O post abaixo, com já esta explicado nele mesmo surgiu de reflexões a partir de um texto do Ricardo. Pois bem, o mesmo Ricardo deixou um post sobre esse texto, como o post toca em temas bastante interessante resolvi reproduzir aqui.
A respeito do comentário abaixo: concordo com o Ricardo é necessário que tenhamos mais compreensão ao trabalharmos com a memória, só quando sentimos na pele é que percebemos isso. As vezes as lembranças que surgem só são refletidas e tomam a forma discursiva alguns dias depois.
A respeito dessa temática e do ponto de vista mais estreitamente acadêmica, que não nos interessa por ora, foi tema de um excelente curso ministrado pela professora Andréa Zhouri.
Abaixo o comentário do Ricardo
O mais legal destas "voltas" ao passado é que estas reminiscências se tornam apenas uma referência parcial para reflexões, muitas vezes desconexas. Elas já não são mais as mesmas, claro, pelo simples fato de que as vemos com os olhos do presente, do que somos hoje. E mais tarde as veremos, novamente, de outras formas.
Gosto destas viagens...
Muitas vezes, durante nossos processos de pesquisa, ficamos estimulando nossos interlocutores a fazerem estas viagens e cobrando deles uma reflexividade quase que instantânea. Por isso é que o ideal é que o tempo de pesquisa seja o mais longo possível. As pessoas não só não se lembram de tudo ao mesmo tempo, como não conseguem processar muito bem o pouco que lembram. Pelo menos não da forma como, ingenuamente, gostaríamos.
Lembrar junto, apesar de um tanto quanto caótico para um processo de pesquisa, muitas vezes é bastante interessante. Em minhas parcas experiências, recordo bem que as vezes que tive esta oportunidade, de colocar, por exemplo, diversos irmãos em uma mesma mesa, com inúmeras fotografias antigas, ocorreu um orgasmo coletivo no meio da euforia incontida, com todos falando ao mesmo tempo, sorrindo, chorando, enfim, revivendo.
Quando me encontro com meus amigos de infância ocorre mais ou menos a mesma coisa. E aí eu sinto isso na pele.
E o mundo segue rodando...
A respeito do comentário abaixo: concordo com o Ricardo é necessário que tenhamos mais compreensão ao trabalharmos com a memória, só quando sentimos na pele é que percebemos isso. As vezes as lembranças que surgem só são refletidas e tomam a forma discursiva alguns dias depois.
A respeito dessa temática e do ponto de vista mais estreitamente acadêmica, que não nos interessa por ora, foi tema de um excelente curso ministrado pela professora Andréa Zhouri.
Abaixo o comentário do Ricardo
O mais legal destas "voltas" ao passado é que estas reminiscências se tornam apenas uma referência parcial para reflexões, muitas vezes desconexas. Elas já não são mais as mesmas, claro, pelo simples fato de que as vemos com os olhos do presente, do que somos hoje. E mais tarde as veremos, novamente, de outras formas.
Gosto destas viagens...
Muitas vezes, durante nossos processos de pesquisa, ficamos estimulando nossos interlocutores a fazerem estas viagens e cobrando deles uma reflexividade quase que instantânea. Por isso é que o ideal é que o tempo de pesquisa seja o mais longo possível. As pessoas não só não se lembram de tudo ao mesmo tempo, como não conseguem processar muito bem o pouco que lembram. Pelo menos não da forma como, ingenuamente, gostaríamos.
Lembrar junto, apesar de um tanto quanto caótico para um processo de pesquisa, muitas vezes é bastante interessante. Em minhas parcas experiências, recordo bem que as vezes que tive esta oportunidade, de colocar, por exemplo, diversos irmãos em uma mesma mesa, com inúmeras fotografias antigas, ocorreu um orgasmo coletivo no meio da euforia incontida, com todos falando ao mesmo tempo, sorrindo, chorando, enfim, revivendo.
Quando me encontro com meus amigos de infância ocorre mais ou menos a mesma coisa. E aí eu sinto isso na pele.
E o mundo segue rodando...
Nenhum comentário:
Postar um comentário