quarta-feira, 4 de junho de 2008

OBAMA É O CANDIDATO DEMOCRATA II

Ao entrar, Obama não consegue falar tamanhos os aplausos.

‘Que recepção maravilhosa, Saint Paul!’ Agradece à mulher, às filhas, à equipe, aos voluntários. ‘Obrigado à minha avó que ajudou a me criar e está no Hawaii porque não pode viajar.’

Porque vocês decidiram que mudanças devem ocorrer em Washington, porque vocês escolheram que não deveriam prestar atenção em seus medos e sim investir em suas esperanças, hoje posso dizer que serei o candidato democrata à presidência dos Estados Unidos da América. (O público não o deixa falar.)

Devemos nos orgulhar do fato de que nosso partido colocou a melhor equipe de candidatos que jamais concorreram a este cargo. Estes são líderes que valerão para sempre. Aí fala de Hillary, no trecho citado abaixo. O público aplaude com veemência o nome de Hillary.

Nosso partido é um partido melhor por causa de Hillary. E eu sou um candidato melhor por ter concorrido com ela. Alguns sugerem que estas primárias nos deixaram mais fracos. Não. Por causa destas primárias, muitos americanos votaram pela primeira vez. É algo que democratas, republicanos e independentes entendem.

Vocês sabem que, neste momento que definirá uma geração, nós devemos parar de fazer tudo o que temos feito. (Incrivelmente aplaudido. Yes we can!, seu bordão, é clamado pelo público.)

Honro o histórico de John McCain e honro suas conquistas mesmo quando ele escolhe negar as minhas. Mesmo que ele possa dizer que teve seus momentos de independência em relação ao seu partido, esta não é a marca de sua atenção. Não é mudança quando diz que manterá a política econômica. Não é mudança quando diz que permanecerá no Iraque. Há muitas maneiras que ele pode descrever sua atuação. Mas dizer que defende mudança não é uma delas. Mudança não é começar e terminar o governo com uma guerra que sequer deveria ter sido autorizada. Não finjo que as alternativas sejam fáceis. Precisamos ter o cuidado ao sair do Iraque que não tivemos ao entrar. Mas temos de sair. É hora de os iraquianos assumirem seu país. E é hora de os militares terem o tipo de benefício, em sua volta, que o atual governo não lhes concedeu. Precisamos voltar o foco para a liderança da al-Qaeda no Paquistão. Devemos nos preocupar com os genocídios no mundo, armas nucleares e aquecimento global. Precisamos voltar a ter a sabedoria de quem merece liderar o mundo livre, a herança de Roosevelt, Truman e Kennedy.

Mudança é entender que não se resolve o problema dos trabalhadores cortando os impostos das grandes corporações. Precisamos renovar nossos investimentos em educação, em ciência, em inovação. Devemos compreender que responsabilidade fiscal e programas sociais andam de mãos dadas, como aconteceu no governo Bill Clinton. John McCain fala muito de ter ido ao Iraque. Pois devia viajar mais pelos Estados Unidos para compreender seus problemas. Não podemos mais agüentar este vício em petróleo estrangeiro e precisamos obrigar as grandes empresas petroleiras a investir seus lucros recordes para descobrir como resolver o problema ambiental que criaram.

Esta é a mudança que precisamos na América e é por isto que estou concorrendo à presidência dos Estados Unidos.

Não queremos mais de um governo que use a religião, que use o patriotismo, que vê o partido oposto não como alguém com quem debater mas como um inimigo com o qual polarizar, porque podemos nos definir como democratas e republicanos mas, antes de tudo, somos americanos. Nós americanos somos generosos. Precisamos trazer isto que está em nós de volta à tona.

Americanos esta é nossa hora de virar a página, de traçar uma nova direção. Falo com humildade, reconhecendo todas minhas limitações, mas se lutarmos poderemos dizer para as gerações futuras que este foi o momento em que providenciamos saúde para todos, que terminamos a guerra, que começamos a curar nosso planeta.


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