quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Interatividade

Como uma das coisas bacanas dos blogs é a interatividade. Abaixo publico alguns comentários interessante; primeiro sobre o texto que escrevi "Um tiro em Copacabana é uma coisa. Um tiro na Coréia (periferia) é outra.
Os comentários são dos amigos Daniel e Barbi:

Daniel disse:
O comentário será por partes porque o post traz uma enormidade de temas interessantes.
Não me espanta que esta estaparfúdia declaração do Beltrame tenha sido tão pouco repercutida. Infelizmente, pra nossa mídia existe diferença entre um tiro em Copacabana e na Coréia. Enquanto uma bala perdida que vitima alguém na Barra se torna um incrível cavalo de batalha, dois homens sendo perseguidos por um helicóptero se torna atração de tv. Eram traficantes? Sim. Mas isso não so diminui como seres humanos. Em nenhum momento foi falado nada sobre a cena, triste é verdade, dos dois correndo da morte, sem sucesso diga-se de passagem. Ah, se fosse no Leblon... O Beltrame estaria desempregado hoje... Realmente um tiro na Coréia é diferente de Copacabana.
E tem razão também o ilustre governador. Aquilo é uma fábrica de bandido! Que perigo para a imaculada juventude de classe média! Tantos bandidos por perto! Ainda bem que por enquanto o crime não chegou nessa juventude. Eles ainda se divertem apenas em Lan Houses, na praia ou espancando empregadas domésticas. Ops, prostituta... Achavam que era uma prostituta... Aí sim, podia. Foi erro de alvo. Erro estratégico. Também, quem mandou a empregada parecer prosituta. A culpa no final é dela! Ah, temos de dar um desconto também porque eram jovens de 19, 20 e 21 anos... quase crianças! Sem noção de mundo. Muito diferentes desses pivetes da favela! Esses sim, marginais desde o ventre! E por falar em ventre, quer piada maior que a do ventre livre... Lei assinada à lapis.
Sobre as estatísticas de menos prisões (- 23,6%), menos armas apreendidas (-14,3%) e mais mortos (33,5%). Que beleza! Nessa toada em breve teremos prisões mais vazias! Plano a longo prazo. Choque de gestão. Seja o que for, tem sido bem sucedido. E viva o BOPE como instrumento do controle de natalidade marginal! Ah BOPE, se todos fosse no mundo iguais a você... não sobraria ninguém!
E pra terminar, sobre o ilustre Beltrame. Formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em Administração de Empresas e Administração Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especializou-se em Inteligência Estratégica na Universidade Salgado de Oliveira e na Escola Superior de Guerra. Fez curso de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública e de Análise de Dados de Inteligência Policial, Sistema Guardião. Tanto tempo estudando e não aprendeu nada que preste! O desperdício de vida! (ou vidas)

"Tropa de elite osso duro de roer, pega um pega geral, e também vai pegar você!"

Rafael Barbi disse:
Essa idéia da legalização do aborto como forma de controle da criminalidade vem de alguns estudos feitos nos EUA. Quando li achei chocante, mas a pesquisa que afirmou isso na verdade tinha como fundo o fato de que sofrer maus tratos nos dois primeiros anos é um experiência que costuma a formar propenção à violência - dessa forma filhos rejeitados pelas mães tem mais chances de serem violentos e mãe com direito ao aborto têm o direito de rejeitar os filhos que não querem....

A questão é que a outras pesquisas chegaram à conclusão que fazer um serviço social funcional - ajudando mães em situação de risco a cuidarem dos filhos adequadamento - funciona do mesmo jeito.

Acho que todo mundo com algum bom senso é pró-escolha, mas advogar o aborto como uma prática de controle da criminalidade é falta de noção.

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