Segundo a Revista Exame nunca houve tantos super-ricos no país, e eles nunca surgiram tão rapidamente. Segundo a revista isso se deve a abertura de capital das empresas na Bolsa de Valores. Foi esse processo, que permitiu nos últimos anos que 30 acionistas se tornassem bilionários, acumulando um patrimônio de cerca de 50 bilhões de reais em valores de hoje. No topo dessa nova elite está o empresário Eike Batista, da mineradora MMX. O patrimônio do empresário carioca é de 7 bilhões de reais, segundoa revista a maior fortuna pessoal gerada no Brasil nos últimos quatro anos. Eis a lista dos novos bilionários brasileiros, captaneadas pelo mineiro Rubens Menin da MRV Construtora:
Rubens Menin Teixeira de Souza MRV/construção 2,5 bilhões
Edson de Godoy Bueno Amil/planos de saúde 2 bilhões
Dulce Bueno Amil/planos de saúde 1,9 bilhão
Silvio Santos Panamericano/banco 1,6 bilhão
José Isaac Peres Multiplan/administração de shopping centers 1,4 bilhão
Meyer Joseph Nigri Tecnisa/incorporação imobiliária 1,2 bilhão
Norberto Nogueira Pinheiro Pine/banco 1,2 bilhão
Hilda Diruhy Burmaian Sofisa/banco 1,2 bilhão
Marcos Antonio Molina dos Santos Marfrig/alimentos 1 bilhão
Marcia A.P.M. dos Santos Marfrig/alimentos 1 bilhão
Fábio Roberto Chimenti Auriemo JHSF/incorporação imobiliária 1 bilhão
José Auriemo Neto JHSF/incorporação imobiliária 1 bilhão
Luis Felippe Indio da Costa Cruzeiro do Sul/banco 1 bilhão
João Uchôa Cavalcanti Netto Estácio Participações/ ensino superior 1 bilhão
A principal informação que me chamou atençao nessa matéria da Revista Exame, e demonstra como a concentração de renda continua presente em nossa sociedade e que aqui ainda não se conhece efetivamente o chamado self made man, apesar do clima da revista tentar desmentir esa realidade. Esse dado entre outras coisas demonstram que nossa sociedade ainda não atingiu o ideal republicano. Bons negócios aqui ainda dependem da origem(status), contatos e privilégios (o jeitinho brasileiro). Na lista dos novos bilionários o único self made man é Edson Bueno, fundador da Amil, maior empresa de planos de saúde do país. Nascido em Guarantã, no interior de São Paulo, o empresário tem mãe dona-de-casa e padrasto caminhoneiro. Quando criança, Bueno se notabilizou pelo sofrível desempenho na escola. Repetiu a quarta série quatro vezes. Para se virar, chegou a trabalhar como engraxate. Outro self made man é ele o showman Silvio Santos, mas nesse caso ele já era um bilionário a decadas, a abertura de capital só tornou pública a sua real riqueza já tão badalada. Segundo a revista:
"Dos 14 da lista, oito vieram da classe média. Apenas um deles, Norberto Nogueira Pinheiro, fundador do banco Pine, nasceu rico. Quatro se tornaram bilionários a reboque de cônjuges ou pais empreendedores. A controladora do banco Sofisa, Hilda Diruhy Burmaian, abriu o capital do banco após a morte de seu marido e fundador da companhia, Varujan Burmaian. Tem 1,2 bilhão de reais em ações do Sofisa. Os dois donos do frigorífico Marfrig, o empresário Marcos Molina dos Santos e sua mulher, Marcia, acumulam um patrimônio de 1 bilhão de reais cada um. E Fábio e José Auriemo, pai e filho, controlam a construtora JHSF e têm uma fortuna individual de 1 bilhão de reais. (...)As histórias mais impressionantes são aquelas de empreendedores que saíram do zero. (...) O outro é Edson Bueno, fundador da Amil, maior empresa de planos de saúde do país. Nascido em Guarantã, no interior de São Paulo, o empresário tem mãe dona-de-casa e padrasto caminhoneiro. Quando criança, Bueno se notabilizou pelo sofrível desempenho na escola. Repetiu a quarta série quatro vezes. Para se virar, chegou a trabalhar como engraxate."
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