sexta-feira, 27 de março de 2009
Ainda sobre sonzeira, rap + rock +psicodelia + hardcore +reggae + punk
Ainda sobre hip-hop
Sabotage - Um Bom Lugar
Nesta onda de hip-hop, saudades do Sabotage, morto como vários pretos quando estava indo para o trabalho...Saudades do Mano Sabotage, espero que ele esteja em Um bom lugar...essa música é um belo manifesto Hip-hop. E nos seguimos sobrevivendo sem pilatragem, como diaria outro Mano, o Brown, sobrevivendo no Inferno.
RUN-DMC - Beats To The Rhyme
Para aliviar e curtir um grande balanço e uma ótima viber. RUNDMC. A revolucionária dupla que mudou a história da black music ao ser pioneira em uma nova forma de se tocar e cantar o funk. Mais tarde batizada de Rap- Ritmo e Poesia que acompanhado de outros elementos formariam o Hip-hop. Mais tarde RunDmc revolucionariam mais uma vez ao samplear uma banda de rock. Na hoje lendária gravação com o Aerosmith em Walk this way. Viva RUNDMC. Viva o hip-hop. Linguagem verdadeiramente genuína da periferia.
RUN-DMC - Beats To The Rhyme
Para aliviar e curtir um grande balanço e uma ótima viber. RUNDMC. A revolucionária dupla que mudou a história da black music ao ser pioneira em uma nova forma de se tocar e cantar o funk. Mais tarde batizada de Rap- Ritmo e Poesia que acompanhado de outros elementos formariam o Hip-hop. Mais tarde RunDmc revolucionariam mais uma vez ao samplear uma banda de rock. Na hoje lendária gravação com o Aerosmith em Walk this way. Viva RUNDMC. Viva o hip-hop. Linguagem verdadeiramente genuína da periferia.
Mix
quinta-feira, 19 de março de 2009
A Chicana
2) Se o próprio STF julgou que a CPI não poderia quebrar o sigilo da Satiagraha, não seria ele, De Sanctis, a decidir em sentido contrário.
3) A CPI veio com um novo pedido de quebra de sigilo sem acrescentar fato novo.
4) A CPI, propositalmente ou não, mistura os grampos realizados pela Kroll (objeto da Operação Chacal) com a investigação da Satiagraha.
5) A Polícia Federal auditou o Sistema Guardião e listou os policiais que tiveram acesso aos registros da Operação Satiagraha. A Justiça verificou que todos os registros de interceptações ali existentes têm embasamento judicial.
6) Não houve, portanto, nenhum indício de “interceptações clandestinas” que tenham sido utilizadas na Operação Satiagraha, como afirma a CPI.
7) O pedido de quebra de sigilo da Satiagraha feito pela CPI, ao afirmar que houve interceptações clandestinas na operação policial, é contraditório com as conclusões do próprio relator da CPI em seu relatório parcial.
8) As possíveis irregularidades cometidas por autoridades durante a Satiagraha já são objeto de investigação pelos órgãos competentes.
9) CPI só existe sobre fatos determinados. A CPI do grampo surgiu muito antes da Satiagraha, não sendo este, portanto, seu objeto de trabalho. E o trabalho de uma CPI não se confunde com o trabalho da Justiça.
10) O trabalho de uma CPI visa o conhecimento do Ministério Público, o aperfeiçoamento do Executivo e do Legislativo. Se todas as questões colocadas com relação à Operação Satiagraha são de conhecimento do Ministério Público e objeto de investigação da própria Polícia (Poder Executivo), não há nada que a CPI possa acrescentar.
11) Os três supostos vazamentos de informação da Satiagraha ocorridos até aqui estão sob investigação por parte da Polícia. E a CPI é suspeita, agora, de ter sido parte de um quarto vazamento.
