sábado, 27 de novembro de 2010

A Banalidade do Mal

Ando em uma correria tão grande entre viagens, aulas, correções de exercício, fechamento de semestre, uma pesquisa e preparação para outra e mais importante viagem, que para falar a verdade o pouquíssimo de televisão que eu via ficou no passado. No entanto, como ontem fiquei em casa depois de um tenebroso inverno e instigado por um amigo, resolvi me irritar assistindo o Jornal Hoje da Globo, como de praxe nestes momentos, cheguei quase as vias de fato pulmonar. De tanto gritar e reagir ao absurdo da linha editorial da Globo. Há muito tempo não ouvia tanta sandice, tanta idiotice e tantos absurdos e despautérios juntos.
Ah São José da Costa Rica coração civil, me inspire no meu sonho de amor Brasil/ Quero a alegria muita gente feliz/ Quero que a justiça reine em meu país/ Quero a liberdade, quero o vinho e o pão/Quero ser amizade, quero amor, prazer/ Quero nossa cidade sempre ensolarada/ Os meninos e o povo no poder, eu quero ver.

Ao assistir o dito Jornal, nenhuma matéria, debate ou discussão a respeito do conluio Estado/Força CRIMINOSA, NENHUMA PALAVRA SOBRE O CONLUIO FORÇAS POLICIAIS CRIME ORGANIZADO, nenhuma palavra sobre a maldita milicia, esta sim e acima de todos, crime organizado no sentido inclusive weberiano do termo, nenhuma palavra sobre o absurdo dos absurdos a morte de dezenas de cidadãos brasileiros, nenhuma palavra sobre o absurdo da união de forças armasdas e seus equipamentos para a invasão de um território urbano e humano, nenhuma palavra a despeito da própria imbecilidade do uso do termo guerra, ou então sobre as consequencias de uma tal política de tomada de território, nenhuma palavra, nenhuma consideração pela vida humana. O QUE TEMOS VISTO NO RIO É AQUILO QUE ARENDT CHAMOU DE A BANALIZAÇÃO DO MAL. Pior a banalização do mal celebrada e comemorada de maneira midiatica, ‘a polícia tomou o morro”, eu queria era ver a polícia tomar um condominio fechado no Jardim Botanico, ou “então um policial acertou um bandido a num sei quantos metros de distância”, ou então o máximo da desfarcatez transformar manifestações dos atingidos pela Paz em apoio as operações policiais. O que era absurdo tomou ar de dantesco, segundo a mídia os atingidos são os maiores apoiadores de seus algozes. Ora só mesmo sendo um idiota para acreditar nisto. Prestaria um seviço a sociedade, se a imprensa, e se a televisão ao invés de clebrar a banalidade do mal se pussesse em uma posição consciente e cidadã e fosse a fundo no problema, que tal abordar o problema em profundidade e extensão, e não apenas como se fosse algo cíclico a se “comemorar” de tempos em tempos, “mais um morro tomado”. Que tal fazermos uma discussão sobre o aprelho policial, e sua corrupção, o próprio funcionamento do tráfico, o aparelho estatal de desegurança pública herdeira da ditadura e voltada para reação e não para prevenção... enfim ....

SÓ NÃO POSSO ACEITAR SOBRE O RISCO DE ELIMINAR A MINH HUMANIDADE É A CELEBRAÇÃO DA BANALIDADE DO MAL . Só se fosse eu um idiota, um estupido.

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