Um comentarista do blog do Pedro Dória que se intitula Bitt, especialista em armamentos traz algumas informações interessantes sobre o massacre israelense.
bitt // 5/January/2009 às 10:18
(...) do ponto de vista estritamente militar, o Hamas não tem a menor condição de fazer correr “sangue sionista”. Irá matar alguns soldados israelis, mas é só.
As condições entre essa operação e a de 2006 são totalmente diversas. O Hesbolá (que é sempre posto como termo de comparação) tem uma estrutura militar q transcende uma mera organização de guerrilha, acesso a fronteiras amigáveis e abertas e apoio de uma potência regional - o Iran. Utilizou mto bem a “defesa em profundidade” e “neutralização de choque por absorção”, o q indica q tinham treinamento de primeira. Dispunham de armamento “estado da arte”. Resultado: o combate lá era convencional, entre forças mais-ou-mns equilibradas (é meio longo explicar os motivos, mas é fácil encontrar boas análises na Internet).
Não é o caso em Gaza: região altamente urbanizada e, pior, segundo as formas de cidade árabe tradicional; densamente povoada (parece que 15000 habs/km2; seviços públicos mto conectados com os de Israel (fornecimento de energia, água potável e alimentos). Pode parecer vantagem para o defensor, mas nem sempre é. Será se os milicianos tiverem treinamento e equipamento. Tenho dúvidas se tem um e outro.
O Hamas não é um exército propriamente dito - não tem existência formal, estrutura intercontectada e bases e depósitos permamentes (os tais foguetes só são usados porq podem ser escondidos facilmente e tranportados no lombo de uma mula). São uma milícia, uma tropa leve, com unidades altamente descentralizadas, capazes de alto grau de iniciativa e sem armamento pesado. Numa situação do tipo dessa, grupos com 15 até 200 elementos perdem o contato entre si, e passam a agir de forma descoordenada (uma das características do Hesbolá em 2006 era a posse de mto equipamento móvel de comunicação e o uso da rede local - que Israel tentou anular, sem conseguir).
Uma outra característica interessante é q, em 2006, os israelis pareciam realmente tentar evitar atingir a população civil. Desta vez, a intenção parece contrária - parecem querer, de forma deliberada, atingir todo mundo. Se o caso fosse de “destruir a infra-estrutura do Hamas”, bastaria organizar “operações especiais aéreas” - no q eles são mestres. Existem equipamentos (”vetores”, na linguagem da área) capazes de, literamente, “entrar” num prédio. Porq não estão usando essas coisas? Israel é dos maiores fabricantes mundiais de armamento inteligente (o material disponível pela FAB, nessa área, é, na maior parte, de origem israeli); o equipamento aéreo é de primeira (os tais F16D lote 52 “Soufa”) e a inteligência militar, também. Ninguém em juízo perfeito (bem, o chesterton, mas esse não conta…) diria q Israel é uma “vítima”. É a quinta ou sexta maior potência militar do mundo.
Gabriel - leve isso em consideração - o tal video pode ser hoax, mas o método q está sendo usado pelos israelis, não. A não ser q TODA a imprensa mundial seja “anti-sionista”, o exército passou a, nos últimos dias, utilizar tiros balísticos de artilharia disparado por blindados e artilharia autopropulsada. Não espero q um leigo saiba (tvz vc saiba) o q é isso, mas posso garantir: e de extrema crueldade, e é intencional.
E digo isso pq um tiro de artilharia não tem controle algum. Um FROG, como os foguetes do Hamas, pode ser visto, um tiro de canhão, não: cai de maneira aleatória sobre uma área ampla, um quadrado numa grelha, posta sobre um mapa. O cara só escuta um assobio e… BUM! A potência da explosão derruba tudo, num raio de 20 até 50 metros, dependendo do explosivo. Provoca estilhaços de tudo qto é tipo. Mata mesmo. Mata quem estiver perto.
Não é coisa de “mitologofilos” (seja lá o q isso for). Não existe comparação possível entre os foguetes do Hamas e a máquina militar israeli. Admitamos que os foguetes já mataram 40 pessoas nos últimos anos (acho q é por aí), q não é aceitável atacar civis, e que um estado constituído tem direito (eu diria, o dever) de defender seus cidadãos). Mas a gradação na aplicação de força deve ser levada em consideração. (...) Certamente existem os argumentos de que os palestinos elegeram o Hamas, q “apoiam o terrorismo”, e tal. Pode ser parcialmente verdade, mas existem meios de lidar politicamente e militarmente com uma população antipática.
Se pusermos a memória para funcionar, é o q Rabin, Begin e Meir sabiam fazer. Usavam inteligentemente o capital politico q tinham. Combinavam, de forma sempre inteligente e por vzs brilhante, o uso da força, a propaganda e a negociação (Camp David, por exemplo). Porq o Estado de Israel q deveria ser herdeiro dessa tradição, resoveu lançá-la no ralo, ao longo dos últimos 20/30 anos. (...) Mas minha opinião é q já é tempo de dizer do governo do Estado de Israel o q deve ser dito - são anões políticos, e anões assassinos. E estão levando o povo de Israel por uma via q autoriza o resto da humanidade a estabelecer, ainda q não queira (eu pelo mns, não quero…) as piores comparações possiveis.
