Dediquei dois posts abaixo, a análise dos dois últimos discos da banda punk Green Day, onde afirmo serem eles uma excessão a correta afirmação de outro punk notório Iggy Pop de que o rock atualmente é o pior tipo de música.
E não é que por coincidência me deparo com um quiz no Facebook, denominado the Which punk rock star are you? E eis que a reposta foi:
quiz and the result is Joe Strummer (The Clash)
You seem really involved in politics or social problems and you want to do a lot about. Charity concerts or other actions - that's your way to fix the world. You show, that punk rock exist beyond sex, drugs and alcohol. But you still know how to rock. Good for you.
You seem really involved in politics or social problems and you want to do a lot about. Charity concerts or other actions - that's your way to fix the world. You show, that punk rock exist beyond sex, drugs and alcohol. But you still know how to rock. Good for you.
Diante do resultado só pode exclamar:
yes, alive the good and old punk rock !!!! E lógico tem tudo haver mesmo. Rock and social politcs
1979: London Calling
1980: Sandinista!
1982: Combat Rock.
Realmente o Clash é uma super banda, daquele tipo seminal, radical, autêntica, verdadeira. Assim sendo, ao som do disco, ótimo principalmente para os iniciantes The Clash: The Singles.
Vamos recordar um pouo a história dessa banda londrina comprometida com as lutas de seu tempo. Viva Sandino!!!Viva o Clash!!!! Fucker the Queen !!!! Rock against racism!!!
The Clash existiu entre 1976-1985. Foi uma banda aclamada pela crítica, o Clash se tornou conhecido por seu alcance musical (incorporando outros estilos musicais em seu repertório, como o funk, dub, ska, reggae o que demonstrava, por um lado a sensibilidade do grupo para a Londres Caribenha e negra e, por outra uma inovação no som cru do punk londrino da primeira geração) e por demonstrar uma sofisticação lírica e política que os distinguia da maioria de seus companheiros no movimento punk, lendária também foram as apresentações ao vivo da banda.
O Clash foi formado, como dito durante a primeira leva do punk britânico e ficou conhecido por sua visão extremamente esquerdista e pelas roupas que eles usavam com slogans revolucionários. A estreia em disco se deu com The Clash um álbum de punk rock seminal. A maioria das canções eram porradas de 2-3 minutos, mas as composições e melodias superiores destacaram Strummer e Jones entre a maioria de seus contemporâneos. Se com esse e o disco seguinte o Clash era sucesso de público e critica no Reino Unido, nos EUA a coisa era diferente e o grupo só estouraria em seu terceirto disco, o clássico Lodon Calling. Lodon era um álbum duplo. Além do punk, apresentava uma gama variada de estilos, incluindo o rockabilly e reggae, este é considerado o melhor álbum do Clash, e foi eleito um dos 10 melhores álbuns de sempre pela revista Rolling Stone.
Se Lodon era um álbum duplo vendido a preço de disco simples, Sandinista era um álbum triplo, além da postura política expressa no próprio nome do álbum, neste disco de 1980 o Clash também radicaliza musicalmente e além de experimentos com o reggae e o dub, se expande em direção a outros estilos musicais, que incluíam jazz e o hip-hop, no que torna a banda uma das pioneiras na fusão Rock- hip-hop.
Em 1982 sugrgeria Combact Rock, o mais vendido da história do grupo. O Clash, apesar de sua postura política engajada torna-se pop e faz turnês mundiais. O clima começa a ficar insustentável (quem sabe fruto desta contradição, mas não seria elas uma necessidade histórica, no processo dialético da produção inclusive musical em um ambiente de monopolio produtivo na mãos dos grandes media, brincadeirinha...) essa é uma época de muitas brigas internas e de mudanças no grupo com a saída do baterista Topper Headon envolvido com problemas decorrente do uso de drogas. Em 1983 foi a vez da expulsão do guitarrista Jones e assim temos o crepúsculo do Clash. O último e lamentável disco do grupo já foi lançado praticamente no ocaso do grupo, que pelo menos se despidiu de uma forma bem punk com shows gratuitos nas esquinas e bares da Inglaterra e Escocia.
O bandleader Joe Strummer após o Clash atuou em vários projetos paralelos, inclusive artuando como ator. Seu principal projeto The Mescaleros fundia suas duas maiores paixões musicais: o punk e o reggae. Em dezembro de 2002, Strummer morreu subitamente, vítima de um ataque cardíaco. Ele tinha 50 anos. O álbum do Mescaleros em que ele estava trabalhando, Streetcore, foi lançado postumamente em 2003, sendo aclamado pela crítica.
Algumas palavras sobre política, afinal são The Clash
Assim como a maioria das primeiras bandas de punk, o Clash protestava contra a monarquia e as elites no Reino Unido e ao redor do mundo. Mas, ao contrário de outras bandas da época, o Clash rejeitou o sentimento dominante de nilismo e de anarquismo. Eles se solidarizaram com diversos movimentos de libertação da época. Sua visão política era expressada explicitamente em seus versos, como em "White Riot", que encorajava jovens brancos a entrarem para organizações libertárias de negros, e em "Career Opportunities", que tratava da alienação das classes subalternas. Não custa lembrar que o auge do Clash coincide com a praga chamada Thatcherismo e com seu ultra-neo-liberalismo.
Em abril de 1978, durante um show do Rock against racism Joe Strummer vestiu uma polêmica camiseta com as palavras Brigadas Vermelhas e o emblema da facção Baader-Meinhof (dois grupos revoluionários europeus que pregavam a luta armada e meios violentos para a superação do capitalismo, o primeiro na Itália e o segundo na Alemanha) estampadas no centro. Ele declarou posteriormente que usou a camiseta não para apoiar os terroristas, mas para chamar atenção à sua existência. Ainda assim, ele se arrependeu depois do show, o que o levou a compor a canção "Tommy Gun", renunciando à violência como um meio de protesto.
O Clash apoiava o IRA e, posteriormente, o Sandinismo entre outros movimentos marxistas da América Latina e o já citado Rock Against Racism.
O Clash apoiava o IRA e, posteriormente, o Sandinismo entre outros movimentos marxistas da América Latina e o já citado Rock Against Racism.
Para conhecer a genialidade deste grupo seriam várias as sugestões, mas de forma didática recomendo aqui o rap, isso mesmo, o rap-funkeado The Magneficiente Seven.
Nenhum comentário:
Postar um comentário