Miscigenação diminui o QI dos brasileiros.
Charles Murray, autor desta frase imbecil e racista estará na UFMG no próximo dia 22 e nos brindará com a explicação de sua teoria "matemática" sobre os QI. O mais notável é que esse cientista político (não sabia ser o QI especialidade dessa área) diz não se importar com as críticas, posição política interessante essa... Bom enfim, vai ver que ele tem razão (eu como miscegenado para alguns e negro por auto-definição e cientista do social por formação) é que não consigo entender essa lógica.Na qual a prova matemática deve ser a ausência de professores negros na UFMG, que como lembra o antropológo José Jorge não chega aos 20 professores (em um universo de aproximadamente 4500), sendo que deste a metade esta na FAE... No fundo apesar de um monte de e-mails raivosos que já recebi sobre esse evento ...Murray e UFMG até que tem haver.
Esses dias tem sido "animados" primeiro é o candidato Márcio Lacerda que em entrevista diz que se tem que ter claro que parte do problema da violência se deve a genética de alguns, ou seja o problema é natural e não social, depois é um cineasta que assina uma coluna na Revista Trip em que alegremente conta a história de quando estuprou sua empregada negra (como se isso fosse normal) e no fim até acha graça do caso e tal como ele, acredita que a vítima hoje deve rir do episódio (arghhh- sem comentários) agora essa visita do Murray. Bom poderia aqui ser ingênuo e achar tudo isso uma coincidência, mas não é. Só foi o movimento negro colocar a cabeça para fora, o dedo no problema e exigir direitos que a onda contrária saiu do armário e veio com tudo. Por isso apesar das chateações com essas posições, acredito é que devemos encará-las (os que defende as políticas diferencialistas) de frente, afinal o contra-ataque faz parte do jogo. Ao nos colocarmos na arena pública devemos estar preparado para a disputa.
Por fim só para apimentar um pouco mais, o problema é que esse charlatão(como deixou a entender um amigo que leu o principal livro desse Murray) vem em um evento sério discutir a questão do desenvolvimento acadêmico em nossa universidade....por isso digo, não é falta de discernimento é opção mesmo.
Charles Murray, autor desta frase imbecil e racista estará na UFMG no próximo dia 22 e nos brindará com a explicação de sua teoria "matemática" sobre os QI. O mais notável é que esse cientista político (não sabia ser o QI especialidade dessa área) diz não se importar com as críticas, posição política interessante essa... Bom enfim, vai ver que ele tem razão (eu como miscegenado para alguns e negro por auto-definição e cientista do social por formação) é que não consigo entender essa lógica.Na qual a prova matemática deve ser a ausência de professores negros na UFMG, que como lembra o antropológo José Jorge não chega aos 20 professores (em um universo de aproximadamente 4500), sendo que deste a metade esta na FAE... No fundo apesar de um monte de e-mails raivosos que já recebi sobre esse evento ...Murray e UFMG até que tem haver.
Esses dias tem sido "animados" primeiro é o candidato Márcio Lacerda que em entrevista diz que se tem que ter claro que parte do problema da violência se deve a genética de alguns, ou seja o problema é natural e não social, depois é um cineasta que assina uma coluna na Revista Trip em que alegremente conta a história de quando estuprou sua empregada negra (como se isso fosse normal) e no fim até acha graça do caso e tal como ele, acredita que a vítima hoje deve rir do episódio (arghhh- sem comentários) agora essa visita do Murray. Bom poderia aqui ser ingênuo e achar tudo isso uma coincidência, mas não é. Só foi o movimento negro colocar a cabeça para fora, o dedo no problema e exigir direitos que a onda contrária saiu do armário e veio com tudo. Por isso apesar das chateações com essas posições, acredito é que devemos encará-las (os que defende as políticas diferencialistas) de frente, afinal o contra-ataque faz parte do jogo. Ao nos colocarmos na arena pública devemos estar preparado para a disputa.
Por fim só para apimentar um pouco mais, o problema é que esse charlatão(como deixou a entender um amigo que leu o principal livro desse Murray) vem em um evento sério discutir a questão do desenvolvimento acadêmico em nossa universidade....por isso digo, não é falta de discernimento é opção mesmo.