(...) do ponto de vista estritamente militar, o Hamas não tem a menor condição de fazer correr “sangue sionista”. Irá matar alguns soldados israelis, mas é só.
As condições entre essa operação e a de 2006 são totalmente diversas. O Hesbolá (que é sempre posto como termo de comparação) tem uma estrutura militar q transcende uma mera organização de guerrilha, acesso a fronteiras amigáveis e abertas e apoio de uma potência regional - o Iran. Utilizou mto bem a “defesa em profundidade” e “neutralização de choque por absorção”, o q indica q tinham treinamento de primeira. Dispunham de armamento “estado da arte”. Resultado: o combate lá era convencional, entre forças mais-ou-mns equilibradas (é meio longo explicar os motivos, mas é fácil encontrar boas análises na Internet).
Não é o caso em Gaza: região altamente urbanizada e, pior, segundo as formas de cidade árabe tradicional; densamente povoada (parece que 15000 habs/km2; seviços públicos mto conectados com os de Israel (fornecimento de energia, água potável e alimentos). Pode parecer vantagem para o defensor, mas nem sempre é. Será se os milicianos tiverem treinamento e equipamento. Tenho dúvidas se tem um e outro.
O Hamas não é um exército propriamente dito - não tem existência formal, estrutura intercontectada e bases e depósitos permamentes (os tais foguetes só são usados porq podem ser escondidos facilmente e tranportados no lombo de uma mula). São uma milícia, uma tropa leve, com unidades altamente descentralizadas, capazes de alto grau de iniciativa e sem armamento pesado. Numa situação do tipo dessa, grupos com 15 até 200 elementos perdem o contato entre si, e passam a agir de forma descoordenada (uma das características do Hesbolá em 2006 era a posse de mto equipamento móvel de comunicação e o uso da rede local - que Israel tentou anular, sem conseguir).
Uma outra característica interessante é q, em 2006, os israelis pareciam realmente tentar evitar atingir a população civil. Desta vez, a intenção parece contrária - parecem querer, de forma deliberada, atingir todo mundo. Se o caso fosse de “destruir a infra-estrutura do Hamas”, bastaria organizar “operações especiais aéreas” - no q eles são mestres. Existem equipamentos (”vetores”, na linguagem da área) capazes de, literamente, “entrar” num prédio. Porq não estão usando essas coisas? Israel é dos maiores fabricantes mundiais de armamento inteligente (o material disponível pela FAB, nessa área, é, na maior parte, de origem israeli); o equipamento aéreo é de primeira (os tais F16D lote 52 “Soufa”) e a inteligência militar, também. Ninguém em juízo perfeito (bem, o chesterton, mas esse não conta…) diria q Israel é uma “vítima”. É a quinta ou sexta maior potência militar do mundo.
Gabriel - leve isso em consideração - o tal video pode ser hoax, mas o método q está sendo usado pelos israelis, não. A não ser q TODA a imprensa mundial seja “anti-sionista”, o exército passou a, nos últimos dias, utilizar tiros balísticos de artilharia disparado por blindados e artilharia autopropulsada. Não espero q um leigo saiba (tvz vc saiba) o q é isso, mas posso garantir: e de extrema crueldade, e é intencional.
E digo isso pq um tiro de artilharia não tem controle algum. Um FROG, como os foguetes do Hamas, pode ser visto, um tiro de canhão, não: cai de maneira aleatória sobre uma área ampla, um quadrado numa grelha, posta sobre um mapa. O cara só escuta um assobio e… BUM! A potência da explosão derruba tudo, num raio de 20 até 50 metros, dependendo do explosivo. Provoca estilhaços de tudo qto é tipo. Mata mesmo. Mata quem estiver perto.
Não é coisa de “mitologofilos” (seja lá o q isso for). Não existe comparação possível entre os foguetes do Hamas e a máquina militar israeli. Admitamos que os foguetes já mataram 40 pessoas nos últimos anos (acho q é por aí), q não é aceitável atacar civis, e que um estado constituído tem direito (eu diria, o dever) de defender seus cidadãos). Mas a gradação na aplicação de força deve ser levada em consideração. (...) Certamente existem os argumentos de que os palestinos elegeram o Hamas, q “apoiam o terrorismo”, e tal. Pode ser parcialmente verdade, mas existem meios de lidar politicamente e militarmente com uma população antipática.
Se pusermos a memória para funcionar, é o q Rabin, Begin e Meir sabiam fazer. Usavam inteligentemente o capital politico q tinham. Combinavam, de forma sempre inteligente e por vzs brilhante, o uso da força, a propaganda e a negociação (Camp David, por exemplo). Porq o Estado de Israel q deveria ser herdeiro dessa tradição, resoveu lançá-la no ralo, ao longo dos últimos 20/30 anos. (...) Mas minha opinião é q já é tempo de dizer do governo do Estado de Israel o q deve ser dito - são anões políticos, e anões assassinos. E estão levando o povo de Israel por uma via q autoriza o resto da humanidade a estabelecer, ainda q não queira (eu pelo mns, não quero…) as piores comparações possiveis.
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