Eu particularmente nunca tinha ouvido falar do cara até o começo desse ano, quando uma colega em um trabalho de campo percebendo em meu MP5 as minhas preferências musicais se assustou diante da minha negativa em relação ao nome Noriel Vilela. Bem a correria do começo do ano acabou me afastando de uma pesquisa mais efetiva sobre o Cara, ainda que sempre a Lara me cobrando ouvir o Cara. Pois bem, a umas duas semanas foi a vez de outro amigo me recomendar o Noriel. Pois bem só me restou correr atrás. Veja a minha resposta a ambos: enfim estou ouvindo o grande Noriel Vilela. Muitooo boommm. Afinal " eu acredito sim, não fala mal da umbanda perto de mim" Minha coleção macumbeira tá cada vez maior.
Segundo a não tão confiável Wikipedia:
Noriel Vilela fez carreira como integrante do grupo vocal de samba Cantores de Ébano, que teve relativo sucesso nos anos 1950. Vilela também lançou o álbum-solo Eis o Ôme em 1968. Por essa época, Vilela morreu repentinamente e o Cantores de Ébano se desfez por algum tempo, até que se encontrasse um substituto à altura para o cantor.
A voz do cantor é um baixo profundo com uma dicção única no samba. Seu segundo álbum Eis o Ôme é uma sucessão de faixas de sambalanço com forte tempero afro, não apenas na sonoridade, como também na temática, voltada para a umbanda.
Vilela goza atualmente de um revival cult entre os admiradores do sambalanço e seu nome é facilmente encontrável nas redes de compartilhamento de arquivos da internet.
Pois bem, concordamos com a Wiki, Eis o Ôme é discografia básica. É um disco que se ouve do começo ao fim e, após o fim se ouve novamente. Ah havia me esquecido de fato trata-se de um disco voltado, para a Umbanda e nao para o Candomblé. Daí por exemplo mesmo na sudação a Xangô, ser em português e não no tradicional yorubá Oke Aro Oke. Trata-se de tarefa inglória escolher algumas músicas e nesse caso será sempre uma questão muito pessoal. Mas vamos lá: destaque para a faixa 2 Sravando Xangô de chamamento a ele sempre ele, "a Voz que faz o chão tremer". Para a faixa 4 Meu Caboclo não deixa e a performance vocal de Noriel. Aliás durante todas as cançoes chama a atenção as interpretações e mesmo o falar do cantor, que busca reproduzir o modo de dizer das entidades e encantados brasileiros que baixam nas sessões de umbanda (nesse caso destaque para a faixa 7 Eu tô vendo no copo). Mais para o fim do disco as últimas faixas têm-se um certo abandono do samba, aquele que a Wiki erroneamente chama de sambalanço algo que só seria criado pelo genial Jorge Ben alguns poucos anos depois desse disco e se encaminha para o Funk com o balancê todo brasileiro, destaca-se ai Cacundê, Cacundá e Acocha Malungo.Enfim corra para ouvir. Noriel que morreu jovem tem outros trabalhos gravados com os Cantores de Ebano em que se destaca 16 toneladas, versão portuguesa de grande sucesso do blues norte-americano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário