Oficialmente as eleições já começaram. As candidaturas estão colocadas e registradas. Mas há algo de estranho, de muito estranho, nestas eleições. A ausência de propostas e a ausência forçada dos eleitores. Ora, quais são as propostas dos candidatos oficiais. Sim pois se depender do combinado entre as eleites dominantes, esta será, ou melhor é uma eleição plebiscitária. Entre o candidato da situação e o da oposição, que inclusive no fundo não diferem tanto assim. Talvez por isso tanta baixaria, tanta valentia visto que no que concerne a uma visão de país pouco ou nada diferem. Ou será que não? Como saber se uma das novidades desta eleição é a ausência de planos, programas e quetais. Ora o que pensam DILMA E SERRA sobre Educação, Saúde, Reforma Agrária, Sistema Financeiro, Meio Ambiente, etc. O que pensam a longo prazo não frases vazias e imbecis que eles andam distribuindo aqui e acolá...aliás na ausência de um programa fala-se o que a platéia quer ouvir.... e dá-lhe um festival de incoerência é um tal de defender movimento aqui e acusá-lo ali, tudo ao gosto da platéia. Mas pior do que esse fenômeno é a consolidação nestas eleições da ausência do eleitor. Você e Eu, todos Nós somos meros joguetes. Não existe espaço para o eleitor, este é a massa amorfa que deverá ficar inanimado até o dia das eleições. Neste dia como boi deverá se dirigir a sua seção e escolher entre a situação e a oposição. Como se estivéssemos fadados a somente este caminho. Urge que saiamos do marasmo e que retomemos o processo democrático. Urge que debatamos que país queremos. Que sociedade queremos. Que desenvolvimento queremos.
Urge para os de esquerda, da esquerda socialista e democrática, não da esquerda da Natura (eis que um novo paradoxo, um dos brasileiros citados na lista dos homens mais ricos do mundo o Sr. Leal da Natura é de esquerda) que recuperemos o discurso que construamos uma alternativa, uma frente anticapitalista. Estive na Amazônia e a Utopia se encontra nos movimentos chamados Tradicionais e seus novos direitos. Para aqueles que acreditam que a história chegou ao fim: a Amazônia e seus movimentos sociais de base darão a resposta. Cabe a nós da cidade caminharmos junto a estes movimentos para o fortalecimento de uma nova época. A época não mais do capital e sim a era dos direitos autóctones, da diversidade, da pluralidade, da defesa da diferença. De uma diferença que é ela mesma fruto do combate a desigualdade. Eis uma era que não confunde equidade com igualdade.
Enfim necessitamos de unir nossas bandeiras em prol da sustentabilidade ambiental, a liberdade de expressão, a participação popular e o respeito aos direitos humanos sem concessões, a defesa da Reforma Agrária.
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