2 comentários:
Um absurdo essa entrevista mesmo. O Miro, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Rio, enviou a seguinte carta para a revista:
À redação da revista ISTO É.
>
> A entrevista com o cientista político estadunidense, Charles Murray,
> veiculada via site deste periódico, mais uma vez nos revela o quão danoso é
> o pensamento convervador para o desenvolvimento da humanidade. Vide a mais
> recente crise econômica (aí sim "um indiscutível fato empírico" para usar
> algumas palavras do entrevistado), que tem como base o que se convencionou
> chamar de neoliberalismo. O título da matéria e o teor das respostas apenas
> reforçam esta constatação.
>
> Fica evidente de que lado da ponte de onde este cientista político fala e a
> ausência de um contraponto, devido à gravidade de sua principal observação
> (daí o destaque da chamada para a entrevista) evidencia, para ser elegante,
> um equívoco no planejamento de apuração desta matéria. Nesta edição
> veiculada só um fala (Murray), mesmo com as contradições explícitas ao se
> confrontar a primeira parte da entrevista com a segunda. Ele afirma uma
> coisa e mais adiante flexibiliza, reforçando o que qualquer aplicado(a)
> universitário(a) sabe: que o desenvolvimento da inteligência é influenciado
> por N fatores, mas não determinada isoladamente o destino de um indivíduo ou
> de um grupo. Portanto, mesmo do campo de onde ele fala há variações,
> que abalam o pretenso rigor matemático por ele advogado.
>
> A sua penúltima fala (" Agora, aos 65 anos, não ligo mais para o que as
> pessoas pensam") é nitidamente contraditória para quem exerce a função de
> cientista político que lança livro e vem ao Brasil falar para uma
> representação acadêmica. Cientista político vive também do diálogo, que pode
> ser ou não discordante com a sua análise dos fatos. Afinal o que seria da
> política sem a conversa?
>
> Para a revista fica a sugestão de apresentar, apesar de em outra edição, o
> contraditório. Que tal ouvir "o outro lado" na medida em que a entrevista
> gera uma séria e relevante polêmica? Certamente dentro e fora das academias
> estadunidense e brasileira há os que se contrapõem ao senhor Charles Murray.
>
> Vamos ouví-los, especialmente a representação política organizada (Movimento
> Negro) da comunidade atingida pelos (pre)conceitos deste cientista político.
>
>
> A propósito, seria interessante ouvir também os responsáveis pelo seminário
> "O Impacto dos Resultados Pisa e a Formação de Intelectuais na América
> Latina". Será que o Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade
> Federal de Minas Gerais, ao promover a vinda deste cientista político,
> preocupou-se também com o contraponto? Seria uma rendição à tese de "baixo
> QI" se a UFMG deixasse de reservar espaço para o debate, o que certamente
> NÃO acontecerá visto a notória índole democrática desta conceituada
> instituição de ensino público brasileira.
> E na certeza de que isso será promovido, certamente estão à disposição para
> este diálogo representantes de áreas como a Educação (p.ex. Pnesb/Uff), a
> Política (p.ex. Frente Parlamentar pela Igualdade Racial- da Câmara dos
> Deputados) e o Direito (p.ex. Ministério Público), para ampliar o alcance do
> debate, pois discutir Educação e a articulação desta com a Intelectualidade
> é vital para o desenvolvimento de qualquer país.
>
>
>
>
> Cordialmente.
>
> Miro Nunes (*)
> RG: 04544534-3
> Endereço: Rua Conde de Bonfim, 1178/ 113, Tijuca, Rio de Janeiro, RJ.
> Telefone: (21) 8259-0852.
>
> (*) Integrante da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do
> Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
> (Cojira/SJPMRJ - correio eletrônico afrojor_rj@hotmail.com ) e membro da
> Comissão Nacional de Jornalitas pela Igualdade Racial (Conjira) ligada à
> Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj).
Valeu Cojira! Temos mesmo que ragir essa orquestração dos contras.
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