12) A CPI pressionou a Justiça para obter as informações sobre a Satiagraha.
domingo, 15 de março de 2009
Mulheres e sexualidade, preconceitos e tabus II
Digo tudo isso pois andamos a volta com o velho debate sobre o aborto e como sempre as menos ouvidas são as mulheres. Veja o caso da menina estuprada em Pernambuco: caso típico da mentalidade cristã romana, a mulher em si não tem valor algum. Seu papel é somente o de reprodutora, sua função primordial é a maternidade. Daí ela não merecer usufruir de prazer (sexo só para reprodução, ainda que a Igreja não condene o prazer sexual masculino). Daí não é de se estranhar que sua vida possa ser posta em risco. Afinal, a preocupação com a vida da mulher tratar-se-ia de extremo individualismo. Neste caso, a morte no parto deveria ser encarado com apenas mais um desígnio do Pai. Pai obviamente, já que na tradição ocidental judaico-cristã e mesmo no Islão nada de se pensar em deidades femininas. Mulheres não poderiam jamais ocupar esse espaço pois que não são criadoras apenas reprodutoras.
Deixo aqui registrado minha opinião sou a favor da descriminalização do aborto. Aliás já repararam a estratégia dos conservadores, tomar a parte pelo todo. Assim sendo, você deve ser a favor da vida ou então ser acusado de ir contra a mesma. Ora, ser a favor da descriminalização de um ato não significa praticar o mesmo ou fazer proselitismo do mesmo. Outra coisa que me intriga neste caso todo, é a máxima dogmática utilizada pela Igreja: a Vida é inviolável.
Bom primeiro deixemos claro algo: dogmas não se discutem. Ou você crer ou você não crer. É algo indiscutível e, portanto, não o faremos aqui. O que queremos levantar aqui é a coerência da Igreja Romana a respeito da inviolabilidade humana. Por exemplo, as leis canônicas reconhecem a legitimidade da “guerra justa” e da revolução popular em caso de tirania prolongada e inamovível por outros meios (Populorum Progresio). É o princípio tomista do mal menor. Em muitos países, a Igreja aprova a pena de morte para criminosos.
A este respeito, dois padres brasileiros (ontem a noite o Monsenhor Fisichella em uma atitude surpreendente para quem ocupa o cargo que ele ocupa na Santa Sé em Roma publicou no Observatore Romano, o Diário Oficial do Vaticano uma crítica contundente a atitude do bispo brasileiro e defendeu os médicos, a menina e a família dela) manifestaram com rara sensibilidade. Frei Betto disse corretamente "o debate sobre se o ser embrionário merece ou não reconhecimento de sua dignidade não deve induzir ao moralismo intolerante, que ignora o drama de mulheres que optam pelo aborto por razões que não são de mero egoísmo ou conveniência social."(...)"É a defesa do sagrado dom da vida que levanta a pergunta se é lícito manter o aborto à margem da lei, pondo em risco também a vida de inúmeras mulheres que, na falta de recursos, tentam provocá-lo com chás, venenos, agulhas ou a ajuda de curiosas, em precárias condições higiênicas e terapêuticas. Uma legislação em favor da vida faria este problema humano emergir das sombras para ser adequadamente tratado à luz do Direito, da moral e da responsabilidade social do poder público." (...)Se os moralistas fossem sinceramente contra o aborto, lutariam para que não se tornasse necessário e todos pudessem nascer em condições sociais seguras. Ora, o mais cômodo é exigir que se mantenha a penalização do aborto. Mas como fica a penalização do latifúndio improdutivo e das causas que levam à morte, por ano, cerca de 26 entre cada 1.000 crianças brasileiras que ainda não completaram doze meses de vida?"
Outra manifestação foi o Padre Alfredo Gonçalves que também na direção do pensamento social cristão defende a excomunhão, mas nesse caso a excomunhão do: latifúndio, "paraísos fiscais", da exploração do homem pelo próprio homem como sistema de produção, entre outros. Na verdade, ele defende a excomunhão de dezenas de fatos, em outras palavras, a excomunhão da injustiça essa sim incompatível com o dogma maior do catolicismo.