Matéria do site do Azenha, link ai ao lado. Reproduzo essa matéria, pois o autor toca em um tema que sempre acreditei (e olha que isso não te nada haver com faculdade, leituras mais aprofundadas e etc), lembro-me que desde muito antes por volta dos 13, 14 anos já pensava dessa forma, talvez influência dos muitos apartamentos e seus quartinhos de empregada no bairro em que morava.
Quartinho de empregada sem janela resume relação da elite com negros e pobres
Não é preciso dizer uma só palavra. Basta ir aos fundos aqui do apartamento, no bairro "nobre" de São Paulo, para experimentar a realidade social brasileira: está lá o quartinho de empregada, sem janela para a rua, para confirmar. A arquitetura do país deu um jeito de trazer a senzala para dentro dos edifícios "chiques". Por mim, o espaço teria sido melhor aproveitado. Falta espaço para guardar livros.
Mas o quartinho de empregada resiste, firme e forte, um depósito de bugigangas bem diante do micro-banheiro, do qual é separado pelo tanque, pela máquina de lavar roupa e pelo aparelho que queima gás e esquenta a água. Hoje não deveria ser apenas o Dia da Consciência Negra. Deveria ser o Dia da Falta de Noção. Os patrões deveriam passar a noite no quartinho de empregada. Depois, os filhos, um a um, para se darem conta do abismo social que persiste no Brasil.
Um dia eu perguntei à Gilmara, que trabalhava de diarista aqui em casa, sobre o quartinho de empregada. Ela comentou e contou muitas outras coisas interessantes sobre o bairro. Falou sobre as festas de aniversário para cachorro e sobre o dia em que, num shopping de São Paulo, foi "detida" pela segurança e só pôde sair quando provou que era mãe do próprio filho. É que o menino é levemente "mais branco" que a mãe. Aí decidimos fazer a novela da Gilmara, que está na TV Viomundo.
Publicado em 20 de novembro de 2007
Quartinho de empregada sem janela resume relação da elite com negros e pobres
Não é preciso dizer uma só palavra. Basta ir aos fundos aqui do apartamento, no bairro "nobre" de São Paulo, para experimentar a realidade social brasileira: está lá o quartinho de empregada, sem janela para a rua, para confirmar. A arquitetura do país deu um jeito de trazer a senzala para dentro dos edifícios "chiques". Por mim, o espaço teria sido melhor aproveitado. Falta espaço para guardar livros.
Mas o quartinho de empregada resiste, firme e forte, um depósito de bugigangas bem diante do micro-banheiro, do qual é separado pelo tanque, pela máquina de lavar roupa e pelo aparelho que queima gás e esquenta a água. Hoje não deveria ser apenas o Dia da Consciência Negra. Deveria ser o Dia da Falta de Noção. Os patrões deveriam passar a noite no quartinho de empregada. Depois, os filhos, um a um, para se darem conta do abismo social que persiste no Brasil.
Um dia eu perguntei à Gilmara, que trabalhava de diarista aqui em casa, sobre o quartinho de empregada. Ela comentou e contou muitas outras coisas interessantes sobre o bairro. Falou sobre as festas de aniversário para cachorro e sobre o dia em que, num shopping de São Paulo, foi "detida" pela segurança e só pôde sair quando provou que era mãe do próprio filho. É que o menino é levemente "mais branco" que a mãe. Aí decidimos fazer a novela da Gilmara, que está na TV Viomundo.
Publicado em 20 de novembro de 2007
Fonte: http://viomundo.globo.com/site.php?nome=MinhaCabeca&edicao=1516
Um comentário:
Olá Carlos,
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