domingo, 17 de fevereiro de 2008

Sobre eleições norte-americana II. O que eles pensam de Nós

Agora na nossa série de cobertura do evento político mais importante do ano, as eleições norte-americanas, continuo pirateando informações que considero interessantes. Agora pirateio do blog de Pedro Dória, a opinião dos principais candidatos a presidente dos EUA a respeito do Brasil:

McCain, Obama e Hillary"Que falam sobre o Brasil

12/Fevereiro/2008 · 0:30 · McCain, Obama e Hillary">122 Comentários

E o que pensa o futuro presidente dos EUA a respeito de Brasil e América Latina? Os trechos foram pescados dos artigos que fizeram publicar na prestigiosa Foreign Affairs, revista do Conselho de Relações Exteriores.

Tanto McCain quanto Obama endereçam frontalmente – e favoravelmente – uma questão cara ao Itamaraty, que é poder no Conselho de Segurança da ONU ou algo semelhante. Quando se referem ao Brasil, não é no contexto ‘América Latina’ – é no contexto poder mundial. Hillary é vaga – e cita o país como estratégico apenas regionalmente.

John McCain:

John Kennedy descrevia os povos da América Latina como ‘nossos amigos mais firmes e antigos, unidos a nós pela história e experiência e pelo objetivo de levar à frente a civilização americana’. Os países do continente são nossos parceiros naturais mas a desatenção dos EUA danificou esta relação. Precisamos melhorar a relação com o México para controlar a imigração ilegal e enfrentar os cartéis de drogas. Outro cuja relação precisa atenção é o Brasil, parceiro cuja liderança perante as forças de paz da ONU no Haiti serve de modelo para o cuidado com a segurança regional. Meu governo vai dar a estas e outras grandes nações da América Latina uma voz forte da Liga das Democracias – uma voz que lhes é negada no Conselho de Segurança da ONU.

Precisamos trabalhar juntos para enfrentar a propaganda de demagogos que ameaçam a segurança e a prosperidade das Américas. Hugo Chávez desmontou a democracia venezuelana ao diminuir a importância do parlamento, do judiciário, da imprensa, dos sindicatos livres e das empresas privadas. Seu regime está comprando equipamento militar avançado. Ele deseja construir um eixo global anti-EUA. Meu governo vai se dedicar a marginalizar tais influências nefastas. Também vai se preparar imediatamente para a transição de Cuba para a democracia ao desenvolver um plano em conjunto com parceiros da região e da Europa engajados num regime pós-Fidel. Queremos mudanças rápidas naquele país que sofre há tanto tempo. Precisamos investir na passagem criada pelo CAFTA – Acordo Centro-Americano de Livre Comércio – ratificando outros acordos de comércio já negociados com Colômbia, Panamá e Peru com o objetivo de completar o processo da ALCA – Área de Livre Comércio das Américas.


Barack Obama:

Precisamos da colaboração das grandes nações para lidar com as grandes questões globais – e isto inclui os poderes emergentes como Brasil, Índia, Nigéria e África do Sul. Precisamos que eles tenham mecanismos para ajudar na manutenção da ordem internacional. Para que isto aconteça, a Organização das Nações Unidas precisa ser reformada. A gerência da Secretaria Geral da ONU é fraca. As operações das tropas de paz vão muito além de sua capacidade real de ação. O novo Conselho de Direitos Humanos da ONU passou oito resoluções condenando Israel – mas nenhuma condenando o genocídio em Darfur ou os abusos dos direitos humanos no Zimbabwe. Nenhum destes problemas será resolvido se os EUA não voltarem a se dedicar à ONU e a sua missão.

Na América Latina, do México à Argentina, falhamos ao enfrentar as questões da imigração, igualdade e crescimento econômico.


Hillary Clinton:

Impondo um risco a nós, o governo Bush foi negligente com nossos vizinhos ao sul. Presenciamos, em parte da América Latina, ao surgimento de obstáculos para o desenvolvimento de democracias e abertura econômica. Devemos tornar a uma política de negociação, questão por demais crítica para que os EUA assistam a tudo impassíveis. Devemos dar apoio às maiores democracias regionais, Brasil e México, e aprofundar nossa relação econômica e estratégica com Argentina e Chile. Precisamos continuar a cooperar com nossos aliados na Colômbia, na América Central e no Caribe para combater as ameaças interconectadas do tráfico de drogas, crimes e insurgências. Por fim, devemos trabalhar com nossos aliados para prover programas de desenvolvimento sustentado e criar oportunidades econômicas que reduzam desigualdade entre os cidadãos da América Latina.

Fonte: http://www.pedrodoria.com.br/


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