspiciosa (para usar o termo na moda) participei do Evento de fundação do CESAL- Centro de Estudo Social da América Latina, foi um excelente encontro, de altíssimo nível. Com debates interessantíssimos nos campos das teorias pós-coloniais e da sociedade civil. Mas o melhor de um encontro como esse, é a chance de encontrar alguns colegas- neste caso ótimas conversas, ótimos encontros, ótimas trocas acadêmicas com César Baldi e Mirian Chagas- grandes colegas. E encontrar outros amigos aqui de BH. Mas nada se comparou a troca com os camaradas latinos, principalmente os colombianos. Foi ótimo, principalmente porque apresentávamos (eu e mais 3 colegas) um trabalho comparado entre o Brasil e a Colômbia, no que se refere a questão do direito territorial das comunidades negras.
O que já estava bom, fico melhor hoje, quando outra colega que trabalha no Museu Inhotim me convidou para acompanhar algumas pessoas que estão em BH para um evento vinculado a Unesco. E eis que sem saber, asboas energias, me fez acompanhar um grupo maravilhoso vejam bem de novamente colombianos, equatorianos, peruanos e nicaraguense. Todos acadêmicos e/ou lideranças sociais dos movimentos negros e indígenas. Vejam que coincidência maravilhosa: na semana que apresentamos um trabalho comparativo sobre a afro-latinidad inclusive para duas autoridades acadêmicas colombianas. Hoje tenho chance de conhecer o grande Ruben - ele próprio liderança importante do Palenque de San Basilo, ou então com a Profa. Alta Garifunda e reitora da Univ. Autônoma da Nicarágua. Para quem não sabe os Palenques da Colômbia e os Garifunas da Nicaragua são como os quilombolas do Brasil. Tudo isso só serviu para reforçar o sentimento de que já passou da hora do Brasil fingir não fazer parte da Latino-América. Devemos parar de olhar somente para a Europa. Como bem demonstrou o Ruben "a sus hermanos quilombolas de Brumadinho-Mg" tanto na cultura, como na linguagem ambos os povos se aproximam muito. Enfim dias en que yo hablei mucho e si duda logrou en mi uma latinidad que nie imaginaba.
****************
E a Marina Silva? Será que se filia ao PV? eis o assunto político do momento. Assunto espinhoso não pela Marina é claro. Figura humana e política da melhor cerpa, mas por causa do PV. Em quase todo as nações os verdes são partidos de esquerda- em alguns países de extrema esquerda- no Brasil é de direita. Isto é um fato inegável. Participa do governo Serra e Aécio, do governo Kassab, foi apoiado por PSDB e DEM no Rio. O Gabeira, esse eu não compro, pode agradar a orla sul do Rio, aquela que gosta de pousar de moderna mas é tão reacionária quanto a elite paulistana dos Jardins. Haja complicação neste possível novo partido de Marina. Por exemplo, aqui em Minas, o PV é área da direita raivosa com pessoas como Ciro e Carlayle Pedrosa, Mediolli, Romulo Vneroso entre outros de péssima fama e comportamento...seria acreditar m papai noel pensar que estas figuras largaram o osso ou mesmo que seriam expulsas do partido. Este é meu medo a grife Marina ser usado por essas figuras....no entanto, é inegável que sua possível candidatura incomode e, bastante, o príncipe. Afinal muito dos epitetos que poderiam ser usado a favor de Dilma cabem de melhor tom em Marina. É esperar para vermos.