Apesar do cessar-fogo aprovado pela ONU. O massacre continua. E os dados são cada vez mais perturbadores. Na contagem macabra o número de mortos já chega a quase 1000. Repito mil vidas humanas perdidas. E não me venham com esse papo de 1/4 de civis. Ora como disse tenazmente o deputado norte-americano Denis Kuchner (um dos 5 bravos deputados norte-americanos que ousarem discordar de Israel) não existe Estado Palestino e nem exercito Palestino, portanto não há de se falar em vitimas civis. E começa-se a perder também a guerra da mídia. É estranho a banalização do mal. A imprensa brasileira, que cobria com voracidade o que eles denominam de "conflito" ou "guerra", - ambas denominações erradas, pois trata-se de um massacre - agora já não trata o "conflito" com a mesma intensidade, como-se com o passar dos dias a violência se torne algo aceitável. Além disso, percebe-se uma mudança no próprio tratamento da mídia. Se no começo a mesma falava em conflito e guerra, no sub-texto se via críticas, algumas até mais virulentas a Israel. No entanto, desde meados da semana passada o tom mudou. Bem ao gosto das reações diplomáticas israelense. Fruto óbvio do lobby pró-israel. Nós aqui nos recusamos a aceitar a banalização do mal e continuamos em nossa luta pró fundação do Estado Palestino e pela convivência pacífica entre Israel e Palestina.
Ps: nosso post a favor dos jovens israelenses e contra a intolerância foi recomendado em uma grande lista de debates do movimento negro. Ou seja, essa é a mensagem: denunciamos o racismo israelita, pois ele vai contra os melhores sentimentos israelenses; e exatamente, por isso nos recusamos a cair na lei do dente por dente e defendermos o anti-sionismo. Não. Não defenderemos nem um décimo do sofrimento Palestino para os Israelenses.
Já corre na blogosfera uma denúncia bastante séria. Israel estaria praticando o Escolaticidio. Ou seja, a destruição proposital de todo o sistema educacional Palestino. Já foram destruídas dezenas de escolas, universidades e mesmo o ministério da educação. Lamentável tal fato, em si mais uma violação das leis internacionais de guerra. Parece-me que nessa loucura moral e ética que Israel mergulhou voltamos a época das trevas, a perseguição ao saber. Israel assim repete a velha máxima de que a ignorância é a maior parceira da dominação (aliás alguns documentos e pronunciamentos das das autoridades belicosos desse país demonstram descontentamento com o alto nível educacional dos Palestinos e sua influência na luta pela criação do Estado Palestino), já vimos isso na escravidão brasileira e mesmo nas camadas mais pobres da nossa população até os anos noventa do século passado. Detalhe, NADA INSIGNIFICANTE apesar da ocupação, o povo Palestino é um dos mais educados do mundo. Com parte da população com nível superior, com destaques na área da engenharia e medicina; fato reconhecido mesmo na Europa. Eis outra das contradições do massacre: Israel empurra uma das populações mais educadas (incluindo ai uma maioria de mulheres) e secularizadas do Islã falante além do árabe do inglês para o lado dos fundamentalistas. Esta cada vez mais claro e, mesmo jornais conservadores e pró-Israel começam a comentar: mais importante do que destruir o Hamas, Israel pretende mesmo é impedir a existencia do Estado Palestino. Daí sucessivas "guerras cirúrgicas" que em nada contribui para um processo de paz duradouro, muito pelo contrário serve para aumentar o ódio de parte a parte.
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