sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Abanjá em yorùbá, “Na luta agora já!”

Olá amigos e comparsas

esse blog nasce com a idéia de ser mais um espaço na aldeia global,
onde possamos debater os mais diversos assuntos, sempre pautados
pelo compromisso de dizermos tudo o que pensarmos.

Esse blog se pretende plural e aberto, mas antes de tudo este é um
espaço onde podemos expressar nosso sentimento quilombista.

Bem vindo ao nosso Ilê Axé

Que noite mais funda Calunga
No porão de um navio negreiro
Que viagem mais longa candonga

Ouvindo o batuque das ondas
Compasso de um coração de pássaro no fundo do
Cativeiro

É o semba do mundo calunga
Batendo samba em meu peito

KÂÔ KABIECILÊ KÂÔ Ô Ô
OKÊ ARÔ OKÊ

Quem me pariu foi o ventre de um navio
Quem me ouviu foi o vento no vazio
Do ventre escuro de um porão

Vou baixar no seu terreiro
Epa raio machado trovão
Epa justiça de guerreiro

Ê semba ê ê samba á
O batuque das ondas nas noites mais longas
Me ensinou a cantar
Ê semba ê ê samba á
Dor é o lugar mais fundo
É o umbigo do mundo
É o fundo do mar

Ê samba ê ê samba á

No balanço das ondas
OKÊ ARÔ me ensinou a bater seu tambor
Ê samba ê ê samba á
No escuro do porão eu vi o clarão
Do giro do mundo
Ê semba ê ê samba á
É o céu que cobriu nas noites
de frio

minha solidão

ê semba ê ê samba á
é oceano sem fim sem amor
sem irmão
ê KÂO quero ser seu tambor

ê semba ê ê samba á
eu faço a lua brilhar
o esplendor e clarão
luar de Luanda em
meu coração

UMBIGO DA COR
ABRIGO DA DOR
a primeira umbigada
MASSEMBA YÁYÁ
MASSEMBA é o samba que dá

Vou aprender a ler
Pra ensinar meu camaradas



YÁYÁ MASSEMBA
Roberto Mendes/ Capinam

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