Vida longa ao MARXISMO e vida longa a TEORIA MARXIANA. Espero que para aqueles que tem ojeriza ao Marxismo (meu caro Barba) que se interessem pelo menos pela teoria Marxiana; esta ainda é a teoria mais atual para se explicara realidade social, vide o seu sucesso retumbante até mesmo nos EUA.
Veja ai um trecho da entrevista de Pedro Dória com um professor de Cambridge:
Há alguns meses, entrevistei para o caderno Aliás, Estadão, o professor sueco Goran Therborn, atual ocupante da cátedra de Sociologia da Universidade de Cambridge. Este é um trecho que não saiu publicado:
O senhor é marxista?
Não creio que marxismo faça mais sentido em nosso século. Eu poderia ser chamado de um marxiano. Marx pode ser uma fonte de inspiração importante para as ciências sociais, respeitando a idéia de que emancipação virá com o esforço dos explorados, não dos exploradores. Mas os parâmetros políticos são diferentes, hoje, do que eram nos séculos 19 e 20.
O que mudou?
A luta de classes não é mais o grande catalisador de mudanças sociais. Há outras forças no cenário atual além dos sindicatos. Por muito tempo, este conflito definiu a política. Na visão de Marx, a dinâmica do capitalismo levaria a uma classe trabalhadora cada vez maior e mais forte. Para isso ocorrer, seria necessário o surgimento de grandes corporações que empregassem essas massas. Durante o século 20, empresas para fornecimento de água, luz, transporte e tantos outros serviços nasceram em mãos privadas e foram lentamente sendo nacionalizadas ou municipalizadas, formando uma estrutura estatal que servia às nações e produzia uma grande classe sindicalizada. A partir das privatizações e inovações tecnológicas, essa dinâmica deixou de existir. A economia está mais complexa.
Um comentário:
Marxismo pra mim sempre vai implicar em pobreza conceitual. Agora, da teoria marxiana salvam-se várias passagens interessantes.
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