sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Poesia por toda parte

Como já dito, nesse mês da consciência negra, com temática idem:
Hoje Wally Salomão e Gilberto Gil, dois baianos arrertados. E viva a poesia tropicalista de Wally Salomão, um cara essencial em nossa cultura, no cinema, música, política. Uma pena que como os bons foi tão pouco conhecido.

Quilombo, o eldorado negro

Existiu
Um eldorado negro no Brasil
Existiu
Como o clarão que o sol da liberdade produziu
Refletiu
A luz da divindade, o fogo santo de Olorum
Reviveu
A utopia um por todos e todos por um

Quilombo
Que todos fizeram com todos os santos zelando
Quilombo
Que todos regaram com todas as águas do pranto
Quilombo
Que todos tiveram de tombar amando e lutando
Quilombo
Que todos nós ainda hoje desejamos tanto

Existiu
Um eldorado negro no Brasil
Existiu
Viveu, lutou, tombou, morreu, de novo ressurgiu
Ressurgiu
Pavão de tantas cores, carnaval do sonho meu
Renasceu
Quilombo, agora, sim, você e eu

Quilombo
Quilombo
Quilombo
Quilombo

(Waly Salomão e Gilberto Gil)

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