sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Curtinha- Brasil o país dos absurdos

Não aguento.
então vai lá.
Acabo de ouvir em um dos noticiosos da Radio Itatiaia, uma daquelas notícias exemplares do absurdo brasileiro. O absurdo da imensa desigualdade social.

Entre as várias matérias do jornal, duas me chamaram a atenção, ainda mais que foram apresentadas no mesmo bloco.

A primeira dizia respeito a greve dos operários da construção civil. Na matéria o presidente do sindicato da área, explicou que a greve se deve ao fato de que os patrões ofereceram 10% de aumento assim o salário da categoria sairia dos atuais 420,00 reais na capital dos mineiros para 462,00 reais. Segundo o presidente do sindicato tal quantia não é suficiente, visto que após os descontos: INSS. vale transporte e outros a categoria perde 15% do salário o liquido atual não chega aos 380,00 reais. Meu comentário: incrível, a construção civil cresce como nunca, o setor lucra como nunca, os condomínios de super-luxo estão cada vez mais presente nos anúncios publicitários, ah e para terminar grande parte dessa boa nova é fruto da desoneração do setor e da utilização de dinheiro público como o FGTS. Assim mesmo os patrões acreditam que o aumento justo a estes trabalhadores seja de apenas 10%, para a voluptuosa quantia de 462,00 reais.

A segunda matéria foi feita pelo correspondente da rádio no Rio de Janeiro e dizia respeito a um arrastão que ocorrerá em um condomínio chique da Barra da Tijuca. Tal arrastão ocorreu na garagem do edifício e foi direcionada para roubar cds e outros periféricos dos carros lá estacionados, detalhe os criminosos preferiram os carros importados. Pois bem, na reportagem foi ouvido um indignado e revoltado morador que apesar de pagar 650,00 reais de condomínio não se encontra seguro em sua própria casa e garagem. Meu comentário: o morador do condomínio tem toda razão em sua indignação. O que assusta nas matérias e é disto que se trata este post é o absurdo da desigualdade brasileira. Enquanto alguns ganham 420,00 reais que com os descontos não chega aos 380,00 reais (ISSO MESMO COMO PODE UM TRABALHADOR COM ESSE RENDIMENTO OLHAR PARA SEUS FILHOS) e outros pagarem de condomínio 650,00 reais. Como diz um amigo: o mundo continua a girar. É a lógica do quartinho de empregado, pena que esse morador indignado (e volto a repetir com razão) não se indigne também com essa desigualdade absurda.

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